Review: Five Finger Death Punch – F8

Por Lucas Santos

A faixa título serve como uma introdução para o primeiro single Inside Out, que é a melhor música do álbum, ela acaba criando uma expectativa enorme para as faixas seguintes mas o que realmente vemos é uma repetição de clichês

Lucas Santos

Confira mais metal em 2020:
Surgical Strike – Part of a Sick World
Marko Hietala – Pyre of the Black Heart
Sons Of Apollo – MMXX
Serious Black – Suite 226
Seven Spires – Emerald Seas
Sepultura – Quadra
Vengeful Spectre – Vengeful Spectre

Gravadora: Better Noise
Data de lançamento: 27/02/2020

Gênero: Heavy Metal/Groove Metal
País: E.U.A

Ame-os ou odeie-os, não há como negar que o Five Finger Death Punch é uma das bandas de maior sucesso no heavy metal. Sem piscar de olhos, eles mantiveram esse sucesso por mais de uma década. É um fato notável também que tem sido anos muitos tumultuados para banda, com a saída do baterista Jeremy Spencer e das lutas do vocalista Ivan Moody com o abuso de substâncias.

Uma nova gravadora, um novo Moody e um novo álbum, além de diversas declarações dos integrantes e do próprio Moody sobre como o álbum seria algo diferente, perto de uma mudança tanto liricamente como musicalmente para o FFDP acabaram botando F8 (Faith = Fé) em um lugar de destaque antes mesmo do seu lançamento, como espécie de uma esperança de dias melhores, já que os seus últimos lançamentos And Just For None (2018) e Got Your Six (2015) foram bem tumultuados.

“Queríamos fazer um disco que não estivesse aqui hoje e se fosse amanhã. Queríamos algo que fosse atemporal. Queríamos uma peça que as pessoas realmente pudessem segurar e que cobrisse todas as cores diferentes do arco-íris, por assim dizer, dessa banda e dos indivíduos nela.”

Ivan Moody em entrevista para a Blabbermouth

A faixa título serve como uma introdução para o primeiro single Inside Out, que é a melhor música do álbum, ela acaba criando uma expectativa enorme para as faixas seguintes mas o que realmente vemos é uma repetição de clichês, o “metal testosterona” que é uma marca deles e formatos extremamente datados com pouca inspiração. Parece que todo esse papo de “mudança”, “atemporal”,”novidades” ficou apenas no papel e o Five Finger Death Punch passa quilômetros de estimulos vigorosos e além de jogar na zona segura consegue regredir a sua sonoridade.

As únicas pessoas que eu vejo realmente curtindo esse álbum são os fãs mais ferrenhos do quinteto, acredito que muito deles vá ouvir o F8 algumas vezes mas quando sentir vontade de escutar a banda, vai recorrer aos trabalhos antigos. Esses que são, de longe, muito melhores.

F8 repete a fórmula do Five Finger Death Punch em exaustão, não é criativo e além de frustar bastante se torna difícil de ser ouvido na íntegra mais de uma vez. Poucas partes se salvam e é de longe, um trabalho esquecível, que não chega perto nem dos melhores momentos da banda e nem do que vem sendo feito no momento no mundo do metal.

Nota final: 4/10

2 comentários sobre “Review: Five Finger Death Punch – F8

  1. Acredito que a pronúncia de F8 seja (Fate = destino) e não (feith = fé) .

    A faixa little bit off tbm é interessante. Poderia ser comentada.

    Quanto aos demais pontos concordo com o comentarista

Deixe uma resposta