Por Lucas Santos
Desde sua formação em meados de 2000 e seu primeiro lançamento Rest In Sleaze (2005) a banda mudou o seu vocalista quatro (!) vezes, algo inimaginável para um grupo que queira evoluir e manter relevância no cenário
Lucas Santos
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Gravadora: Frontiers Records
Data de lançamento: 13/09/2019

Crashdïet foi a banda que me introduziu ao glam metal moderno, cena que tomou força na Suécia, país de origem da banda, se expandiu pela europa, se difundiu nos Estados Unidos, e que me fez conhecer diversas outras bandas como Reckless Love, Crazy Lixx, Hardcore Superstar, entre outras que fizeram parte (algumas ainda fazem) do meu playlist quando a vida pede um pouco de festa, solos de guitarra extravagantes e letras bobas com refrões pegajosos.
Desde sua formação em meados de 2000 e seu primeiro lançamento Rest In Sleaze (2005) a banda mudou o seu vocalista quatro (!) vezes, algo inimaginável para um grupo que queira evoluir e manter relevância no cenário. Incrivelmente, a base da banda se manteve a mesma desde 2005 Martin Sweet (guitarra), Peter London (baixo), Eric Young (bateria) participaram de todos os álbuns de estúdio e tem em Rust, seu quinto trabalho de estúdio, a estréia do jovem Gabriel Keyes.

Após a primeira audição encontrei um álbum bem mais equilibrado que os anteriores, algumas ótimas composições se destacam logo de primeira como Parasite, que tem um refrão bem marcante, Reptile que é mais direta e pesada e a suave Waiting For Your Love. Eles conseguiram se portar bem entre a coragem de apresntar algo novo para um público desconhecido e também apostar em fórmulas mais conhecidas para os fãs antigos. Sem deixar o hard/sleaze rock que os consagraram ainda com Dave Lepard nos vocais a banda aponta para um futuro bem promissor, Gabriel é um talentoso vocalista e tem muito o que fazer pela banda e pelo hard rock.
Entretanto, faixas como Stop Weirding Me Out e Crazy são facilmente “puláveis” depois de algumas audições, junto com a faixa Idiots, elas tem um potencial mas não foram muito bem trabalhadas e acabam se perdendo nas transições entre refrão/verso e solos. Felizmente no geral o resultado é positivo e as boas faixas são caivantes e as melodias muito agradáveis. A faixa título e In The Maze, com uma abertura acústica e uma guitarra bem arrastada, são os destaques do álbum.
Rust é a nova fase do Crashdïet, a química existe e o tempo é o melhor amigo nessas horas. Esperamos que Keyes não saia da banda (ou seja mandado embora) e continue a sua jornada lado a lado com os seus novos comapanheiros. As coisas boas são muito boas, e o que não funcionou é facilmente corrigido e totalmente moldável. Crashdïet merece dias melhores, com mais estabilidade para retomar sua relevância.
Nota final: 7/10
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