Lucas Santos
Apesar de ter a conduta de trazer letras mais significativas e tons mais densos e sombrios, a musicalidade, por um outro lado, traz uma mistura de heavy metal clássico, AOR e hard rock energético.
Lucas Santos
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Gravadora: High Holler
Data de lançamento: 31/07/2020

Gênero: Heavy Metal
País: Estados Unidos
Novo para mim, mas importante no meio há muito tempo. Depois de lançar três álbuns solo simultaneamente no ano passado, o multi-instrumentista, mais conhecido como “Music Machine“, Chris “The Professor” Black, retorna com o álbum chamado Hard To Stop. Este é o quarto de estúdio de mais um dos seus diversos projetos, já que ele também faz parte do Dawnbringer, Aktor, Professor Black e mais alguns outros – o High Spirits. Nesse álbum, Chris continua a mostrar sua ampla abordagem dentro do rock e metal, com uma musicalidade mais hard rock direta, e letras mais reflexivas e com cargas emocionais, que no fim celebram a vida e trazem uma dose extra de esperança.
Apesar de ter a conduta de trazer letras mais significativas e tons mais densos e sombrios, a musicalidade, por um outro lado, traz uma mistura de heavy metal clássico, AOR e hard rock energético. Vale ressaltar que Chris tocou, sim, todos os instrumentos em Hard To Stop e, apesar de ter um foco técnico maior nas guitarras e vocais, a cozinha é bem preenchida e a bateria tem um som muito forte e presente. Destaque para a boa produção, que deixa tudo muito justo e traz um balanço entre energia, musicalidade e melodia muito agradável.

A abertura Since You’ve Been Gone começa com versos empolgantes, bateria acelerada e refrões edificantes, enquanto Restless e Hearts Will Burn colocam um tempero de rockabilia e um rock mais debochado. Now I Know tem uma pegada bem Motorhead e Face To Face, é a minha favorita do disco e a que mais se assemelha ao Dawnbringer: um riff bem pesado e uma batida grooveada. É inegável que, mesmo com uma clara proposta de som, há uma diversificação muito interessante na música do High Spirits.
Hard To Stop tem o grande trunfo de transferir sentimentos das letras ao ouvintes mesmo sem o uso das mesmas. As 9 faixas se comportam muito bem com o que, acredito eu, Chris queria passar para todos os ouvintes. A energia criada, os acordes mais “alegres” e a pulsante intensidade da bateria nos ajuda a ter sentimentos confiantes mesmo se não prestarmos atenção no que ele está cantando. É um álbum que certamente vai te deixar animado e servirá muito bem em um momento mais baixo astral do dia.
Da pouca comparação que consegui ter dos álbuns anteriores do projeto, creio que Hard To Stop seja minha escolha favorita. Não existe uma diferença muito grande dentro dos 4 trabalhos, mas esse foi o que mais funcionou para mim, mesmo com alguns momentos não tão empolgantes. Embora a evolução do projeto na última década tenha se limitado, principalmente na produção e avanços musicais, as habilidades de composição e musicalidade energética sempre contribuem para uma experiência divertida.
High Spirits foi uma baita surpresa para mim. Ainda mais por conhecer um pouco de alguns outros projetos de Chris Black, dando mais crédito ainda ao seu apelido de “Music Machine“. Se você estiver em um dia ruim ou simplesmente quiser andar por aí (de máscara) para dar uma melhorada no seu dia, tenha certeza que Hard To Stop é a trilha sonora perfeita para tal.
Nota final: 7,5/10
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