Por The Rock Life
Primeiramente, vamos concordar, por favor, que 2020 foi o ano mais louco que qualquer um que está lendo viveu. O que começou com a expectativa de centenas de festivais e turnês históricas, acabou se tornando apenas memórias longínquas de um passado que muitos de nós aproveitaria cinco vezes mais se soubéssemos o que o futuro nos apresentaria.
Ouvir música nunca foi tão essencial quanto em 2020. Somos eternamente gratos por todos os artistas que nos presentearam com novas músicas diante de tempos tão difíceis. Escapar da realidade mundana mergulhando em sons diversos e em novas artes – em plataformas de stream, YouTube ou em mídia física- foi fundamental para todos os amantes do rock, seja para quem quisesse ouvir o novo álbum do AC/DC, ou para os curiosos que buscam entender para onde o rock está evoluindo, principalmente com o novo trabalho de Pop Punk do rapper Machine Gun Kelly, o hard rock moderno do Eletric Mob e a dificuldade de explicar o que exatamente é o Tame Impala.
Diante de tudo isso, dentro desses 89 meses em 2020, separamos os nossos 40 álbuns de rock favoritos do ano. A lista foi baseada no sistema de notas que damos em todos os nossos reviews e que foram escritos pelo nosso incrível time aqui na The Rock Life. Todas as resenhas, de cada álbum, podem ser encontradas no site. Aproveite!
Colaboradores: Lucas Santos, Roani Rock, Luis Rios e Vinícius Tramont.
40. IRA! – IRA

Idealizado pelo guitarrista Edgar Scandurra, o 12º álbum do Ira! – o primeiro disco em 13 anos, está recheado do que há de melhor da banda. Arquitetado desde 2018 e produzido por Apollo 9, em quase 44 minutos inspirados, ressoam aos ouvidos canções de forte impacto com excelentes mensagens e uma veia de protesto bem característica. – Roani Rock
39. THE LEMON TWIGS – SONGS FOR THE GENERAL PUBLIC

Temos aqui os irmãos nova-iorquinos Brian e Michael D’Addario revigorando fabulosamente o exagero com lantejoulas dos anos 1970. Fazendo o que denominei de glam moderno, Songs For The General Public, terceiro disco dos caras, traz o que o próprio título sugere, com um pop totalmente acessível e de fácil assimilação, com melodias chiclete que realmente pedem uma, duas, três ouvidas incansáveis – Roani Rock
38. FM – SYNCHRONIZED

Com músicos competentíssimos e músicas muito bem elaboradas, com os vocais de Overland seguindo a linha das melodias levadas pelos teclados de Davis, harmonizadas com as bases da guitarra do mesmo Overland e os solos da guitarra de Kirkpatrik, que estão muito bem colocados e com um bluesy característico, Synchronized te levará por momentos de melodias lineares, com variações harmônicas adicionadas pela mescla de todos os instrumentos. Esse é o FM, com todos os seus atributos que dão ao rock melódico aquilo que o estilo promete, e nós fãs adoramos e curtimos sem moderação. – Luis Rios
37. HAYLEY WILLIAMS – PETALS FOR ARMOR

O álbum é redondinho, não tem o que se questionar do “álbum menos Paramore do Paramore” – se considerarmos que metade da banda fez parte mas, por ser tão pessoal, não tinha motivos para receber o nome da banda, e sim o da cantora. É mais um bom trabalho no ano e estamos bem servidos. Que essa talentosa cantora se torne mais feliz com os frutos que irá receber com este presente que ela deu ao mundo. – Roani Rock
36. MACHINE GUN KELLY – TICKETS TO MY DOWNFALL

É inevitavelmente claro que Tickets to My Downfall não seria tão bom se Travis Barker não fosse o produtor executivo. Cada single que Machine Gun Kelly lançou foi um sucesso entre os fãs de pop punk, e o álbum completo supre bem as (altas) expectativas criadas. O que falta em substância lírica é compensado com a abundância de melodias pop contagiantes e refrãos cativantes. No geral, é um disco pop totalmente despretensioso para se ouvir e cantarolar lembrando sutilmente de como era a música pop do rádio quando estávamos crescendo. – Lucas Santos
35. NEW FOUND GLORY – FOREVER AND EVER X INFINITY

Se o New Found Glory tivesse acabado 10 anos atrás, o meu respeito e agradecimento por eles seria o mesmo que eu tenho depois de ouvir Forever and Ever x Infinity. O fato de uma das bandas mais importantes que dominaram o estilo nos anos 2000 ainda disponibilizar um material de qualidade desses, assusta. Isso é o que qualquer fã e admirador de pop punk quer ouvir. Não fica melhor do que isso. – Lucas Santos
34. WOBBLER – DWELLERS OF THE DEEP

