Por Cleo Mendes
Desde o primeiro momento em que você ouve a primeira faixa do álbum, as comparações com o Alice in Chains vão embora, e, em vez disso, tudo o que você ouve é um músico muito talentoso que está no início do seu próprio caminho.
Cleo Mendes
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Gravadora: DVL Recordings
Data de lançamento: 04/10/2019

Nos 13 anos em que William DuVall liderou o Alice In Chains, compartilhando tarefas vocais com Jerry Cantrell, ele deixou uma marca indelével na música da banda, fazendo que eles voltassem ao patamar merecido, mesmo 35 anos após sua criação. Seu mais novo álbum, Rainier Fog, é uma prova positiva da força desse legado. E com seu primeiro álbum solo, One Alone, DuVall consegue uma vulnerabilidade confiante em meio a uma coleção de canções de amor, essencialmente. Amor perdido, amor encontrado, e todos os pedaços confusos no meio.
O álbum começa com Til The Lights Guide Me Home uma faixa que soa como o outono. Ele conseguiu capturar uma vibe parecida com o outono com seus vocais quentes e violão suave. Desde o primeiro momento em que você ouve a primeira faixa do álbum, as comparações com o Alice in Chains vão embora, e, em vez disso, tudo o que você ouve é um músico muito talentoso que está no início do seu próprio caminho. A segunda faixa, The Veil of All My Fears, é muito mais sombria, parece que o coração fica mais gelado, você não apenas o ouve, mas também as letras comoventes e o tom suave e lento de sua guitarra oca torna tudo mais suave e ao mesmo tempo pesado e profundo
The 3 Wishes demonstra todo o alcance vocal que o vocalista carrega. Mostrando que ele é uma força a ser reconhecida. É notável quando alguém pode passar do metal/grunge para algo mais suave e contido. Still Got a Hold On My Heart é aonde DuVall faz um violão soar como uma banda de cinco peças. So Cruel também se destaca pela sua honestidade emocional. A guitarra soa mais feliz do que algumas das outras faixas, mas a letra tem um toque de blues, ótimas batidas e um singalong inevitável.

As letras em One Alone são muito cativantes, fáceis de cantar, porém o que se destaca é a conversa do violão acústico com a voz suave de William. Cada música parece contar uma história e você se vê imaginando cada momento e vivendo indiretamente nela. Apesar do violão ser o grande destaque e praticamente tomar conta do som sozinho, conseguimos escutar uma sonoridade diversificada, algo muito difícil para a proposta do álbum. As letras são ousadas e comoventee o violão tem uma voz própria.
Cada faixa soa diferente da última e carrega muitas emoções. One Alone levará você a uma jornada emocional. Mostra que William DuVall é muito mais do que apenas o vocalista de Alice in Chains, ele colocou, junto ao seu violão, puro coração e alma aqui. Uma capa que diz exatamente o que se esperar do interior.
Nota final: 8,5/10
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