Review: DeWolff – Tascam Tapes

Por Lucas Santos

A capa do álbum brinca: “Este é o novo álbum do DeWolff, foi gravado na estrada por menos de 50 euros, mas soa como um milhão de pratas!‘ – uma brincadeira que mostra que Tascam Tapes não deve ser levado a sério,

Lucas Santos

CONFIRA MAIS ROCK:
Alter Bridge – Walk The Sky
Wayward Sons – The Truth Ain’t What It Use To Be
Eclipse – Paradigm
Goodbye June – Community Inn
William DuVall – One Alone

Gravadora: Mascot Label Group
Data de lançamento: 10/1/2020

Para falar de Tascam Tapes primeiro precisamos falar um pouco do seu conceito. Dessa vez, o sétimo álbum da banda holandesa DeWolff foi concebido de uma forma bastante inusitada e curiosa, todo o álbum foi gravado usando apenas um gravador de áudio em K7, modelo Tascam, em 4 canais. A banda não usou amplificadores de guitarra, não utilizou o órgão Hammond e não fez uso de bateria – no lugar dela, é usado um sintetizador que simula o instrumento.

A banda de rock psicodelico foi fundada em 2007 e é composta por Pablo de Poel (vocal e guitarra) seu irmão Luka van de Poel (bateria) e Robin Piso (teclados) já está bem consolidada em sua sonoridade, que busca um som mais retrô, bem focado no início do hard rock setentista, e de certa forma fez uma aposta interessante com o novo trabalho.

A capa do álbum brinca: “Este é o novo álbum do DeWolff, foi gravado na estrada por menos de 50 euros, mas soa como um milhão de pratas!‘ – uma brincadeira que mostra que Tascam Tapes não deve ser levado a sério, não como um álbum “oficial” da discografia, mas ele funciona muito bem em sua proposta sem parecer que foi gravado com poucos recursos.

Bem coesos e já bem a vontade, o trio consegue criar momentos interessantes, com canções leves, agradáveis, ganchos atraentes e refrães alegres que já são bem presentes nos álbuns anteriores. It Ain’t Easy e Made it to 27 são ótimos exemplos de como a simplicidade funciona. Nothing’s Changing é outro ponto alto. Uma boa mistura do rock retrô, pegada pop e solos mais simples sem soar datado.

Outro ponto interessante é que apesar de 12 músicas, não temos muito mais que 30 minutos de música então, até para aqueles que não se sentiram tão satisfeitos com a sugestão que Tascam Tapes passa, é uma audição rápida e passageira.

Certamente esse não é o “álbum para se escutar do DeWolff“, não é um material incrível e musicalmente não é inovador, mas não deixa de ser uma surpresa agradável para começar bem o ano de 2020. A sensação de estar ouvindo a trilha sonora do Mafia III foi muito grande durante toda a minha audição… acho que isso é bom, Mafia III tem uma das melhores trilha sonoras dessa geração de games.

Nota final: 7,5/10

Um comentário sobre “Review: DeWolff – Tascam Tapes

Deixe uma resposta