Esse é o poder do Prog Rock, com a base da música que foi ensinada tão bem por Emerson Lake & Palmer, Renaissance e outros precursores. Aqui, neste álbum, essa receita é replicada lindamente e com personalidade. Isso torna as músicas únicas e capazes de mexer com a sensibilidade de forma intensa. E o álbum em si, é algo de extrema qualidade e de diferentes retalhos melódicos. Espero realmente que essas linhas possam atrair mais audiófilos para o Prog atual e que de fato o Wobbler, cada vez mais, se consolide como um dos grandes da cena Progressiva no mundo. – Luis Rios
33. CROWN LANDS – CROWN LANDS

Um grande debut da banda de Nahsville soa como Led Zeppelin, Jethro Tull, ZZ Top, Rival Sons e Blues Pills. As letras são sempre voltadas para temáticas de preservação da terra, causas indígenas e problemas sociais em geral, além do misticismo folclórico local. Os vídeo clipes são outra marca registrada da Power Duo canedense. Trazem a expressão artística da banda e sua forma única de fazer música! O álbum e a banda são imperdíveis! – Luis Rios
32. H.E.A.T – H.E.A.T II

Após algumas escorregadas nos últimos anos, o H.E.A.T entrega, mais uma vez, um dos trabalhos de hard rock mais importantes do ano. Parece que é fácil, mas a simplicidade com que a banda torna as faixas de H.e.a.t II cativantes e empolgantes é difícil de se ver por aí. A New Wave Of Swedish Hard Rock é uma realidade boa de se ouvir. – Lucas Santos
31. AXEL RUDI PELL – SIGN OF THE TIMES

Se não é um antigo fã de Axell Rudi Pell, aproveite e reserve um tempo, porque depois que ouvir o álbum, a vontade de ouvir os anteriores será incontrolável. Uma dos mais constantes figuras do hard rock ataca mais uma vez com um sólido e poderoso álbum de Hard Rock. – Luis Rios
30. NECK DEEP – ALL DISTORTIONS ARE INTENTIONAL

Honestamente, All Distortions Are Intentional foi um álbum que eu não tive muito apreço no início, mas conforme as audições foram amadurecendo, sempre de forma natural, eu acabei cedendo de uma forma imediata. Um álbum que conversa diretamente com o tempo em que estamos vivendo. Um álbum que mostra o porquê do Neck Deep ser a cara do Pop Punk atualmente e porque eles são capazes de conquistar muito mais do que isso. – Lucas Santos
29. STORM FORCE – AGE OF FEAR

O Storm Force tem apenas uma preocupação: rock n’ roll. Do cru ao melódico, dos refrães fáceis à batida pulsante e guitarra que derrete faces. Uma pedida necessária à todos os fãs do puro hard rock. Uma estréia de tirar o chapéu do grupo canadense. – Lucas Santos
28. BLENDED BREW – SHOVE IT DOWN

Uma boa dose nostálgica com ótima produção moderna se mesclam em um interessante registro que não tem muita preocupação em ser inovador ou romper barreiras. Shove It Down é pra você que, assim como o Blended Brew, quer abrir uma cerveja e curtir um bom e nostalgico rock n’ roll, sem se preocupar muito com tudo que está acontecendo no momento. Essa mistura de elementos que a banda jogou na mesa daria uma bela I.P.A. – Lucas Santos
27. NEIL YOUNG – HOMEGROW

O que há de melhor no disco certamente é a voz de Neil bem limpa e soando como jovem. Ter esse frescor aos ouvidos em sons nem tão novos assim, mas em estúdio inéditos, é gratificante. Isso porque, principalmente olhando a ficha técnica, fica evidente que, antes mesmo de escutar a obra, a qualidade do instrumental já seria inquestionável. Não é um dos discos mais representantivos da carreira de Neil, é captável a sua angústia, mesmo nas faixas divertidas como Homegrown e na poderosa Vacancy. Faz diferença ouví-lo agora, mas fica atrás dos mais conceituados e até do Tonight’s The Night, que o substituiu na linha temporal. – Roani Rock
26. YOURS TRULY – SELF CARE

