Review: Mammoth WVH – Mammoth II

Acho que o hard rock encontrou finalmente um artista que represente com propriedade o estilo. Contemplando todos os pontos positivos do subgênero ao qual cresceu inserido, em músicas autorais que dão vários tons de liberdade em grandiosos refrãos e melodias com riffs e levadas de batera bem estimulantes, WVH traz um dos melhores discos do ano até o momento. O filho de Eddie segue mantendo a regularidade em seu segundo disco e cria um legado tão legal quanto o do pai.

Roani Rock

Confira mais reviews de rock:
Foo Fighters But – Here We Are
Noel Gallagher’s High Flying Birds- Council Skies
The Lemon Twigs – Everything harmony
Maneskin – Rush!
Electric Mob – 2 Make U Cry Dance

Cassia Eller & Victor Biglione – Cassia Eller & Victor Biglione In Blues

Gravadora: BMG Rights Managements
Data de lançamento: 04/08/2023

Gênero: Hard Rock País: EUA


Wolfgang Van Halen tem 32 anos e a primeira banda que o projetou para o showbiz foi a que leva o seu sobrenome, uma banda revolucionária da década de 70 que teve seu pai Eddie Van Halen como o guitarrista e líder, criando uma forma de tocar única que fez com que vários guitarristas que vieram posteriormente se espelhassem em sua técnica. Entretanto, temos que dar crédito a WVH por não tentar em sua carreira solo replicar o som da banda de seu pai, fazendo suas coisas em uma infinidade de influências que vão além do som cru do Van Halen.

Em seu segundo álbum como  Mammoth WVH , Wolfgang Van Halen mais uma vez segue a rota de uma One-Man-Band, escrevendo e tocando todas as músicas e seus determinados instrumentos. Apesar de parecer algo solitário, não há nada mais eficaz e de acordo com o ego de um perfeccionista frente ao seu próprio material do que o Do It Yourself.  Mas enfim, Mammoth II não se afasta muito do esboço básico da  estreia autointitulada de 2021 que surpreendeu muita gente mesmo sem trazer na inovador. O ponto alto do trabalho é que as músicas funcionam e tem esse víeis de rock de estádio.

Sem obrigações de primeiro álbum e ansiedades associadas a ele,  Mammoth II tem mais liberdade e apelo pop, ficando mais focado do que seu antecessor. Aqui temos a volta do produtor Michael Baskette e provavelmente só temos aqui uma segunda opinião frente a um trampo que está bem formulado e que não precisa de muito direcionamento, é um som que vai direto ao ponto em todas as suas ondas. Van Halen conseguiu o ápice de sua criatividade em três sons determinantes no álbum, a faixa de abertura Right?, Another Celebration At The End Of The World e Take a Bow. A última é a música mais longa do álbum e tem uma estrutura similar a de grandes clássicos do Foo Fighters – certamente minha preferida. Another Day…, por sua vez tem uma homenagem ao pai que faz qualquer um esboçar aquele sorriso de aprovação.

De uma forma geral, não se encontra pontos baixos no disco, só uma constante pressão e diversão. Até as baladas tem um ritmo um pouco mais acelerado que uma balada convencional de bandas hard. 2023 tem trazido grandes lançamentos, muitos deles soam como o velho jargão de “briga de cachorro grande” e Mammoth II chega pra ampliar esse catálogo numa frente franca, de igual pra igual, mediante a qualquer consagrado.

Nota final: 9/10

Deixe uma resposta