Review: I Prevail – Trauma

Trazendo uma intensidade musical e lírica, experimentando não apenas gêneros de rock e metal, mas fundindo elementos de hip hop, eletrônica e trap de estilos musicais.

Lucas Santos

Gravadora: Fearless Records
Data de Lançamento: 29/03/2019

Após um breve hiato de quase 1 ano devido a recuperação das cordas vocais do vocalista Brian Burkheiser, a banda de Michigan anunciou dia 19 de Fevereiro nas redes sociais o lançamento do seu segundo álbum de estúdio Trauma gerando muita expectativa. Lançado dia 29 de março ele sucedeu o excelente Lifelines, um espetacular disco de metalcore que deu ao I Prevail um status de banda emergente no cenário colocando-os para tocar em turnês com bandas consagradas do gênero: Pierce The Veil, Escape the Fate, Neck Deep.

Baseado nos 3 singles apresentados antes do lançamento oficial: Breaking Down, Bow Down e Paranoid, notamos que o novo trabalho seria algo nunca antes feito pelo quinteto. Trazendo uma intensidade musical e lírica, experimentando não apenas gêneros de rock e metal, mas fundindo elementos de hip hop, eletrônica e trap. Everytime I Die, com a participação encantadora da cantora canadense Delaney Jane, uma linda faixa com ótimas melodias e grande trabalho vocal de Burkheiser, e a faixa Low são grandes exemplos de quando toda essa mistura funciona. Já Rise Above It e DOA são exemplos de quando esses elementos, juntos, não funcionam. São faixas confusas, sem personalidade e meio caóticas.

Procurando coisas mais pesadas? Gasoline, a melhor do álbum, e Deadweight injetam um pouco de adrenalina de metalcore na poderosa voz de Eric Vanlerberghe. Porém fica claro que as aspirações musicais da rapaziada são outras. É difícil de qualificar os outros instrumentos porque muitas vezes nos vemos sobrepostos por mixers e sons eletrônicos, mas certamente o trabalho do baterista Gabe Helguera, único membro novo da banda, é de se tirar o chapéu.

I Prevail foi por uma linha que centenas de bandas do gênero já seguiram, para usar exemplos recentes de Bring Me The Horizon e Falling In Reverse que buscaram em seus últimos álbuns uma sonoridade distinta que atingisse públicos diferentes. Muito daqueles que conheceram a banda pela música mais pesada torceram o nariz na primeira vez (como eu), mas basta abrir a cabeça e aceitar as mudanças. Não podemos achar que Trauma é um disco somente de metalcore, a banda explora os limites musicais, experimentando sons e elementos que nos mostram um lado que nunca antes vimos, feito por músicos absolutamente talentosos. Se buscas apenas peso e agressividade eu não recomendaria esse álbum mas recomendaria se buscas uma experiência mais imersa em novas vibes e sons diferentes.

Nota final: 6/10

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