Reviews: Chris Robinson Brotherhood – Servants Of The Sun

por Roani Rock

Chris Robinson segue sendo a voz dos anos 90 mais raiz. É impossível não ver uma influência gritante do Greatful Dead em seu trabalho focado ao blues e psicodelia, graças a Deus que temos alguém para modernizar esse som

Roani Rock

Gravadora: Silver Arrow
Lançamento: 14/06/2019

Quem já está acostumado com o som do irmão mais novo da finada banda The Black Crowes sabe muito bem que o cara foca sua onda criativa em um som mais psicodélico e ao Blues setentista. Mas o novo álbum Servants Of The Sun não tem só Chris Robinson de destaque, ele apresenta os suspeitos usuais do incrível talento do guitarrista Neal Casal e do tecladista Adam MacDougal, junto com o ritmo do baixista Jeff Hill. e o baterista Tony Leone carregando a batida. 

É o sexto álbum de estúdio do CRB nos últimos 8 anos. Depois que a CRB concluiu uma extensa turnê nos EUA e na Europa, se encontraram em um estúdio da Stinson Beach, Califórnia, para gravar todos os bons fluidos inspiradores recolhidos no percurso para um pico de expressividade. Há 10 maravilhas no álbum, todas escritas por Chris Robinson, com exceção de três co-escritos com Neal Casal.

O álbum flutua em manifestações caipiras e hippies. A timbragem das guitarras são puras e fáceis de degustar. Não fogem do que foi o Phosphorescent Harvest ou The Magic Door. Acredito que basicamente os músicos estão mais casca grossa e íntimos dessa troca de energia sonora, tornaram-se de fato uma irmandade.

©Jay Blakesberg

músicas como The Chauffeur’s Daughter fazem ter o dom da audição valer a pena é uma canção de amor que leva a banda ao delírio. A guitarra gritante de Casal domina Comin ‘Round the Mountain, a divertida canção traz a banda ecoando uhhs no refrão e na frase que denomina a canção em coro juntos, é um épico com solo de mug aos teclados de MacDougal. Dice Game é uma melodia country suave que flutua junto a um belo reflexo do que seria “passar o tempo com esses assuntos em uma viagem de seis horas para Los Angeles.” dito na letra da canção.

O disco é bem livre, leve e solto e nos faz ter a visão de Robinson no palco central com sua Stratocaster enquanto interage com o resto da banda. Servants of the Sun é funky, uma exploração sonora que resulta em um potpourri de sons através da manipulação da linguagem e da textura musical. Chris Robinson após terminar de ouvir o álbum dever ter constatado, “Como é bom ser psicodélico!” se isso passou na mente dele eu não sei, mas que eu o agradeço por esse álbum que evoca tanto o Jefferson Airplaine quanto o Dead do saudoso Jerry Garcia, ah eu agradeço.

Nota final: 9,5/10

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