Há muito o que se admirar no Yours Truly, sendo fã do estilo ou não, é inegável que as composições tem melodias cativantes e ganchos memoráveis que ficam na nossa cabeça. Vale dizer que a banda não inventa nada de novo, mas consegue, em sua estreia, deixar uma marca importantíssima, que fala diretamente com fãs de sua idade e que pode, também, falar com ouvintes mais velhos. Uma coragem autêntica junto de talento transbordando se somam em um álbum que corresponde a todas as expectativas e os confirma como uma das novas bandas de Pop Punk mais importantes da cena. – Lucas Santos
25. THE STROKES – THE NEW ABNORMAL

É comum e clichê dizer, ” é o melhor trabalho em anos” para uma banda que está tanto tempo sem lançar nada e que o último álbum não fora tão marcante apesar de agradar aos fãs. Mas garanto que não é exagero perante ao The New Abnormal. O The Strokes voltou a acertar a mão apesar de o primeiro álbum em sete anos parecer ser uma ressaca. – Roani Rock
24. BESIDES – BYSTANDERS

Bystanders é uma jornada emocional, profunda que transcende emoções primárias. A instrumentação leve e ao mesmo tempo densa, juntos da criatividade e equipagem sonora criam momentos marcantes e fascinantes. Feche os olhos e se imagine, nem que por um instante, nos locais em que o Besides se esforça a te levar. Embarque nessa viagem a um dos lugares mais macabros que já existiram. – Lucas Santos
23. JONATHAN HULTÉN- CHANTS FROM ANOTHER PLACE

Sabe aquela frase: ” Você estava no lugar certo e na hora certa”? Então, esse é o trunfo desse álbum. Com tanta turbulência no planeta, a capacidade de se deitar e esquecer todos os problemas ao nosso redor é um luxo que precisa ser procurado, e Chants From Another Place é a trilha sonora perfeita para essa atividade. Jonathan Hultén se mostra um artista profundo e tocante. Ouça sem distrações e maravilhe-se com sua beleza. – Lucas Santos
22. THE FLOWER KINGS – ISLANDS

Rock Progressivo de ritmos jazzísticos e de blues se mesclam com o rock sinfônico e se fundem a nuances de música clássica. Tudo de modo equilibrado e que faz você sentir curiosidade em ouvir no que aquela música se tornará do meio pro final ou se ela vai se complementar com a próxima. Desejo aos amantes do Rock uma ótima audição de Island! – Luis Rios
21. LIONVILLE – MAGIC IS ALIVE

Lionville é mais uma banda que se impõe com respeito no universo do Melodic Rock/AOR. Se você ainda não ouviu este álbum, faça isso com urgência. Inclusive aproveite pra ouvir A World Of Fools e os álbuns da outra banda do vocalista Lars Säfsund (Work Of Art). Música boa, feita com capricho, nós temos que admirar! Magic is Alive é um deleite! – Luis Rios
20. CHIEF STATE – TOUGH LOVE

Com menos de 30 minutos, o Chief State maneja lançar um obra de pop punk quase perfeita. Em pleno 2020 eles podem fazer barulho, mas imagino que, se tivessem surgido na época que o gênero dominava o mundo, seriam gigantes. Demonstram uma maturidade equivalente a décadas de grupo. A nostalgia e a modernidade caminham explendorosamente lado a lado em Tough Love, sem se tornar repetitivo e datado. – Lucas Santos
19. HONEY CREEK – A WHOLE YEAR IN TRANSIT

A Whole Year In Transit é um debut de surra nostalgica de Pop Punk. Mesmo se comparado com os recentes trabalhos de grande bandas, os meninos de Milwaukee dão um banho. Juntos dos canadenses do já citado Chief State, não consigo mensurar o barulho que o Honey Creek faria se tivesse surgido nos anos 2000. Boas lembranças. – Lucas Santos
18. KVELERTAK – SPLID

As primeiras audições de Splid são algo totalmente inesperado. O Kvelertak foi o mais Kvelertak possível, mais do que nunca. Esse é um tipo de álbum que é difícil de explicar até que alguém escute. Ele pode te prender por uma ou duas faixas, por todas, por uma sessão ou até mesmo não te agradar porque você não vai entender. Dê uma chance antes de tirar uma conclusão e experiencie algo totalmente diferente. – Lucas Santos
17. BLUE ÖYSTER CULT – THE SYMBOL REMAINS

Disco recomendadíssimo pros fãs da banda, que certamente já na primeira audição estarão vendo discos voadores, aliens, castelos mal assombrados e alquimistas preparando suas beberagens miraculosas. É um disco bem produzido, bem mixado e a sonoridade moderna não esconde o verdadeiro som do B.O.C., que continua sendo uma poção mágica criada para trazer boa música aos nossos ouvidos tão acostumados a esse prodigioso elixir que é o nosso bom e velho “Rock and Roll“! – Luis Rios
16. BOSTON MANOR – GLUE

