Review: Surgical Strike – Part of a Sick World

Por Lucas Santos

São onze faixas e 44 minutos de pura agressão, direto ao ponto sem muita enrolação. A proposta é simples e objetiva: copilar tudo o que tem de melhor no thrash alemão.

Lucas Santos

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Gavadora: Metalville
Data de lançamento: 24/01/2020

Álbum de estreia, banda de thrash alemã… eu tinha certeza que o Surgical Strike era uma novidade, estava enganado. O quinteto alemão formou-se em 1993 e durou apenas 3 anos terminando as atividades em 1996. Durante este período eles lançaram apenas 2 demos sem muita notoriedade.

A volta aconteceu em 2014, apenas o vocalista Jens Albert e guitarrista Marcelo Vasquez Rocha da formação original permaneceram e houve uma reformulação no resto dos membros. O EP V-II-XII foi lançado em 2016 e finalmente no começo de 2020 o primeiro álbum de estúdio, Part of a Sick World, foi oficialmente lançado.

São onze faixas e 44 minutos de pura agressão, direto ao ponto sem muita enrolação. A proposta é simples e objetiva: copilar tudo o que tem de melhor no thrash alemão. Combinando a tecnicalidade empolgante de Destruction, a arrogância do Exodus e até as afrontas políticas incisivas do Megadeth, o Surgical Strike acerta em cheio no pacote e consegue entregar uma dose cavalar de pancadaria, riffs grosseiros e metralhadoras impulsivas.

Músicas como Conspiracy, Dead End Gone e Confrontation são aulas de riffs e musicalidade energética. A produção tem papel fundalmente na construção do álbum e torna tudo mais agradável. O tom da guitarra é fantástico, as partes rítmicas parecem ganhar vida, e a bateria presente faz toda a diferença na sonoridade brutal. Os guitarristas Marcelo Vasquez e Frank Ruhnke dominam com riffs encaixados e solos que se misturam na velocidade e melodia. Jens Albert é o típico voclalista de thrash, além de ter uma voz bem presente, é muito carismático e consegue entregar a vida que cada canção merece.

Depois de quase duas décadas, o Surgical Strike voltou do nada e entregou um material que se equipara aos grandes clássicos modernos do gênero. É realmente difícil destacar alguma individualidade em todo o disco, a banda funciona como banda e o resultado final é uma maravilha. Uma surpresa agradável e já de cara um álbum de thrash que dificilmente encontrará concorrentes a altura durante o ano de 2020. Um álbum pra ficar no repeat a semana toda.

Nota final: 8,5/10

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