Review: Electric Gypsy – Electric Gypsy

Por Lucas Santos

Os destaques Shoot ’em Down, rápida e direta, a semi-balada Roundabout, com muito groove e melodias seduzentes, a já hino Wild Kiss e Let It Roll, uma mistura de riffs potentes, melodia magnética e refrão grandioso, já de cara nos remetem aonde a banda mira a sua sonoridade, mas que de forma incrível, conseguem misturar essas referências em uma pegada contemporânea com um ar de nostalgia.

Lucas Santos

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Gravadora: Animal Records/Steelheart Records
Data de lançamento: 30/04/2021

Gênero: Hard Rock
País: Brasil


Não me recordo de uma banda de Hard Rock brasileira ter me chamado tanto a atenção quanto a Electric Gypsy desde que o Kiara Rocks fez um certo sucesso no começo dos anos 2010. Se pararmos para olhar para fora do país a cena de Hard Rock ainda é muito forte, principalmente com bandas da escandinávia e sul dos Estados Unidos, mas olhando para o cenário nacional existe sim uma carência de nomes que eleva a importância do Rock brasileiro, principalmente com essa pegada dos anos 70/80.

A banda mineira de hard rock Electric Gypsy, formada por Guzz Collins (vocal), Nolas (guitarra), Pete (baixo) e Robert Zimmerman (bateria), lançou o álbum de estreia, homônimo no fim do mês de abril. Produzido e mixado por Cris Simões, do Pacific Studio, de Belo Horizonte (MG), e masterizado por Icy Sasaki, o material sucede o EP Lady Luck, lançado digitalmente no segundo semestre de 2020. O quarteto mostra maturidade e bom gosto nas composições que se inspiram na energia de bandas de Hard Rock dos anos 70 e 80 com pitadas de Blues e Pop.

Refrões infecciosos e muitos ganchos cativantes destacam o disco dos demais nomes de uma forma mais memorável e envolvente. Os destaques Shoot ’em Down, rápida e direta, a semi-balada Roundabout, com muito groove e melodias seduzentes, a já hino Wild Kiss e Let It Roll, uma mistura de riffs potentes, melodia magnética e refrão grandioso, já de cara nos remetem aonde a banda mira a sua sonoridade, mas que de forma incrível, conseguem misturar essas referências em uma pegada contemporânea com um ar de nostalgia.

É notável perceber algumas das menções, não só dos anos 80, mas também de algumas bandas específicas. Nine Lives (Until I Die) é um bluesão pesado que me remete muito as composições do Long Cold Winter do Cinderella. Modern Love tem algumas abordagens mais modernas no som, e me lembra muito o Reckless Love em Animal Attraction. Rivers Of Tomorrow é única no álbum, a atmosfera acústica blueseira com pitadas de country, e musicalidade crescente, trazem uma sensação diferente na audição, não tem como não se lembrar do clássico do Bon Jovi Wanted Dead Or Alive.

Electric Gypsy, como citado anteriormente, não só capta a nostalgia do bom e velho “Glam/Pop Hard Rock Farofa” que se alastrou na Sunset Strip nos anos 80, mas também firma comportamentos mais modernos em sua sonoridade nos sons do instrumentos, fazendo com que essa mistura bata de frente com qualquer nome mais atual do Hard Rock, seja ele nacional ou internacional. Um álbum para os amantes mais antigos e para os jovens que buscam uma referência no cenário, talvez o quarteto mineiro possa virar a sua, uai.

Nota final: 8/10

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