The Calling traz saudosismo e alegria a noite Carioca

por Roani Rock

Wherever You Will Go e Adrienne, muitas pessoas saíram de suas casas numa quinta feira tipicamente carioca, onde se tinha chuva de verão em alguns pontos mas um calor constante na cidade como um todo, para escutar esses sons no Circo Voador na Lapa através do membro mais notável do The Calling, o vocalista e guitarrista Alex Band.

É certo que a divulgação traria o nome da banda em destaque, mas a verdade é que da formação que pode ser dada como clássica, que terminou em 2005, só ficou o Alex. Agora o The Calling ou a Alex – literalmente – Band conta com Travis Loafman nos backing vocais e guitarra, Jake Fehres no baixo e backings e Daniel TomTom na bateria, percussão e efeitos de computador.

O show não foi o destaque da noite carioca, entrando em discordância com a introdução da matéria, o que se viu no Circo na noite de ontem foram pessoas de diferentes tribos e etnias ao deleite de todo o set list executado com sorrisos estampados nos rostos. Tinha cabeludos do metal, negros aparentemente pertencentes ao núcleo do punk e até uma cadeirante(!). Foi realmente uma experiencia diferente que você só vê igual em um festival ou algo que traga atrações de diferentes vertentes.

Neste momento é que se percebe que a genialidade de um artista ultrapassa o que determina a mídia. Se via pessoas ali querendo escutar todo um catálogo de canções: Anything, For You, Things will go my way, Stigmatized. Maior parte baladas, na verdade não se tem músicas totalmente agotadas.

É certo que toda banda de reconhecimento tem sua “Satisfaction” e Werever You Will Go foi celebrada e cantada a plenos pulmões no fim do espetáculo.

Algo entretanto deixou um pouco atento a galera já na segunda música, Adrienne. Alex pediu para a plateia aguardar o bateristas arrumar o problema técnico que deu no computador que fazia efeitos de sintetizador e afins, até ai tudo bem. Mas, devida as limitações que o vocalista sofre em decorrência do mal de Parkinson ele não toca muito seu violão ou guitarra durante o show e a voz por estar muito bem, poderia demonstrar ai o uso de auto tune. Toda via, em dada hora ocorreu o momento acústico em que só o Alex estava no palco, o que acabou com toda a descrença, o cara estava realmente cantando dignamente.

Talvez este tenha sido o show mais animado e de melhor qualidade do Alex e seus parceiros em terras brasileiras. Não sei se devido ao aconchego do pequeno Circo e sua estrutura, mas aparentemente Alex saiu com um ar de dever cumprido e o público, apesar do gostinho de quero mais por ter presenciado só 1 hora e pouco de show, saiu satisfeito.

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