The Rock List – Top 10 álbuns de Rock de 2017

2017 foi um excelente ano para o Rock N’ Roll em geral. Algumas bandas consagradas lançaram materiais inéditos dignos dos seus tempos de ouro, e outros grupos divulgaram álbuns que mudaram patamares. Assim como fizemos no ano de 2018, confira nosso Top 10 álbuns de Rock de 2017, com uma breve análise dos nossos colaboradores.

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10. Big Big Train – Grimspound

Mesmo com muitos anos de carreira desde o longíquo ano de 1990, a já veterana banda de neo-progressivo encontra-se em um momento fértil e de espantosa criatividade. É possível sentir toda a positividade vivida pela banda através desses últimos trabalhos. A química e sinergia da atual formação é contagiante. Em Grimspound, o Big Big Train consegue superar o seu já belíssimo álbum anterior. Mesclando influências do neo-progressivo e do progressivo sinfônico de bandas como o Genesis com a beleza e suavidade da música celta, os ingleses compuseram um dos mais belos álbuns dentro do gênero em 2017. W.R

9. Frenzal Rhomb – Hivis High Tea

Hivis High Tea não pode ser levado a sério. Títulos como: Classic PervertCunt Act e I’m Shelving Stacks (As I’m Stacking Shelves) nos refletem isso claramente. As letras são bem peculiares, politicamente incorretas e hilárias, e a banda faz questão de não dar a minima pra o que as pessoas estão pensando.  O nono álbum de estúdio é um puro disco de Punk Rock, com músicas curtas, os famosos 4 acordes, vocal e bateria bem agressivos e baixo bem pulsante. Um divertidíssimo e excelente trabalho pra se escutar no último volume. L.S 

8. Night Ranger – Don’t Let Up

Don’t Let Up é o 12º trabalho de inéditas do Night Ranger. O multipremiado grupo californiano fez muito sucesso nos anos 80 e ficou em hiato um bom tempo voltando a lançar novos trabalhos no meio dos anos 2000. O álbum traz nomes conhecidos dos fãs que estão há mais de 35 anos a frente da banda. A voz do também baixista Jack Blades continua impressionante, o virtuoso Brad Gillis “arregaça” nas guitarras com a ajuda do estreante Kerri Keli, que participou pela primeira vez de todo processo de criação da banda em estúdio, e as belíssimas levadas de bateria e vocais do também remanescente Kelly Keagy. O álbum traz os elementos característicos que tornaram o Night Ranger conhecido: o “duelo de vozes” entre dois excelentes cantores com melodias e refrãos grudentos e a harmonia entre a dupla infalível de mestres da guitarra com riffs e solos cativantes, reunindo toda a magia e experiência dos 35 anos de carreira da banda.  L.S

7. Stone Sour – Hydrograd

Segundo Corey, o álbum prometida as melhores composições já feitas pela banda. Hydrograd é um trabalho fantástico de Hard Rock, que passeia pelo Metal em diversos momentos. Com riffs mais pesados, como em Somebody Stole My Eyes e Mercy. Além disso, temos faixas mais cadenciadas e com um feeling incrível como Song #3Whitness TreesThank God It’s Over e até uma baladinha, St. Marie. A incrível e conhecida capacidade de Corey de transitar por vocais mais agressivos para vozes mais melódicas, e vice versa com uma qualidade fantástica. Um dos melhor trabalhos do Stone Sour. L.S

6. Threshold – The Legends of the Shires

Após a saída de Damian Wilson, o Threshold chama de volta o vocalista Glynn Moorgan (vocal no segundo álbum, Psychedelicatessen) que possui um estilo diferente do seu antecessor, mais voltado para o Hard Rock e AOR. E entendo que essa mudança trouxe um frescor a mais que a banda estava precisando. Legends of The Shires é um álbum duplo, naquele estilo característico do Threshold, Metal Progressivo com momentos de Rock Progressivo sem firulas. E agora com uma pegada Hard Melódico, muito pelas características do Glynn. É um trabalho longo, porém com muita qualidade e regularidade.  V.T

