Review: Airbourne – Boneshaker

Por Cleo Mendes

Boneshaker é o seu quinto disco. E falando sobre isso, o guitarrista Matthew Harrison disse o seguinte: “Todo o sentimento que buscávamos era sobre o rock’n’roll para toda a vida. Queríamos criar algo digno de tatuagem … e resistimos ao teste do tempo.

Cleo Mendes

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Gravadora: Spinefarm Records
Data de lançamento: 25/10/2019

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Airbourne é uma das melhores bandas ao vivo que existe. Isso é fato, não vou fazer perguntas nem abrir qualquer debate sobre o assunto. Não existe uma banda que realmente coloque mais nisso. Quase não importa se você gosta ou não dos discos deles, você é varrido pelo turbilhão, de suor, cerveja, riffs e rock n’ roll.

Boneshaker é o seu quinto disco. E falando sobre isso, o guitarrista Matthew Harrison disse o seguinte: “Todo o sentimento que buscávamos era sobre o rock’n’roll para toda a vida. Queríamos criar algo digno de tatuagem … e resistimos ao teste do tempo.

No parágrafo acima, ele está falando sobre a capa. Ele poderia muito bem estar falando sobre a própria banda. Quando eles anunciaram o álbum, disseram que estavam fazendo isso com Dave Cobb, que fez de Chris Stapleton uma mega estrela, transformou Whiskey Myers em estrelas de rock e fez algumas das coisas mais desafiadoras em Nashville. Isso me fez pensar que poderia ser diferente, mas não. Olha, se você gostavam do Airbourne antes, vai amá-lo agora, porque o que o Cobb fez essencialmente foi elevar tudo que a banda já foi.

Não há nem um pingo de sutileza nas dez músicas. Seja na faixa-título em que eles recitam: “nós dois queremos muito, então vamos fazer aqui“, é mais do que um gancho, é um mantra, ou em Burnout The Nitro. This Is Our City – obscena e feroz.

Sim, o Airbourne não se importa nem um pouco se você acha que Sex To Go é infantil, eles só querem que seja um blues sujo e não ficam remotamente preocupados se o riff de Backseat Boogie foi ouvido um milhão de vezes antes. Eles têm os mesmos registros. Eles não ligam.

Tenha em mente uma frase enquanto escuta os curtos 30 minutos de Boneshaker: “é só por diversão, cara”. Blood In The Water não poderia soar mais como Whole Lotta Rosie se tentasse ser honesto, mas aqui está o problema. Quando a batida de She Gives Me Hell começa, você já está imaginando que ela seja tocada ao vivo.

Switchblade Angel dura um pouco mais de 2 minutos. Ela é energética e direta, enquanto Weapon Of War é mais sutil. A última é a mais importante, Rock N Roll For Life é o lema da banda. Trazendo uma sensação de que nada pode nos dividir, desde que tenhamos música, é basicamente o sentimento aqui. Eles sabem disso.

Por isso, se você não gosta da Airbourne, não vai gostar disso. Além disso, a banda não dá a mínima. Porque na frente de sua própria multidão, em algum campo de algum festival, eles ganham vida própria. E a essência do rock n’ roll sobrevive.

Nota final: 7/10

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