O Boston Manor define o rumo da sua carreia com Glue. Eles olham pra trás e assumem perigosas escolhas em razão de estabelecer o seu verdadeiro som. 85% dos riscos assumidos são acertados, os detalhes chamam muito a atenção, a produção é impecável e letras que alfinetam a sociedade em que vivemos. Um ousado álbum que cumpre expectativas e cria surpresas mais que bem vindas. – Lucas Santos
15. GATHERING OF KINGS – DISCOVERY

Um AOR/Hard Rock melódico com destaque pros vocais bem melosos, refrães que se repetem para grudar e uma base de teclados e guitarra bem equilibradas, sem muita firula, mas também sem ser simples demais. O bom gosto dos synths com as guitarras base é de derreter qualquer rockeiro ortodoxo e fazê-lo se emocionar. Discovery é um álbum delicioso, melodico, empolgante e que faz você dar um mergulho nas profundezas do passado de grandes bandas que certamente estão homenageadas nesse disco. – Luis Rios
14. DMA’S – THE GLOW

The Glow é um disco carregado de dança e decadência. O álbum é um grande mix de sentimentos e inspirações, que trazem a identidade do trio trazendo novidade, como garante o título do grande hit do álbum, “a vida é um jogo de mudanças”, e por isso é importante respeitar e aplaudir essa expansão criativa. – Roani Rock
13. PRIDE OF LIONS – LION HEART

Com performance irrepreensíveis de Jim Peterik e Toby Hitchcock, acordes e vocais soam como um rugido do rei das selvas ao entardecer. Lion Heart é um deleite de Hard Rock melódico. Os leões estão de volta com um disco excepcional! – Luis Rios
12. JOE BONAMASSA – ROYAL TEA

Ouça Royal Tea de preferência bebendo algo. Mesmo que seja um simples chá. O sabor não será só o da erva da bebida famosa na Inglaterra, mas sim terá muitos sabores como cada pedaço deste magnífico álbum. A musicalidade de Joe Bonamassa pode ser percebida através de todos os nossos sentidos. Enjoy your tea, milord!!! – Luis Rios
11. AC/DC – POWER UP

Hoje em dia se tem a tendência de usar a expressão “envelheceu mal” para dizer que algo se perdeu, seja pela mudança comportamental do seu público ou a renovação vinda através dos jovens que tem outras formas de interpretar o mundo. Só que se alguém usar isso com essa banda Australiana vai ter um problema enorme pra solucionar com argumentos válidos, simplesmente porque o AC/DC não envelhece e quanto mais o tempo passa, eles ficam mais preciosos e necessários. – Roani Rock
10. LANDFALL – THE TURNING POINT

Você é proibido de não ouvir agora essa maravilha brasileira de Curitiba. Um debut de alto calibre da cena de hard rock brasileira. Os solos, as levadas melódicas e a verdade desses quatro caras continuam a ecoar na minha mente e minh’alma. – Luis Rios
9. CONFESS – BURN ‘EM ALL

Burn ‘Em All é matador do início ao fim. É tudo que os apreciadores da música do Confess esperavam… e mais, é um álbum essencial para o estilo no ano de 2020, e coloca a banda sueca na ponta do iceberg se tornando até o momento o ato mais importante dessa cena frutífera para o hard rock moderno. Um divertido material de, acima de tudo, rock n’ roll. – Lucas Santos
8. DEEP PURPLE – WOOSH!

Woosh! é um dos maiores trabalhos de uma das maiores entidades do Rock de todos os tempos. Quando a música acabou, pude entender melhor minhas linhas e o que é o Deep Purple hoje, após 52 anos. Genuflexo, agradeci aos deuses do Rock pela oportunidade. – Luis Rios
7. SKY VALLEY MISTRESS – FAITHLESS RITUAL

Uma verdadeira banda de rock britânico. Podemos dizer que essa galera de Lancashire são Stoner, mas não faz diferença tal informação. O certo é que indo na mesma jornada do Blues Pills, temos uma banda eficiente e que traz a energia setentista necessária em seu som para se aplaudir com gosto. – Roani Rock
6. THE NIGHT FLIGHT ORCHESTRA – AEROMANTIC

