Review: ROAM – Smile Wide

Por Lucas Santos

Apresentando uma sonoridade mais moderna e mantendo as raízes da fase pop punk/emo, o quinteto inglês conseguiu um destaque consideravel depois de Great Heights & Nosedives, e hoje é uma das referências no cenário junto de bandas como Neck Deep e Boston Manor.

Lucas Santos

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Gravadora: Hopeless Records
Data de lançamento: 6/09/2019

ROAM se lançou ao mundo em 2016 com o disco de estréia Blackbone, no ano seguinte Great Heights & Nosedives veio e rapidamente se tornou um dos melhores discos de pop punk dos últimos anos, mudando certamente o patamar da banda no circuito. De Eastbourne, na Inglaterra, atualmente, é composta pelo vocalista Alex Costello, o baixista Matt Roskilly, o guitarrista e vocalista Alex Adam, o guitarrista Sam Veness e o baterista Miles Gill.

Usando uma forma simples e muito bem conhecida que foi febre no começo dos anos 2000, a banda carrega uma influência enorme dessa época e se assemelha sonoricamente de gigantes do estilo como Good Charlotte, New Found Glory, All Time Low, Simple Plan e todas aqueles grupos que reinaram no começo do século. Apresentando uma sonoridade mais moderna e mantendo as raízes da fase pop punk/emo, o quinteto inglês conseguiu um destaque consideravel depois de Great Heights & Nosedives, e hoje é uma das referências no cenário junto de bandas como Neck Deep e Boston Manor.

Smile Wide é o terceiro trabalho, lançado apenas com um distância de um ano do último álbum. Com o terceiro registro, o ROAM agora tem uma identidade para realmente chamar de sua. Se fizermos uma comparação rápida com o disco de 2017 vemos que os ingleses tentaram atingir um público maior, mudando algumas estruturas e deixando sua sonoridade mais pop. LOUD é um belo exemplo, que apesar de ser apenas uma boa música, traz uma abordagem diferente.

A faixa de abertura Opener Better In Than Out é uma dose dinâmica de pop-punk clássico que soa muito como a antiga fase da banda, enquanto a segunda música I Don’t Think I Live There Anymore marca o primeiro passo da banda para longe do território sonoro que sempre ocuparam. Combinando melodias alegres com as letras mais escuras e depreciativas de Alex Costello, o vocalista apresenta essa nova vibração e lidera os parceiros para um novo rumo.

Hand Grenade engana no começo, voce acha que será uma faixa mais lenta, então a guitarra e a bateria entram em cena e você percebe que está enganado. O refrão dessa música é ótimo e muito pegajoso. Os ganchos te prendem bastante, talvez essa seja a música mais alegre do álbum. A penúltima faixa é Toy Box, aqui temos uma ótima linha de baixo de Roskilly. E Turn e é uma maneira perfeita de completar o que tem sido um ótimo álbum. É mais lenta e é uma música agradável e fecha muito bem, mandando a mensagem de que eles mudaram sim, de uma forma natural e mais convincente.

Smile Wide, apesar de não se encaixar tanto no meu estilo favorito, parece ser um trabalho mais honesto, e deve ser o rumo que o ROAM seguirá daqui pra frente. Sendo mais Pop do que Punk, a vibe mais noventista da banda mostrou que é possível esticar esses limites sem comprometer a natureza agradável da música. Essa deve ser a pegada dos ingleses daqui em diante, mais madura, verdadeira e plácida.

Nota final: 7,5/10

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