Por Lucas Santos
Ao longo das 10 faixas temos, repetidamente, a sensação de estarmos viajando no tempo, com diversas referências das grandes bandas do movimento de Los Angeles. Mas sem sair do chão, sabemos que no fundo, estamos escutando o quinteto sueco.
Lucas Santos
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Gravadora: Frontiers Records
Data de Lançamento: 17/5/2019

Uma das melhores bandas da cena atual de Hard Rock sueco está de volta. O seu último trabalho, Ruff Justice, fez parte da minha The Rock List de melhores de rock de 2017. Juntos de Crashdiet, Reckless Love e Hardcore Superstar, eles fazem parte do movimento que resgata a musicalidade, looks e estilo de vida do glam metal dos anos 80. Cheio de feeling, extravagância, atitude e música de qualidade.
Com a formação da banda agora estável depois de algumas mudanças no pessoal ao longo dos anos, esse é o segundo lançamento dos guitarristas Chrisse Olsson e Jens Lundgren, e a primeira vez que a banda lançou dois álbuns com o mesmo line-up. Como em Ruff Justice, eles mais uma vez, provam estar em ótima sintonia, tanto para as composições de Danny Rexon quanto para o resto da banda. Juntamente com o membros fundadores Joél Cirera (bateria) e Jens Sjöholm (baixo), eles soam como uma banda com um único objetivo – elevar ainda mais o topo do seu som.
A faixa título Wicked é o começo, e a síntese do que nos aguarda. A partir daí temos um show de hard rock, melodia e performance. Tudo que de melhor o gênero já produziu é captado e relembrado pelo Crazy Lixx. As referências ao AOR de Silent Thuder e o resgate dos refrões pegajosos de Bon Jovi e Def Leppard em Break Out.
Claro que nenhum disco de hard rock é completo sem uma balada, então guarde o seu coração para escutar Love Don’t Live Here Anymore, algo sem explicação, que me deu a mesma sensação de quando escutei pela primeira vez as melhores baladas já criadas pelo estilo, como Heaven, do Warrant e Every Rose Has Its Thorn, do Poison.
No meio do caminho somos surpreendidos com Eagle, uma música poderosa, longa, ousada, e que quebra um pouco os paradigmas usuais do álbum. Uma aposta acertada, que eleva ainda mais a experiência. Antes que você perceba, a penúltima faixa Weekend Lover já está tocando, e nos deixa claro que a atitude rock n’ roll está alinhada durante toda a vivência de Forever Wild. Guitarras maravilhosas e um refrão que vai ficar na sua cabeça por dias, ficam a cargo de Never Die (Forever Wild), uma excelente forma de encerrra tudo e deixar o gostinho de “quero mais” pairando no ar.

A produção, assim como nos álbuns anteriores, consegue uma combinação precisa entre as sonoridades ointestista e pinceladas modernas, unificando o som da banda em algo notável e único. Ao longo das 10 faixas temos, repetidamente, a sensação de estarmos viajando no tempo, com diversas referências das grandes bandas do movimento de Los Angeles. Mas sem sair do chão, sabemos que no fundo, que estamos escutando o quinteto sueco. E isso é incrível.
Crazy Lixx entregou mais uma vez algo que consegue ultrapassar o tempo. Se você gosta de Hard Rock com o gosto distinto dos anos de glória oitentistas, ostentando grandes refrões de se cantar junto, ganchos gigantes, riffs matadores, melodias memoráveis e produção incrível, Forever Wild é pra você. Se você já é fã da banda, vai na fé. Se você ainda não os descobriu, mas gosta da boa fafora e conhece alguns dos nomes citados no inicio da resenha, então, pode embarcar nesse trem.
Mais um incrível lançamento de uma banda que parece ter achado uma fórmula matadora de criar música. Eles não erram. Um dos melhores trabalhos do grupo, e o melhor do estilo no ano, até então.
Nota final: 9,5/10
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