Review: Cannibal Corpse – Violence Unimagined

Por John Doliver (Debaixo do Chão)

Tem ótimos timbres num quesito de produção, mas esse novo lançamento sofre do mesmo em comparação à Wretech Spawn e Eviscerationg Plague de serem quase que iguais em relações ao seus discos anteriores (Bloodthrist, Kill e aqui Red Before Black) Tem umas coisas ou outra de diferentes e

John Doliver

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Gravadora: Metal Blade Records
Data de lançamento: 16/04/2020

Gênero: Brutal Death Metal
País: Estados Unidos


Preciso falar muito? Cannibal Corpse é a lendária banda americana de Death Metal (que eu chamo de Brutal sim, lide com isso) que começou no final dos anos 80 vindo junto da cena de diversas bandas importantes para o gênero na mesma época e começo dos anos 90, como Death, Morbid Angel, Deicide, Autopsy e um compilado de bandas que eu pago pau. Mas enfim, eles ganharam notoriedade com seus primeiros discos por conta de suas capas e suas temáticas bastantes Gore para a época. Quer dizer, Butchered At Birth até hoje é muito chocante. Eles conseguiram publicidade reversa com o governo querendo censurar eles, aparecendo no filme Ace Ventura do Jim Carrey e claro, o maior motivo para o seu mérito é sua sonoridade foda!

Cannibal junto com o Sepultura foram as bandas que me influenciaram a me tornar viciado em Death Metal que sou hoje desde os 15 anos, apesar de eu não escutar tanto quanto antes, mas ainda aprecio demais! Recentemente, em 2018, o guitarrista Pat O’Brien que estava na banda desde o começo, foi trocado em 2019 pelo líder do Hate Eternal e ex-membro do Morbid Angel e Ripping Corpse, Erik Rutan. Pat saiu por uma doidera muito louca ue o levou a ser preso. A notícia me chocou quando saiu, foi um dos momentos mais WTF para um fã, e triste por ele não tocar mais na banda.

Olha, eu estava um tanto ansioso quanto a este álbum (não no nível do novo álbum do Carcass), pois faz tempo que não paro pra escutar Cannibal Corpse e assim, explorando a discografia, não foi muito recompensador. Passei bastante com o que sinto nesse álbum com o que sinto de álbuns não muito interessantes, com um mais do mesmo. Mas não foram todos. Em um futuro distante falo dos álbuns que acho foda.

Como até os discos mais fracos da banda não são ruins, tem ótimos timbres, a banda toca muito bem, tem umas ideias interessantes, porém é só bom, e é um mais do mesmo. Violence Unimagined tem ótimos timbres instrumentais e ótima produção, mas esse novo lançamento sofre do mesmo em comparação a Wretech Spawn e Evisceration Plague de serem quase que iguais em relações ao seus discos anteriores (Bloodthirst, Kill e aqui Red Before Black). Têm uma coisas ou outra de diferentes e interessantes nas músicas em geral, mas bem pouco. Ouvindo o álbum todo sinto que só ouvi 3 ou 4 músicas e resto eu esqueci do que já ouvi. O famoso “entrou pelo ouvido e saiu pelo outro”. No caso, as faixas que mais gostei foram: Follow the Blood, Overtorture e Inhumane Harvest. Elas seriam digamos, “as canções que eu colocaria numa playlist das melhores canções de toda discografia.”

Poderia ser influência do novo guitarrista, mas acho o trampo dele no Hate Eternal muito foda pelo último álbum de 2018. Ele produziu o álbum Kill (2006), que é um disco muito foda da banda, e na minha opinião o próprio Pat no Red Before Black (2017), álbum antecessor, não tava tão destacável. Ele pegou bem a sonoridade da banda, mas acho que a banda em geral traz pouca coisa de novo e criativo dentro do seu som (para não dizer nada), ainda gosto de Cannibal Corpse, mas vou ficar com outros discos.

Nota final: 7,5/10

Palavras de John Doliver do Debaixo do Chão

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