Review: Sammy Hagar & The Circle – Space Between

Sammy Hagar & The Circle fizeram um combo de deixar qualquer um com um pé atrás. Além de serem um supergrupo, lançaram um material conceitual, que pelas palavras de Hagar: “sobre dinheiro, ganância, iluminismo e verdade”. Algo que nos dias atuais, parecer ser difícil de cativar o público.

Lucas Santos

Gravadora: BMG
Data de lançamento: 10/05/2019

Das últimas vezes que revisei um supergrupo por aqui, tive finais bem distintos. O álbum do Burning Rain não funcionou, enquanto Vltimas trouxe um excelente material de metal, fresco, sendo um dos destaques do ano até então. Sammy Hagar & The Circle fizeram um combo de deixar qualquer um com um pé atrás. Além de serem um supergrupo, lançaram um material conceitual, que pelas palavras de Hagar: “sobre dinheiro, ganância, iluminismo e verdade”. Algo que nos dias atuais, parecer ser difícil de cativar o público.

The Circle é composto pelo amigo de longa data de Sammy, o baixista Michael Anthony – Que além do Van Halen, seguiu o cantor em sua carreira solo, no outro supergrupo Chickenfoot e agora. – baterista Jason Bonham, que dispensa apresentações, e guitarrista Vic Johnson, que acompanha o vocalista desde os tempos de Sammy Hagar and the Waboritas.

Ao contrário de seu último super grupo, Chickenfoot, Sammy Hagar fez uma turnê com o The Circle antes de pular no estúdio para gravar um álbum – Lançaram um material ao vivo At Your Service (2015) – A dinâmica da banda em turnê prometia um resultado diferente do obtido pela Chickenfoot. Grande parte do problema da criaçao de álbuns de super grupos está em, ao contar com a musicalidade e o talento de cada um de seus membros, as músicas ficam desconexas. Alguns ouvintes não querem coesão quando ouvem um álbum por bandas desse tipo. Mas em um trabalho conceitual, essa singularidade pesa.

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O começo é arrastado. A tonalidade das músicas não é o problema, a questão é que elas não funcionam em cima da proposta. As quatro faixas inicias pecam por falta de energia, soam sem vida e deixam uma impressão de tapa buraco desnecessário.

Free Man, Trust Fund Baby e Affirmation tornam as coisas mais alegres e interessantes, mas apenas na segunda metade do álbum. Para um trabalho conceitual, é difícil aguentar quatro faixas morosas, esperando se envolver apenas na quinta canção. Trust Fund Baby é a faixa mais rock n’ roll, ótimo riff de guitarra. Michael Anthony é um ponto positivo nos backing vocals, como nos bons momentos do Van Halen. A bateria de Jason Bonham agrada, embora o material não permita que ele ultilize toda sua técnica e poder. E Vic joga no neutro, se destacando apenas quando as coisas ficam mais animadas.

Space Between é o tipo certo de álbum para o tipo certo de ouvinte; infelizmente eu esperava mais. O conceito aplicado, falha com falta de um interesse maior por parte das músicas, que levam um tempo enorme pra se tornarem atrativas. Muito específico para um certo tipo de público, e até mesmo esse público, pode se decepcionar.

Nota final: 5,5/10

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