por Roani Rock
Já na audição da primeira música se sabe que o álbum vale a pena. Uma brutalidade indigesta que remete ao primeiro álbum do Wolfmother, mesmo sentimento.
Roani Rock
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Gravadora: New Heavy Sounds
Lançamento: 20/03/2020

Gênero: Rock N’ Roll
País: Inglaterra
Uma verdadeira banda de rock britânico. Podemos dizer que essa galera de Lancashire são Stoner, mas não faz diferença tal informação. O certo é que indo na mesma jornada do Blues Pills, temos uma banda eficiente e que traz a energia setentista necessária em seu som para se aplaudir com gosto.
A banda é formada por Kayley “Hell Kitten” Davies nos roucos e potentes vocais, Maxwell Harvey William Newsome III na batera, Russell “Russell” Russell no Baixo e Sean “Starsky” Berry nas arregaçadoras Guitarras formam o Sky Valley Mistress. Para a primeira música colocaram um texto introdutório que após dizer “This is Rock ‘and’ Roll” começa de fato o disco com a arrebatadora You Got Nothin’ que pode ser considerada a melhor primeira faixa de um álbum para o ano de 2020.

Os caras são a verdadeira vitalidade, a “carne fresca sem gordura” podendo ser bem aproveitada e consumida. Se havia dúvidas se teríamos bandas com potencial igual ao do Greta Van Fleet e o Rival Sons, esses caras vieram pra provar que sim. Basta reparar no quanto o álbum é linear e brutal do início ao fim mesmo em blues baladas como It Won’t Stop.
Skull & Pistons é a certeza que o que é apresentado é fino e de bom gosto, estimulante, é o verdadeiro hit do álbum. She Is So parece uma música do New York Dolls, Blue Desert parece uma música do The Doors, vide seus 10 min exagerados de duração. Na minha humilde opinião, ela é mal aproveitada, deveria ter menos tempo, mais improvisos da guitarra ou dos outros instrumentos – inclusive a voz, não fazer a mesma linha rítmica como um mantra. Segue o spoiler, o crescimento dela a partir dos 7 minutos é mágico com bons solos de guitarra a partir dos 9 minutos até o final!
O que mais agrada nesses caras é a qualidade de seus músicos, para última faixa Electric Church por exemplo, temos um desempenho frenético do baixista Russell, precisas batidas na batera por parte de Maxwell Harvey também. Importante demais esse disco para as futuras gerações, principalmente por ter uma “frontwoman” tão badass.
Nota Final: 9/10
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