Review: Sons Of Apolo – MMXX

Por Lucas Santos

Sentimos que ficou mais forte desta vez, pois nos conhecemos melhor agora. Psychotic Symphony foi a primeira vez que nós cinco trabalhamos juntos, então não havia um ar de experimentação

Mike Portnoy

Confira mais metal:
Ocean Sleeper – Don’t Leave Me This Way
Opeth – In Cauda Venenum
As I Lay Dying – Shaped By Fire
Of Mice & Men – EARTHANDSKY
Screamer – Highway of Heroes
Knocked Loose – A Different Shade Of Blue

Gravadora: InsideOutMusic
Data de lançamento: 17/01/2020

Sons of Apollo é um supergrupo de metal progressivo formado em 2017. Esse talvez seja um dos supergrupos mais “supers” que existe no mundo da música. O lineup é composto por Mike Portnoy (bateria), Billy Sheehan (baixo), Derek Sherinian (teclados), Jeff Scott Soto (vocal) e Ron “Bumblefoot” Thal (guitarra) e felizmente fez uso de todo esse talento em um promissor trabalho de estreia Psychotic Symphony (2017). O quinteto está de volta com o novo álbum MMXX – ou 2020 – como queira chamar.

Felizmente as expectativas com esse lineup de peso – que são muito grandes – se unem logo na abertura Goodbye Divinity, uma faixa de mais de 7 minutos que se mostra muito poderosa, os grooves e as melodias dos versos e refrão captam a atenção de imediato, bom notar que não só na primeira faixa mas durante todo o álbum as coisas parecem ser mais orgânicas, e fluem de forma mais natural.

Nenhum membro tem sua performance destacada no geral – as conversas dos solos de guitarra de Bumblefoot e teclados de Derek em Wither to Black, a emoção com que Soto canta Desolate July, que foi dedicada a David Zablidowsky baixista do Adrenaline Mob que infelizmente perdeu sua vida em um acidente com a van da turnê da banda em 2015, e é claro todo o absurdo de baterista que é Portnoy pode ser exemplificado na faixa Fall To Ascend – durante todo disco percebemos que o Sons Of Apollo entrega um trabalho mais coeso, caprichado e soando mais como um time.

Sentimos que ficou mais forte desta vez, pois nos conhecemos melhor agora. Psychotic Symphony foi a primeira vez que nós cinco trabalhamos juntos, então não havia um ar de experimentação

Mike Portnoy

Asphyxiation é a faixa mais pesada de toda a discogradia da banda e no fechamento temos 15 minutos de New World Today, que consegue ser interessante durante toda a sua grandeza, porque sim, todo álbum de progressivo tem que ter uma música extensa e cheia de experimentos.

MMXX tira de vez a maldição do supergrupo e premeia o trabalho árduo e honesto do Sons Of Apollo, talvez a melhor banda atual com essa denominação. O trabalho em grupo fez toda a diferença e sentimos uma naturalidade quase que única nas composições ao longo do disco. Um ótimo momento para o metal progressivo que começa com o pé direito em 2020.

Nota final: 8/10

34 comentários sobre “Review: Sons Of Apolo – MMXX

Deixe uma resposta