Por Lucas Santos e Vinícius Tramont
Com uma proposta de fazer um AOR, mas não o tradicional, eles fazem uma música mais dançante que flerta com a disco music dos anos 80, entregando algo mais vibrante e atingindo peculiaridades sonoras que diferem do som corriqueiro.
Vinicius Tramont
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Gravadora: Nuclear Blast
Data de lançamento: 28/02/2020

Gênero: Hard Rock e Rock Progressivo
País: Suécia
Definir a sonorida da The Night Flight Orchestra é difícil. O “semi supergrupo” sueco – digo isso porque os seus principais membros da formação original tocam em bandas de metal mais extremos mais famosas, o baixista Sharlee D’Angelo no Arch Enemy e o vocalista Björn Strid no Soilwork. Formada em 2007, conta atualmente com 8 integrantes que fazem parte oficialmente do lineup, entre os instrumentos mais tradicionais – guitarra, bateria, baixo – temos Sebastian Forslund (congas e percussão) e as backing vocals Anna-Mia Bonde e Anna Brygård.
Com uma proposta de fazer um AOR, mas não o tradicional, eles fazem uma música mais dançante que flerta com a disco music dos anos 80, entregando algo mais vibrante e atingindo peculiaridades sonoras que diferem do som corriqueiro. A banda atingiu o seu ápice criativo e sonoro em Amber Galactic (2017), e Aeromantic, que usa melhor da produção para entregar um som mais preenchido com profundidade, rivaliza muito bem com este álbum, sendo que aqui, podemos perceber uma maturidade de quem já toca junto há mais de 10 anos.
O tecladista Richard Larsson, como veremos logo em seguida, se destaca durante diversos momentos do álbum, essetalvez seja o som mais “notável” de todo o projeto, os backing vocals se destacam criando um ar mais vintage nas faixas, as guitarras – que não são tão presentes como um álbum típico de AOR tem linhas muitos criativas – Björn Strid mais uma vez tem um trabalho consistente e Sharlee D’Angelo entrega passagens de baixo memoráveis como em If Tonight Is Our Only Chance.

A abertura Servants Of The Air é única com mais elementos do metal, um bom peso em contraste com momentos mais cadenciados e belíssimos solos. Divinyls tem uma ótima energia com os teclados promovendo uma cama que amacia os ouvidos. This Boy’s Last Summer é uma das mais melódicas e tem um refrão grudento espetacular. Curves busca aquela característica dançante com os teclados mais eletrônicos que nos transportam pro tempo da disco music, o que já se tornou uma marca registrada da banda e Transmissions usa, mais uma vez, dos teclados para emocionar – é a faixa mais comovente aqui – um solo de violino no fim que tira lágrimas dos olhos junto de uma performance vocal mais dramática e delicada.
Aeromantic mantém o nível de seus antecessores Amber Galactic (2017) e Sometimes The World Ain’t Enough (2018). The Night Flight Orchestra prova, mais uma vez, ser um dos grupos mais peculiares e consistentes desse vasto mundo do hard rock melódico. A música alegre e dançante que consegue ser simples mesmo com uma complexidade fora do comum em suas composições torna a banda uma das mais importantes e por que não, diferentes de muito do que está sendo feito por aí. Mais um trabalho incrível desse apanhado de multi talentos sueco.
Nota final: 9/10
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