Top 10 maiores discos tributo do rock e metal

Existiu uma época na indústria musical que os álbuns de tributo estavam em alta. Muitos foram feitos na década de 90 e 2000, mas recentemente, alguns artistas providenciaram em forma de celebração a seus álbuns consagrados alguns desses tributos, o que mantém muita expectativa por mais álbuns do tipo. Mas o que faz ter a necessidade de existir esse tipo de produção e porque tem um nicho que os adora?

Bom, acredito que fica no inconsciente coletivo imaginar como seria um artista que gostamos cantar algum clássico de outro artista ou banda ao qual temos apreço igual. tendo isso em mente, os grupos mais cotados a receberem essa “honraria” fazem parte dos primórdios de cada gênero, são os nomes eternizados no rock ‘and’ roll hall of fame e no grammy. Isso pode até soar caça-níquel, mas é inegável que tais artista cravaram no coração de diversas gerações posteriores de músicos paixões e inspirações que fazem com que peguem em guitarras e sigam o legado de alguma forma, isso sem falar das amizades da mesma época e que perdurarem pelo tempo gerando parcerias ao dividirem o palco e estúdio em muitos momentos.

Esse seleto grupo de artistas agraciados pela idolatria, ganham de presente dos seus admiradores – seja por conta de ações das gravadoras, uma vontade voluntária de homenagear ou por fim a pedido do homenageado – discos repletos de interpretações dos maiores hits já produzidos. Dito isso, essa lista procura trazer alguns dos trabalhos mais marcantes e inesperados, devido ao cast de convidados e pela releitura das canções entrando no estilo e no mundo dessa galera que os homenageia.


THE METALLICA BLACKLIST (2021)

Bom frisar que esse tipo de disco as vezes homenageia um álbum, não só a banda ou cantor/cantora, e normalmente o músico em questão está vivo e as vezes o próprio que encomenda o trabalho. Para poder semear a ideia melhor, resolvi começar falando da reedição do Black Album do Metallica que no ano passado ganhou essa versão com diversos artistas reinterpretando as faixas do icônico álbum que foi o grande responsável pela ascensão da banda americana de trash metal.

Blacklist é parte de uma celebração maior do 30º aniversário do The Black Album, e foi lançado no mesmo dia como uma versão remasterizada deluxe do álbum original. O álbum tributo contém 4 discos que vão de 2 a 5 versões diferentes para cada música do álbum original. Foi concebido como uma ilustração de como The Black Album influenciou músicos de vários gêneros diferentes, e foi inspirado pela existência de vários tributos anteriores ao álbum, por artistas em gêneros que vão da eletrônica ao clássico.

Dentre os convidados, nomes inimagináveis participaram da empreitada se denominando fãs do Metallica. Um deles é o de Elton John que traz uma versão com os vocais da estrela do pop Miley Cyrus em Nothing Else Matters, música que possui 12 versões diferentes no álbum. Em várias músicas tem a presença de Chad Smith na batera e Robert Trujillo fazendo os baixos gravados no original pelo seu antecessor Jason Newsted.

São ao todo 53 artistas convidados para fazer os covers com destaque para Ghost, Royal Blood, IDLES, Biffy Clyro, Weezer e alguns músicos que haviam ganhado notoriedade por fazer covers de outras músicas do Metallica no passado, como The Warning , The Hu , e Rodrigo y Gabriela. De acordo com o comunicado da banda: “The Metallica Blacklist oferece novas dimensões do disco cuja atração gravitacional primeiro atraiu o mainstream para o Metallica – e fornece novos insights sobre o apelo universal e atemporal que o manteve lá: a influência esmagadora que essas 12 músicas tiveram sobre fãs e músicos de todos os matizes.”


A TRIBUTE TO JUDAS PPRIEST: LEGENDS OF METAL (1997)

O Judas Priest é uma das bandas com maior reconhecimento dentro do cenário do Metal. Muito respeitados, suas músicas foram responsáveis por fomentar os anseios de jovens amantes do peso da guitarra e de um vocal gutural que não é tão inacessível. Devido a essa compreensão, no ano de 1997 a Century Media Records conseguiu reunir um dream team para fazer versões dos maiores hits da banda de Rob Halford. O resultado é um álbum duplo com 35 faixas com gente passando diretamente pelo aval de Glenn Tipton e K.K. Downing. Os destaques ficam por parte do Helloween, Saxon, Gamma Ray e Testament no vol. 1; Blind Guardian, Nevermore, Overkill, Stratovarius e o Angra, que representa o Brasil na empreitada, pelo vol. 2.

