Por Lucas Santos
Steve é um virtuoso e impressiona pela habilidade de conduzir todos os instrumentos citados, já Lukas passeia por diversos cantos do metal, e ora com sua voz mais operística ou mais rasgada e direta, impressiona pela diversidade criada e pelo conforto passadi em em momentos diversificados.
Lucas Santos
Confira mais metal em 2020:
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Code Orange – Underneath
Gravadora: ZOUNDR/Fencesound
Data de lançamento: 14/02/2020

Gênero: Heavy Metal/Hard Rock
País: Alemanha
As maravilhas da internet nos proporciona muitas coisas boas, uma delas é que às vezes me deparo com projetos musicais únicos, que só seriam possíveis com o advento dessa tão amada tecnologia. O Vision Of Choice é um duo alemão que consiste de novos desconhecidos integrantes, Lukas Remus, toma conta dos vocais enquanto o multi-instrumentista Steve Brockmann, não so performa todos os instrumentos do álbum, como também é responsável por todas as suas letras e composições.
Com influências clássicas de Iron Maiden, Helloween, Omen, Malice e Chastain, apenas para citar algumas, eles criam em seu debut, Mistress Of God, algo que acima de tudo é divertido e de muito bom gosto. Steve é um virtuoso, e impressiona pela habilidade de conduzir todos os instrumentos citados. Já Lukas, passeia por diversos cantos do metal, e ora com sua voz mais operística, ou mais rasgada e direta, impressiona pela diversidade criada e pelo conforto passado em momentos diversificados.

O ótimo começo New Horizon mostra fortes influências de Maiden, com o baixo pulsante que é marca de Steve Harris. Come Tomorrow pula para um metal que refleta mais o começo da carreira da Judas Priest, e tem uma das melhores de guitarra criados neste ano. Endlessly é o puro power metal europeu e Givin’ It Up, é bem alegre, entregando ótimos trabalhos de guitarra, mais uma vez. Tropeços ocorrem na caminho, ainda mais depois de um dueto inicial bem forte. Into the Light e Hold Your Head High repetem muitas fórmulas manjadas e exageram nas adições orquestradas e vocais em coro no acompanhamento.
Em vários momentos, Mistress of Gods é diferente, mas o seu leque de referências falha em encontrar uma identidade. Dou um desconto por nesse caso, o projeto ter a intenção de soar menos como banda e mais como um cojunto de ideias de, majoritariamente, duas mentes. Porém, em muito instantes, fiquei com uma sensação de que faltou aquele “algo a mais”. Tecnicamente, as performances são acima da média, porém a produção deixa um pouco a desejar, principalmente na equalização dos instrumentos – o baixo soa muito(!) alto e destacado, sem motivo nenhum em vários momentos -.
Mesmo com alguns traços genéricos, o Vision Of Choice opera na estreia de um ótimo esforço de heavy metal clássico, aquele que faz parte da NWOTHM (New Wave Of Traditional Heavy Metal), e vai chamar a atenção de muitos que seguem e cavam por bandas que levam o estilo à risca. Algo para se manter no radar para futuros lançamentos.
Nota final: 7/10
3 comentários sobre “Review: Vision Of Choice – Mistress Of The Gods”