Review: All Time Low – Wake Up, Sunshine

Por Lucas Santos

Como uma grande número de bandas dessa época colocando ótimos álbuns que “buscam a sonoridade antiga” ou até mesmo “criam algo moderno e nostálgico” dando um passo à frente em sua discografia, exemplo explícitos em casos de Blink-182 em Nine e Sum 41 em Order In Decline, que misturaram o certo com avanços mais direcionados a novas ideias, o quarteto segue na mesma direção, depois de uma merecida folga, com o mais acertado Wake Up, Sunshine.

Lucas Santos

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Gravadora: Warner Music Company
Data de lançamento: 03/04/2020

Gênero: Pop Punk
País: Estados Unidos

Esperar muito de uma banda que criou hinos de uma geração como Weightless e Dear Maria Count Me In é bastante aceitável. Seguindo em frente com o seu oitavo álbum de estúdio, uma das mais bem sucedidas bandas de pop punk dos anos 2000, o quarteto de Baltimore, tenta corrigir alguns erros cometidos no seu último trabalho, Last Young Renegade (2017).

Como uma grande número de bandas dessa época colocando ótimos álbuns que “buscam a sonoridade antiga” ou até mesmo “criam algo moderno e nostálgico“, dando um passo à frente em sua discografia, exemplo explícitos em casos de Blink-182 em Nine e Sum 41 em Order In Decline, que misturaram o certo com avanços mais direcionados a novas ideias, o quarteto segue na mesma direção, depois de uma merecida folga, com o mais acertado, Wake Up, Sunshine.

Negligenciando a ironia do fato de que seu registro de “verão” vem após um bloqueio relacionado a uma pandemia, o álbum é um retorno, quase que definitivo, à forma original do All Time Low. Parte disso pode ser atribuído ao fato deles terem escrito todo o material sob o mesmo teto pela primeira vez em algum tempo, em oposição ao vocalista Alex Gaskarth escrevendo por conta própria e enviando demos para o grupo. Foi Gaskarth quem trouxe muitas influências pop ao som do All Time Low, pois nos últimos anos, ele escreveu para bandas como 5 Seconds of Summer e iniciou um projeto paralelo ao pop indie com Mark Hoppus, chamado Simple Creatures. Ainda há muito disso aqui, mas as raízes da banda são definitivamente muito mais fortes do que nos lançamentos anteriores.

A primeira metade do álbum traz o pop-punk das antigas. Some Kind of Disaster começa suave, antes de entrar em um coro enorme com as letras auto-depreciativas de marca registrada da banda. Sleeping In e Melancholy Kaleidoscope” são energéticas e rápidas, lembrando os dias de glória do estilo, enquanto a faixa-título é alegre e possuí o refrão mais grudento.

A “segunda parte” é onde as coisas começam a ficar um pouco mais diferentes. O rapper blackbear cuspiu um verso em Monsters, enquanto The Band CAMINO acrescenta estilos vocais em cima de Favorite Place. A faixa Safe adiciona doses modernas eletrônicas porém, encrementa um refrão que é grandioso e belíssimo. À parte das participações meia boca – essas são as partes menos interessantes apesar da tentativa de mudança – o álbum termina forte com a “semi-balada” Glitter & Crimson, a energética Clumsy e a eletrônica/pop Basement Noise.

Wake Up, Sunshine é o All Time Low de hoje, apesar de trazer certas nostalgias, ele não é o meu All Time Low favorito. É um ótimo álbum que tenta sair da caixinha, e mesmo com alguns tropeços não usuais que não me empolgaram muito, gostei de ver ideias novas acontecendo. É evidente que o equilíbrio entre pop e punk está aqui. Apesar de me interessar mais pela parte punk, credito demais a estabilidade encontrada, que é difícil de ser ver em outros trabalhos.

Nota final: 7,5/10

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