Review: Savage Messiah – Demons

Por Lucas Santos

Demons é o seu quinto trabalho e, diferente dos primórdios, a banda arrisca, sem perder muito a essência, em sons mais melódicos e acessíveis.

Lucas Santos

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Gravadora: Century Media Records
Data de Lançamento: 17/5/2019

Ótima capa.

Apesar de terem sido formados apenas em 2007, parece que Savage Messiah, originários de Londres, existe há muito mais do que apenas uma década. Ao longo desses anos, a banda já lançou quatro álbuns de estúdio. Sempre mesclando uma musicalidade mais agressiva do Thrash Metal, e adicionando elementos do Power Metal, eles construiram uma base sólida de fãs durante esse período.

Demons é o seu quinto trabalho e, diferente dos primórdios, a banda arrisca, sem perder muito a essência, em sons mais melódicos e acessíveis. Ainda falando sobre temas mais agressivos (morte e guerra), captaneados pela excelente voz de Dave Silver, o quarteto londrino amacia as coisas, soando mais expandido e épico.

No começo de tudo, Virtue Signal, é um belo ato de entrada, porém o ataque de bateria e riffs poderosos não dura muito com a chegada da mais contida What Dreams May Come, entrando no território mais melódico do Power Metal. Parachute é uma daquelas baladas que se ouve nas rádios. Algo que caracteristicamente, foge completamente de sons antigos da banda, mas de uma forma estranha, funciona, e se torna a música mais bela do álbum. Dave é um vocalista incrível!

Down And Out e The Bitter Truth chamam a atenção por captar todas as melhores partes de Power, Thrash e até mesmo Hard Rock. São cativantes, com ótima performance instrumental, excelente combinação e passagens diferentes. Aqui eles acertaram em cheio.

É claro que, com a mudança repentina no estilo, a presença de alguns furos seriam esperados. A trinca final de Until The Shadows Fall, Rise Then Fall e Steal The Faith In Me tentar obter características próprias, mas acaba se perdendo num oceano de influências testadas ao longo dos 44 minutos, que ficam esquecidas com o passar do tempo.

Conforme os anos progrediram, a banda não teve medo de fazer experiências com seu som. Demons é embalado até a borda com uma variedade de elementos sedutores. Dos mais agradáveis e calmos ao caos controlado. Eles parecem ter encontrado o equilíbrio certo entre a introdução de novos estilos e ainda permanecer em algo similar ao que ajudou a moldar sua base de fãs. Com uma parte instrumental de tirar o chapéu, parece que esse álbum deu nova vida à eles.

Um excelente material que passeia por diversos gêneros do metal. Nada novo para o estilo, mas algo fresco para os fãs, e para a banda, que arrisca, e acerta com muita propriedade.

Nota final: 7,5/10

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