Review: Diamond Head – The Coffin Train

Por Lucas Santos

As coisas começam aceleradas com a primeira faixa Belly of the Beast, um ótimo cartão de visitas, o mais puro Heavy Metal

Lucas Santos

Mais Heavy Metal:
Death Angel – Humanicide
Savage Messiah – Demons
Possessed – Revelations of Oblivion
Pectora – Untaken 
Amon Amarth – Beserker

Gravadora: Silver Lining Music
Data de lançamento: 24/05/2019

O ano de 2020 marca o 40º aniversário do Lightning to the Nations. A estréia do Diamond Head, que os consolidou como um dos principais atos da New Wave do British Heavy Metal. Hinos como Helpless e The Prince tornaram-se clássicos que são instantaneamente reconhecíveis. Porém, a história da banda é uma das que poderiam ter sido maior. Devido a má gestão e alguns outros motivos obscuros, eles se desmembraram em 1986 e tiveram uma breve reunião nos anos 90.

O guitarrista Brian Tatler é o único membro remanescente da formação original em 1976, sendo um dos músicos mais influentes para a banda e para a geração do NWOBHM, e o principal motivo da banda ainda existir. Apesar dos ensaios e tribulações que se seguiram nos anos 90 e no novo milênio, a banda se reuniu pela terceira vez nos primórdios dos anos 2000 e manteve um sólida base de lançamentos que, apesar de não remeterem ao início, sempre foram bem aceitos por crítica e fãs. The Coffin Train é o quarto trabalho depois da última reunião, e o segundo com Rasmus Bom Andersen nos vocais.

As coisas começam aceleradas com a primeira faixa Belly of the Beast, um ótimo cartão de visitas, o mais puro Heavy Metal. The Messenger, segunda faixa, serve com transição para o que realmente o álbum se trata. Na terceira faixa The Coffin Train, ocorre uma mudança de estilo e de atmosfera. Andersen “engrossa” a voz, e apresenta algo que remete aos anos 90, com ritmos mais cadenciados e explorando o groove e climas mais compassados. Shades of Black é a síntese de tudo se trata aqui. A voz de Andersen, quando mais cadenciada, lembra muito a de Chris Cornell, uma comparação inevitável de se fazer. Apesar de termos notado essa semelhança no álbum anterior, aqui, ela se faz mais presente devido ao novo estilo adotado pela banda.

A vibe de hard rock é muito presente, embora apresentada de uma forma mais barulhenta e massiva devido à exploração de métodos modernos de estúdio. The Phoenix é mais grooveada e com tons psicodélicos, definitivamente apontam para suas raízes nos sons arcaicos da década de 1970 do Led Zeppelin e Deep Purple. Por outro lado The Sleeper e The Messenger se mostram como faixas mais pesadas, no estilo Black Sabbath, flertando com o Doom Metal. A banda está em ótima forma e a produção, como já foi citado anteriormente, consegue captar uma vibe mais moderna sem deixar a sonoridade clássica ser perdida.

Apesar de algumas mudanças não agradarem os fãs mais antigos e com cabeça mais fechada, The Coffin Train é um daqueles lançamentos que deixam um marco no ano. Tem tudo aquilo que um apreciador do Diamond Head espera, e mais, acrescenta elementos encantadores que surpreendem a quem está disposto, e elevam o álbum a algo maior do que apenas um bom disco de Heavy Metal. Essencial para a sua audição do ano, e também, se tornando essencial para a discografia da banda.

Nota final: 8,5/10

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