Especial Copa do Mundo 2022: Um artista/banda de rock para cada país do grupo A para você conhecer

Pensando em uma forma de colocar o nosso The Rock Life em clima de copa, encontramos desse modo unir o futebol com a música para o momento de maior expressão do gênero esportivo. Já que a abertura e primeira partida foram feitas neste último dia 20/11, trazemos aqui uma banda /artista de cada país que faz parte do grupo A que contempla as seleções do Qatar, Equador, Holanda e Senegal.

Tendo em conta que são 32 seleções do mundo inteiro reunidas no Catar e que já existe uma publicação semelhante no Tenho Mais Discos Que Amigos!, vamos trazer artistas unicamente de rock e metal, indo em uma direção diferente e buscando trazer artistas não colocados por eles, mas com a mesma proposta de divulgar novos sons para vocês adicionarem em suas playlists.


Qatar: Winterburn

O país cede tem poucos nomes, mas os que fazem rock/metal são de um talento e virtuose sem igual. O Winterburn é uma banda de Hard Rock formada em 2018 em Dubai pelo guitarrista e vocalista Naser Mestarihi (considerado um dos percursores do gênero no país), a guitarrista Vivian D’Souza e o baterista Khalid Al-Temimi. A banda é um spin-off da banda de turnê solo de Mestarihi que decidiu que era hora, depois de anos se apresentando juntos, para fazer a transição para uma banda completa. A dinâmica de Mestarihi e D’Souza, os dois pilares da banda solo do primeiro, sempre foi um destaque elétrico ao vivo, construindo poderosos riffs carregados de rock ‘n’ roll com um frenesi de guitarras dupla semelhante ao vque faz o Thin Lizzy .

A banda extrai suas influências do hard rock tradicional dos anos 70 e 80 fundido com heavy metal e blues, criando um som dinâmico cheio de alta energia, mas hard rock musicalmente disciplinado, separando-os de muitos de seus pares no gênero hoje.

Em 2019, Mestarihi começou a gravar o álbum de estreia da banda, Ivory Towers, com o pioneiro do metal do Oriente Médio Rami Mustafa (Nervecell) na produção e apresentando o baterista vencedor do Grammy Thomas Pridgen (The Mars Volta, Suicidal Tendencies) na bateria. Pouco depois da conclusão do álbum, Winterburn estreou ao vivo em um showcase intimista em Dubai, que teve uma recepção muito positiva.


Equador: Kabeza de Lenteja

Kabeza de Lenteja foi uma banda equatoriana de Punk Rock formada em Manta (Manabi , Equador) em 2010 , e dissolvida sete anos depois, em 2017. Sua formação é formada por Xavier PB (guitarra e voz), Alex Largacha (Guitarra e voz), Pancho Baixo (baixo) e Jonh Jairo Vélez (bateria). Eles caracterizaram suas composições com ritmos rápidos e agressivos que dão a aparência de um punk simples, pesado e enérgico, a maioria de suas canções são curtas e possuem letras minimalistas, repetitivas e irônicas que combinam humor e crítica para se referirem a questões sociais, políticas e do cotidiano. tão bem quanto experiências de vida. Seu estilo musical é personificado em referência à identidade cultural de sua cidade (Manabi) e homenageando a luta constante e o gosto por se divertir “sair pra foder, beber currincho ou cana”, chamam isso de PUNK MANABA. Suas influências musicais vêm de bandas clássicas e tradicionais como El Retorno de Exxon Valdez, Rocola Bacalao, Flema, NOFX, Ramones, etc.


Holanda: DeWolff

DeWolff é uma banda de rock psicodélico do extremo sul da Holanda, em Limburgo formada em 2007 pelos irmãos Pablo & Luka van de Poel e Robin Piso. Bem jovens na época do lançamento do primeiro EP, os promíscuos holandeses foram capazes de fazer um hard rock/southern rock potente e bem madoro apesar da pouca idade. Em pouco tempo, Dewolff já era considerada uma das grandes bandas holandesas, com shows energéticos e longas jam sessions ao redor da europa . Em 2010, a banda tocou para 10 mil pessoas no clássico festival Pinkpop, o mais antigo da Europa. Ainda em 2010, o trio gravou seu segundo álbum: Orchards/Lupine. Segundo a própria banda, este disco mostra um grande desenvolvimento em relação ao anterior, misturando psicodelia, folk, southern rock, doom e até mesmo jazz. O disco foi lançado em janeiro de 2011; e imediatamente alcançou a 11ª posição nos charts da Holanda. São 9 discos ao todo na que já podemos chamar de longa carreira da banda, e os discos de maior destaque são Grand Southern Electric de 2014, Wolfpakk de 2021 – que ficou em 2º lugar na parada de sua terra natal – e há uma expectativa frente ao próximo lançamento de Love, Death & In Between, previsto para chegar nos streamings e lojas no dia 3 de fevereiro de 2023.


Senegal: Nuru Kane

Nuru Kane (nascido Papa Nouroudine Kane ) é um cantor/compositor senegalês que toca guitarra, baixo e guimbri , um baixo de três cordas na banda Bayefall Gnawa. As músicas da carreira solo de Nuru, assim como as roupas de Baye Fall que ele usa, são uma colcha de retalhos. Sua discografia hoje conta com 4 discos, com destaque para Exile, o terceiro álbum de Nuru, que registra suas experiências de vida na Europa, longe de sua terra natal senegalesa. Fluxos de influência de sua vida na França, suas viagens ao norte da África e seu tempo na Londres urbana são profundos em seu som. Aqui, seu ressonante guimbri marroquino, junto com guitarras, kora e cabaça, saltam e colorem sua luxuosa e profunda voz de canto. O que ele produz pode ser encaixado no Blues também, só que bem mais swingado e misturado com os estilos tradicionais africanos com os tambores e a batucada tradicional e até um tanto de reggae. O disco de 2021, Mayam é uma boa prova desse mix de influências do músico.

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