Review: Demolizer – Thrashmageddon

Por Lucas Santos

Com claras influências clássicas de bandas como Slayer e Exodus, eles também se apoiam nos sons mais modernos do Municipal Waste e Power Trip.

Lucas Santos

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Gravadora: Mighty Music
Data de lançamento: 11/09/2020

Gênero: Thrash Metal
País: Dinamarca

Com pouco tempo de estrada o Demolizer já fez certo barulho em seu país natal e também na cena Thrash europeia. A banda foi formada em 2014 e lançou, quatro anos depois, o primeiro EP, Ghoul. Mas foi em 2019 que aconteceu a virada do jogo: uma vaga nas finais no Wacken Open Air dinamarquês e na Metal Battle, o que fez com que eles lançassem, independentemente, dois singles, e, por consequência, acertassem um contrato com a gravadora Mighty Music.

Os dinamarqueses são a manifestação de um dedo do meio grande e zangado apontado para os estabelecimentos, atrelando um Thrash Metal mais forte, rápido e poderoso. Com claras influências clássicas de bandas como Slayer e Exodus, eles também se apoiam nos sons mais modernos do Municipal Waste e Power Trip. Tal abordagem, que não tem segredo, consegue ser muito bem vinda, mostrando que a banda é capaz de escrever bons riffs e ganchos fortes.

Falando em riffs, o que ganhamos em Thrashmageddon é um armageddon de riffs e caos (eu não poderia deixar esse trocadilho passar). Uma variação tremenda de guitarras distorcidas com timbres crocantes, que por momentos distintos arrasam em uma velocidade absurda, mas quando quebram andamentos, são grooveadas, pesadas e garantem a “bateção de cabeça” instantânea.

O vocalista Ben Radtleff entrega ótimas passagens de vocais raivosos característicos, além de arrastar e enriquecer faixas com uma entonação mais voltada ao Death Metal. Nota-se também que o baterista Max Petrén Bach Hansen não economiza na grosseria, e espanca o instrumento com muita veemência. A abertura Copenhagen Burning, Bloodshot Eyes e Built On Slavery possuem um pouco de tudo que foi citado anteriormente. Recomenda-se ouvir no último volume.

Thrashmageddon pode não ser inovador, mas é uma ótima pedida para um Thrash direto ao ponto. Agressivo, matador e riffmaníaco, a jovem banda dinamarquesa consegue um ótimo trabalho de estreia que capta toda a essência do gênero, botando uma estreita dose de suas próprias características. Um álbum que não vai fazer tanto barulho, mas será muito bem recebido pelos fãs de Thrash.

Nota final: 7/10

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