Review: Alestorm – Curse Of The Crystal Coconut

Por Lucas Santos

A musicalidade alegre, e também pesada, com teclados refinados e ótimos riffs de guitarras se misturam com a interpretação de Jack Sparrow mais bem feita de todas pelo vocalista Christopher Bowes, que nos transporta instantaneamente para águas remotas de Piratas do Caribe, Assasins Creed IV: Black Flag e A Ilha Da Garganta Cortada.

Lucas Santos

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Gravadora: Napalm Records
Data de lançamento: 29/05/2020

Gênero: Folk Metal
País: Escócia

Talves, desde Captain Morgan’s Revenge (2008), o primeiro álbum, nenhuma outra banda levantou e encarou 100% um novo estilo quanto o Alestorm. O “True Scottish Pirate Metal” (Verdadeiro metal pirata escocês), ou até mesmo Pirate Metal, conquistou o mundo e, muito graças ao quinteto de piratas escoceses.

Curse Of The Crystal Coconut é o sexto álbum de estúdio, e aqui, por mais uma vez, a diversão é garantida. Não se levar a sério é a chave para embarcar no navio sonoro repleto de referências bibliográficas e cinematográficas. A musicalidade alegre, e também pesada, com teclados refinados e ótimos riffs de guitarras se misturam com a interpretação de Jack Sparrow mais bem feita de todas pelo vocalista Christopher Bowes, que nos transporta instantaneamente para águas remotas de Piratas do Caribe, Assasins Creed IV: Black Flag e A Ilha Da Garganta Cortada.

Na ótima abertura Treasure Chest Party Quest eles declaram que só estão aqui para “Se divertir, tomar uma e ganhar dinheiro” uma indireta clara para todos que levam a banda por um lado mais sério. Fannybaws, do hilário videoclipe, segue a mesma linha, seguida de Chomp Chomp. O ótimo folk metal criado pelos rapazes é cheio de linhas fortes e cativantes com refrães cantados à todo vapor que nos fazem querer abrir os braços na taverna e começar a dançar em cimas das mesas.

Um escorregão com o nu-metal/rap metal Tortuga não abala muito a sequência. Apesar de sempre gostar quando bandas tentam sair um pouco da zona de conforto e arriscar coisas novas, aqui, isso não funcionou. Felizmente eles se recompõe e as hilárias composições com letras bizarras e nonsense em Shit Boat (No Fans) e Wooden Legs Part 2 (The Woodening) – que mistura Death Metal com sons de video game – ainda dando espaço para a poderosa e dançante Pirate Metal Drinking Crew (que fala por si só, né?) – “We don’t give a fuck, we think you all suck!”.

Os elementos de todos os álbuns do Alestorm estão em Curse Of The Crystal Coconut, eles não mostram ser uma banda sem ideias, mas uma banda que toma influência de si mesma, vasculhando os álbuns anteriores nos pontos que mais deram certo, apenas adicionando ideas boas. O fim é rápido, essa é a viagem em alto mar com menos balanço e mais prazerosa que você pode embarcar. Você vai querer fazer parte dessa tripulação por diversas e diversas navegações, assim como eu.

Dessa vez, ao invés de versões com cachorros cantando, como na versão deluxe de No Grave But The Sea (2017), eles fizeram as músicas em versão 8 bits que ganhou o nome de “16th Century Version”. Essa Deluxe Version é a disponível no spotify.

Curse Of The Crystal Coconut já pode bater de frente com qualquer outro álbum do Alestorm. Depois de todos esses anos desenvolvendo um estilo totalmente novo, o Pirate Metal parece essencial em nossas vidas. Pegue o seu rum e se prepare para o que o cristal de côco tem a oferecer. É coisa fina.

Nota final: 8,5/10

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