em uma cena particular na jacuzzi, Kevin tem uma conversa rápida com algumas aparições que são realmente ótimas, incluindo Scott Ian (do Anthrax), Tom Morello (Rage Against the Machine), Rob Halford (Judas Priest) e Kirk Hammett (Metallica).
Lucas Santos
Direção: Peter Sollett
Data de lançamento: 8/04/2022
Aonde assistir?: Netflix

A história de dois garotos que querem começar uma banda de heavy metal em uma escola onde exatamente só eles se importam com heavy metal se encaixa em qualquer drama genérico de outisders no ensino médio americano. Mas a jornada de Hunter (Adrian Greensmith), que é um fã de metal obstinado e conhece sua história e fragmentos tem um sonho de vencer a próxima “Batalha das Bandas”, que convoca o seu melhor amigo Kevin (Jaeden Martell) para tocar bateria, nos emerge de forma bem gratificante em um mundo de adoração ao satã e guitarras distorcidas.
Em Metal Lords, a amizade de Kevin e Hunter é testada por Emily (Isis Hainsworth), uma violoncelista escocesa-americana que Kevin gosta, mas Hunter não… talvez pelo simples motivo dela ser uma garota. O duo previamente chamado de Skullfucker, em busca implacável de um baixista para completar a banda, acaba virando um trio depois de muitos poréns, e essa equipe heterogênea de guitarra, bateria e violoncelo deve enfrentar a escola, os pais, os hormônios e a angústia adolescente enquanto tenta se dar bem o suficiente entre eles para que vençam a “Batalha das Bandas”.

Por toda a sua jornada eu achei o filme bem morno. Com poucos altos mas também poucas baixas. As atuações dos artistas mirins em seus primeiro papéis de destaque são muito interessantes e as duas personalidades distintas de Hunter e Kevin conversam muito bem em boa parte do filme, principalmente quando os dois compartilham as cenas.
O Grande trunfo de Metal Lords é , além das partes musicais (em entrevistas os 3 atores afirmaram que apesar de não terem a habilidade de tocar os instrumentos, eles fizeram aulas para “simular” de maneira mais fidedigna suas interpretações como músicos), as infinitas referências a cultura do metal: desde as camisas que Hunter e Kevin usam ao longo do filme, aos pôsters nas paredes, ao soundtrack até os breves cameos– em uma cena particular na jacuzzi, Kevin tem uma conversa rápida com algumas aparições que são realmente ótimas, incluindo Scott Ian (do Anthrax), Tom Morello (Rage Against the Machine), Rob Halford (Judas Priest) e Kirk Hammett (Metallica).
O último filme que fez o uso dessas referências de forma triunfal foi o Heavy Trip (2018).
O grande problema de Metal Lords são as partes em que os protagonistas não estão tocando os seus instrumentos ou conversando entre si. Todas os “dramas” vivenciados pelos 3 integrantes do Skullfucker são rasos e pouco explorados ao longo da narrativa. Na verdade eles são explorados, mas de uma forma que pouco me importou e dificilmente vai trazer qualquer tipo de conexão mais profunda com quem está assistindo. Eu senti falta de mais imersão na história, principalmente da personagem Emily.
Ah sim.. o filme é também uma comédia. Ele é engraçado em partes e tem momentos bem sacados. Não espere nada hilariante.
A cena da música final Machinery Of Torment vale toda à expectativa criada ao longo do filme, não apenas porque as crianças sabem tocar seus instrumentos mas também porque a música que eles tocam é um hino de metal genuinamente cativante e descaradamente juvenil, com letras do roterista D.B. Weiss (também conhecido pelo trabalho em Game Of Thrones) e criação musical do produtor musical executivo Tom Morello.
Metal Lords não vai te fazer chorar ou te matar de rir, mas com as milhares de referências acertadas, ambientação e toques detalhados da subcultura do metal, o filme tem muito mais chances de te conquistar do que passar despercebido. Eu recomendaria.
no fim das contas ninguem conta quem realmente tocou as musicas no filme.
como assim