Por Cleo Mendes
Definir o álbum como “feijão com arroz” seria uma boa pedida. Apesar de encontrarmos uma sólida base em tudo que é feito e sermos impulsionados e empolgados pelo distintivo e acentuado latido do vocalista/guitarrista Nick Melissourgos tenho que ressaltar de que qualquer forma, Years Of Aggression oferece pouco em termos de inovação ou material verdadeiramente novo ou de cair o queixo, mas faz progressos com uma execução gritante, escrita sólida e energia ilimitada.
Cleo Mendes
Mais Heavy Metal:
Savage Messiah – Demons
Possessed – Revelations of Oblivion
Pectora – Untaken
Amon Amarth – Beserker
Gravadora: Napalm Records
Data de lançamento: 9/08/2019

2019 não é o melhor ano do Thrash. O estilo não definiu exatamente a cena do metal em 2019, no entanto, há pelo menos uma série de discos sólidos e dignos de nota e que merecem destaque, como álbuns do War Curse, Death Angel, Barbarian, Inculter e Exumer. Os anjos gregos dos Suicidal Angels retornam com outro esforço, esse que é o seu sétimo trabalho de estúdio, Years Of Aggression. Apesar de ser uma banda que nunca me impressionou muito (tenho uma experiência dispersa com seu extenso corpo de trabalho, porém, de tudo em que já consumi, eles ofereceram uma dose amigável de headbang e Thrash sólido). Division Of Blood (2016), Divide And Conquer (2014) são uma base sólida, embora um pouco abaixo do impressionante Bloodbath (2012).
Definir o álbum como “feijão com arroz” seria uma boa pedida. Apesar de encontrarmos uma sólida base em tudo que é feito e sermos impulsionados e empolgados pelo distintivo e acentuado latido do vocalista/guitarrista Nick Melissourgos tenho que ressaltar de que qualquer forma, Years Of Aggression oferece pouco em termos de inovação ou material verdadeiramente novo ou de cair o queixo, mas faz progressos com uma execução gritante, escrita sólida e energia ilimitada.
Simples, mas viciante, Endless War começa a rolar e serve o seu propósito como faixa de abertura, uma sólida demonstração de destreza técnica e riffs bem dinâmicos. Ao longo do percursso o grupo exibe um conjunto sólido de dinâmicas e melodias de Thrash. Da velocidade e agressividade de Born of Hate e DIVA ao eloqüente e inspirador Bloody Ground,e do difícil e mais pesado destaque é The Roof of Rats. Years of Aggression pode não oferecer muitas surpresas genuínas, mas consegue misturar a entrega o suficiente para manter o ritmo rolando. Qualquer fã vai ficar bem satisfeito.

The Sacred Dance With Chaos apresenta uma abordagem medida e atmosférica, incorporando passagens acústicas, riffs mais limpos e uma abordagem melódica intermediária com resultados razoáveis. Na frente sonora, o álbum possui valores de produção modernos e nítidos que se adaptam bem ao som deles, com tons bem arredondados e intensos e até mesmo permitindo momentos para os graves respirarem, sem soar excessivamente elegante e brilhante. Realmente não há nada particularmente errado com o trabalho, é um thrash bem redondo, executado e moderadamente divertido que continua a trilha do grupo de álbuns interessante. No entanto, coletivamente, as composições ficam aquém dos padrões mais altos que eu esperava.
A falta de indentidade é um fator bem agravante no álbum. Em alguns momentos não sabia se estava escutando a banda ou se era alguma faixa perdida do Exumer, Death Angel ou até mesmo War Cruse. Parece que o Suicidal Angels não tem uma característica marcante que nos faz reconhecê-los logo de cara.
Bem, onde há vida, há esperança. Enquanto o Suicidal Angels não estão prestes a liderar o ataque, eles com certeza podem escrever uma música decente. No geral, Years Of Aggression não soa estagnado e nem os eleva ao mais alto patamar do Thrash moderno. Pequenas falhas e falta de material verdadeiramente os deixam notavelmente de lado, é uma audição divertida e sem maiores problemas. Ele é um acréscimo agradável à pilha de álbuns do gênero lançados esse ano, embora desapontadoramente fique aquém das honras mais altas.
Nota final: 6,5/10
11 comentários sobre “Review: Suicidal Angels – Years Of Aggression”