Aeromantic mantém o nível de seus antecessores Amber Galactic (2017) e Sometimes The World Ain’t Enough (2018). The Night Flight Orchestra prova, mais uma vez, ser um dos grupos mais peculiares e consistentes desse vasto mundo do hard rock melódico. A música alegre e dançante que consegue ser simples mesmo com uma complexidade fora do comum em suas composições torna a banda uma das mais importantes e por que não, diferentes de muito do que está sendo feito por aí. Mais um trabalho incrível desse apanhado de multi talentos sueco. – Vinícius Tramont
5. TAME IMPALA – THE SLOW RUSH

Foi-se o tempo em que o Tame Impala podia ser considerada uma banda de rock psicodélico alternativo ou Indie dos idos 2010. Desde seu primeiro álbum, InnerSpeaker, o mundo ficou a mercê de degustar algo novo e pretensioso, mesmo que soasse familiar. No Lonerism, álbum de 2012, vemos um pouco mais de timbragens de guitarra diferenciadas, vozes melodiosas e dobradas aliadas a baterias com bastante viradas condizentes ao “fluor” musical da época. The Slow Rush caminha para esse lado. É de certo que o som mais roqueiro dos primeiros álbuns não irá voltar, assim como foi para o Bee Gees, mas esse parece ser o caminho certo para o Tame Impala, unir o psicodélico ao dançante, o rock ao R&B contemporâneo. – Roani Rock
4. ELECTRIC MOB – DISCHARGE

Olha, vou dizer a vocês que é dificil um disco me fazer ouvi-lo várias e várias vezes, como foi o caso com este aqui. É impressionante que o disco não cai em nenhum momento. A sequência das músicas é bem proposta, a mixagem bem feita e além de todo esse capricho, percebemos já na primeira audição, uma qualidade nas composições e arranjos de fazer inveja a muitas coisas “gringas” que tenho ouvido por aí. Já ansioso pelo segundo trabalho, visto que muitos segundos lançamentos são antológicos e sedimentam de uma vez por todas a carreira de uma banda. Só sinto dizer, que os rapazes brazucas do Electric Mob vão ter que trabalhar arduamente pra bater Discharge. Que álbum competente e cativante, do início ao fim! – Luis Rios
3. KANSAS – THE ABSENCE OF PRESENCE

Talvez nenhuma outra banda deste quilate tenha apresentado ao longo da sua grandiosa vida um “Blend” tão bem elaborado de estilos. O Rock Prog, ArtRock, Hard Rock, AOR e até mesmo Southern Rock, deram ao Kansas a personalidade que muitas bandas tentaram ter. E isso não é fácil. Muitas se perderam ao tentar se reinventar. A influência do Progressivo Britânico com o toque do Rock Americano deram ao Kansas uma sonoridade única e, por isso, eles logo se destacaram no início da década de 1970. Essa obra prima mostra que o Kansas trilha um caminho novo que começou em 2016 com The Prelude Implicit e define, certamente, que eles continuarão por mais tempo a nos brindar com a ausência de sua presença. – Luis Rios
2. BLUES PILLS – HOLY MOLY!

Holy Moly! soa bastante édiferente de tudo que está no mercado e muito similar ao que já foi amado nos anos 70, que não possui mais espaço. Perdem em termos de originalidade? Talvez, acredito que o blues bem tocado e de maneira tão profunda não é fácil e nem é para qualquer um. Acho que o fato de serem suecos torna tudo o que fazem mais excitante… não se espera que um blues de tanta qualidade venha da Suécia e acredito que isso dá maior credibilidade ao Blue Pills. – Roani Rock
1. BRUCE SPRINGSTEEN – LETTER TO YOU

É muito pertinente esse álbum pro momento atual, e se estivesse sendo lançado na década de 80, chegaria ao primeiro lugar nas paradas sem forçar. Ele chega acompanhado de um documentário dirigido por Thom Zimmy, que já está disponível na Apple TV+. Pra terminar, mesmo que você não seja muito fã deste enorme artista, penso que deveria se dar a chance de sentar confortavelmente e ouvir com atenção aos detalhes de cada canção deste disco: perceba as guitarras, as cadências, o sax, a voz, as quebras, a simplicidade. Tente assimilar a mensagem que está contida nas letras. Na verdade, o que você estará fazendo é se conectar com as preocupações, sentimentos e a pura arte de um dos maiores e mais relevantes poetas e músicos da nossa era. O que ele passa através dessa carta musicada pra nós é o alimento essencial que estamos sedentos e necessitados cada vez mais. Se debruce sobre essa obra prima do The Boss. Sobre este valoroso álbum, afirmo sem sombra de dúvidas, que ele nos escreveu uma carta de amor! – Luis Rios
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