5. Soen – Lykaia

A proposta do supergrupo Soen sempre foi fazer uma sonoridade diferente, com influencias de Tool e do próprio Opeth, os músicos criaram um estilo pesado, intrincado e cheio de feeling, graças a combinação do instrumental que passeia entre o progressivo, alternativo e post-metal com a característica voz e interpretação de Joel. Com apenas 3 três álbuns lançados, a banda foi aperfeiçoando a cada lançamento um estilo próprio, tendo com Lykaia, gravado de forma analógica, o seu ápice até então. O álbum mostra todo o amadurecimento e evolução do grupo, com a forte presença e perfeita sincronia de todos os instrumentistas e a interpretação cada vez melhor do vocalista. Pesado, técnico, relaxante é até edificante, esse é o Soen. D.L

4. Crazy Lixx – Ruff Justice

Ruff Justice traz a sonoridade clássica do Glam Metal dos anos 80: riffs memoráveis, vocal meloso e refrões grudentos. Músicas como XIIIWalk The FireShot With A Needle Of Love Snakes In Paradise cabem em qualquer grande clássico oitentista, e temos até uma super power ballad com If It’s Love e pronto, a farofa está completa. Um grande álbum de Hard Rock, um dos melhores do gênero em 2017. O Crazy Lixx uma bela homenagem a década de ouro do Glam Metal e tem muita lenha pra queimar! L.S

3. Europe – Walk the Earth

A gigante do Rock Sueco, Europe, que teve seu apogeu na era Glam, com o aclamado The Final Countdown, parou suas atividades em 1991 e desde o fim do hiato, em 2003, a banda de Joe Tempest, vem mantendo o “forno” em altas temperaturas. A partir de então, ficou claro a mudança de direcionamento adotada pela banda, que passou a enveredar por linhas mais blueseiras, mais pesadas e com mais elementos do Heavy Metal tradicional. E o impressionante é como essa mudança fez bem para a banda, que desde o retorno, já lançou 6 álbuns mantendo um altíssimo nível técnico e uma sinergia incrível, resultando em trabalhos muito orgânicos e com muito feeling. Com o lançamento de Walk The Earth, décimo primeiro álbum da banda, podemos constatar a plenitude da forma em que o Europe se encontra. Peso, atitude, “time”, ousadia, Rock, Metal, Stoner, Europe. V.T

2. Steven Wilson – To The Bone

O grande nome da cena progressiva dos últimos 20 anos lançou um álbum controverso, onde renega qualquer necessidade de vínculo ao estilo, mergulhando sem medo nas influências da música pop e provocando a repulsa de parte dos fãs mais puristas. O seu objetivo de fato foi produzir um álbum de música pop com qualidade, beleza e profundidade que raramente se encontra no estilo nos dias de hoje. E To The Bone atingiu esse objetivo com louvor. Se ainda estivéssemos nos anos 90, parte do repertório poderia ” estourar” nas rádios. E, mesmo que enverede por um caminho aparentemente novo (pelo menos na carreira solo do músico), To The Bone mantém intacta toda a essência e as particularidades da música de Steven Wilson. Abra sua mente e permita-se degustar um dos melhores álbuns de música pop dos últimos tempos. W.R

1. Greta Van Fleet – From the Fires

Para aqueles que ainda não ouviram o Black Smoke Rising, o From The Fires serve como um excelente ponto de entrada para novos fãs, já que o comprimento do EP duplo é o de um álbum, contribuindo para uma experiência de audição mais envolvente. Além disso, as quatro músicas adicionais só se baseiam na grandeza e emoção que foi encontrada em Black Smoke Rising, tornando-se um dos lançamentos mais emocionantes deste ano de uma nova banda de rock. Ao ouvir as vibrações clássicas e vintage e paisagens sonoras que Greta Van Fleet canaliza sem esforço, o hype em torno deles é mais do que validado e vai deixar os ouvintes animados para ver o que a banda faz no futuro próximo. A banda mais falada de 2017 também foi ganhadora do Grammy de melhor álbum do mesmo ano. L.S

Lista de contribuintes:

Daniel Ladislau – D.L
Wendell Resende – W.R
Luis Rios – L.R
Vinicius Tramont – V.T
Lucas Santos – L.S

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