Review: Ressurection Kings – Skygazer

Por Lucas Santos

O Hard melódico reproduzido pelo grupo, que conta com a ajuda do lendário Alessandro Del Vecchio que não só co-escreveu todas as músicas como produziu e também tocou baixo e teclados no álbum, é aquele som bem característico que a Frontiers é craque em fazer, a melhor gravadora nesse segmento.

Lucas Santos

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Gravadora: Frontiers Music
Data de lançamento: 16/07/2021

Gênero: Hard Rock
País: Estados Unidos


O supergrupo Resurrection Kings, composto pelo guitarrista Craig Goldy (Dio), vocalista Chas West (Lynch Mob, Dokken, Great White, XYZ) e o lendário baterista Vinny Appice (Black Sabbath, Dio), anunciou o seu retorno com o segundo álbum de estúdio chamado Skygazer, que continua a saga de mais um dos grandes projetos da gravadora Frontiers, depois da estreia autointitulada em 2016. O seu debut ofereceu um magnífico conjunto de canções com riffs memoráveis e pesados, juntamente com um monte de refrões e melodias cativantes.

O Hard melódico reproduzido pelo grupo, que conta com a ajuda do lendário Alessandro Del Vecchio que não só co-escreveu todas as músicas como produziu e também tocou baixo e teclados no álbum, é aquele som bem característico que a Frontiers é craque em fazer, a melhor gravadora nesse segmento. Aliás é abismal o ENORME número de projetos e álbuns que a gravadora consegue lançar em um curto período de tempo, muito deles envolvendo os mesmos músicos e com produção e autoria dos mesmos nomes. Fica difícil até de acompanhar.

Goldy está realmente em chamas aqui, atingindo cada nota com paixão e sentimento. Seu riffs são muito característicos e bem empolgantes, os solos também se destacam. Ele não é um guitarrista especialista no shred, mas o estilo de tocar cada nota com extremo envolvimento e emoção dá um tom mais dramático em suas performances. O vocalista Chas West mostra uma performance requintada de hard rock, nada de espetacular mas ele segura bem as pontas. Appice é, como sempre, sólido como uma rocha por trás de sua bateria. Um espetacula à parte, sempre.

Falando um pouco sobre as músicas em si, até comparando com o primeiro álbum da banda, elas são menos memoráveis. Produção, performances e principalmente o instrumental do disco são muito bons, mas das 11 faixas de Skygazer posso destacar mesmo a faixa título de abertura e a Troubled Soul lá pro fim. Outras faixas tem bons momentos mas perdem muito a força, falta um temperinho maior para o resto das composições. Deu menos liga do que anteriormente e é fácil reparar que os músicos do álbum já estiveram mais inspirados em outras ocasiões.

Skygazer tem potencial para ser melhor. Ele é um álbum que começa muito bem, com todas as características que um grande álbum de Hard Rock melódico precisa, mas que infelizmente acaba perdendo força do meio para o fim. Há vários momentos para se tirar proveito, mas a audição completa é um pouco maçante, ainda mais com tantos outros projetos e bandas, não só da Frontiers mas de outras gravadoras, que surgiram nos últimos anos e que tocam o mesmo tipo de música. Não é ruim, mas é bastante esquecível.

Nota final: 6/10

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