Review: Employed To Serve – Eternal Forward Motion

Por Lucas Santos

As guitarras esmagadoras, os gritos miseráveis, a força furiosa, as freqüentes referências ao nu metal. Isso tudo levando a brutal agressão em mais de 40 minutos de metal projetado para quebrar ossos e bater a cabeça na parede.

Lucas Santos

Gravadora: Spinefarm Records
Data de lançamento: 10/05/2019

As expectativas para Eternal Forward Motion eram grandes. The Warmth Of A Dying Sun (2017) foi amplamente premiado, ganhando até melhor álbum pela Kerrang! O terceiro ato da banda inglesa confirma algo que já estava implícito com os três singles disponibilizados digitalmente, Employed To Serve não está aqui para brincar em serviço.

A banda é liderada por Justine Jones, que através de seu trabalho diurno na Holy Raw Records, tenha se envolvido na cena antes de forma a banda. Ela possui um alcance vocal absurdo, um dos melhores da geração. Mas isso não importaria se as músicas que a acompanham não fossem impecavelmente produzidas, com brutalidade infundida no hardcore e pressão além do normal.

Enquanto o riff da faixa título entra em ação, um tornado de brutalidade metálica rasga seu caminho, reforçado por um groove profundo e uma arrogância mortal. As guitarras esmagadoras, os gritos miseráveis, a força furiosa, as freqüentes referências ao nu metal. Isso tudo levando a brutal agressão em mais de 40 minutos de metal projetado para quebrar ossos e bater a cabeça na parede.

As influências de Vein, Code Orange e das clássicas bandas de Nu metal são presentes. Os experimentos sonoros tomam forma na medida que o a banda usa tais para incrementar o seu som característico, escute Dull Ache Behind My Eyes, sintetiza tudo. Beneath It All, Owed Zero e Reality Filter conseguem o difícil destaque dentre as 11 faixas simplesmente por chamarem mais a minha atenção, porém é difícil fazer escolhas individuais.

As letras questionam o momento atual que o mundo vive, e são profundas ao lidar com temas sobre vício – especificamente em dopamina – raiva, confusão e depressão – aquela causada por vícios da nova geração, que nos fazem buscar a aprovação insesantemente -. De forma furiosa, Employed To Serve está lutando contra esse declínio iminente da sociedade com contos pungentes de saúde mental, a falsidade das mídias sociais e a auto-absorção.

Apesar de Eternal Forward Motion soar agressivo, caótico, brutal, assemelhado a uma zona de guerra, as letras têm um significado muito real, escrito para milhões de jovens que estão crescendo em uma sociedade doente. De lavar a alma.

Nota final: 9,5/10

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