Vol. 1

01. The Hellion/Electric Eye (Helloween)
02. Saints in Hell (Fates Warning)
03. Victim of Changes (Gamma Ray)
04. Sinner (Devin Townsend)
05. The Ripper (Mercyful Fate)
06. Jawbreaker (Rage)
07. Night Crawler (Radakka)
08. Burnin’ Up (Doom Squad)
09. A Touch of Evil (Lion’s Share)
10. Rapid Fire (Testament)
11. Metal Gods (U.D.O.)
12. You’ve Got Another Thing Comin’ (Saxon)

Vol.2

01. The Ripper (Iced Earth)
02. Beyond The Realms Of Death (Blind Guardian)
03. The Sentinel (Heavens Gate)
04. Love Bites (Nevermore)
05. Exciter (Gamma Ray)
06. Dissident Aggressor (Forbidden)
07. Painkiller (Angra)
08. Tyrant (Overkill)
09. Grinder (Kreator)
10. Dreamer Deceiver (Skyclad)
11. Bloodstone (Stratovarius)
12. Screaming For Vengeance (Virgin Steele)
13. Night Comes Down (Leviathan)

Abaixo o cover do Helloween presente no álbum.


WE’RE A HAPPY FAMILY: A TRIBUTE TO RAMONES (2003)

 Tudo começou quando Johnny Ramone foi apresentado a ideia de um álbum tributo a pedido da gravadora. Foi perguntado se ele queria participar e aceitou com a prerrogativa de que tivesse total controle sobre o projeto. Com sua liderança e influência, ele conseguiu que Rob Zombie fosse co-produtor e convocou bandas do panteão do rock para a homenagem. 

Rob Zombie foi um dos principais nomes do projeto por desenvolver também a arte da capa. Foram ao todo 19 artistas envolvidos, tendo inacreditavelmente o Tom Waits, o KISS, The Pretenders e o U2 como contemporâneo dos anos 70. Representando os anos 80 teve o Red Hot Chilli Peppers, Metallica, Green Day e o Offspring. Já a década de 90 teve nomes pouco conhecidos ou estourados como o da banda Rooney, a Zeke acompanhando Eddie Vedder, o Rancind, o Garbage e o controverso Marilyn Manson, esse sim bastante conhecido, assim como a voz do Pearl Jam. Por fim, timidamente temos a presença de Pete Yourn para representar os anos 2000.

Algumas curiosidades legais do álbum: Para manter o terror em alta por aqui, além de Robbie Zombie, o álbum conta com a presença de Stephen King , um fã dos Ramones, escrevendo o encarte; Johnny gostou tanto do cover do Red Hot Chili Peppers de Havana Affair que optou por abrir o álbum com ela; O guitarrista queria que Lisa Marie Presley gravasse a música Here Today, Gone Tomorrow para o álbum tributo mas esta ficou para a banda Rooney. Mais tarde ela gravou para seu álbum Now What; A faixa Outsider que o Green Day fez para o álbum tributo já existia nos álbuns da banda, aparecendo originalmente como um lado B do single Warning, e mais tarde no álbum de compilação Shenanigans.

O álbum gerou frutos e reconhecimento frente as versões aumentando a moral dos interpretes para os fãs da banda ao ponto de o cantor da década de 70, Tom Waits, o nome mais fora de contexto do álbum, ter um porque de estar aqui além do fato de existir uma admiração mutua dele com os membros dos Ramones. A música Return of Jackie & Judy teve um resultado tão satisfatório que mais tarde apareceu no box de Waits, Orphans: Brawlers, Bawlers & Bastards. Além dele, graças a versão para I Just Want to Have Something to Do , o Garbage pode usá-la mais tarde como lado B do single Why Do You Love Me, e como faixa bônus regional em seu álbum Bleed Like Me.

1. Havana Affair (Red Hot Chili Peppers)
2. Blitzkireg Bop (Rob Zombie)
3. I Believe In Miracles (Eddie Vedder & Zeke)
4. 53rd & 3rd  (Metallica)
5. Beat On The Brat (U2)
6. Do You Remember Rock ‘N’ Roll Radio? (Kiss)
7. The KKK Took My Baby Away (Marilyn Manson)
8. I Just Want To Have Something To Do (Garbage)
9. Outsider (Green Day)
10. Something To Believe In (The Pretenders)
11. Sheena Is A Punk Rocker (Rancid)
12. I Wanna Be Yout Boyfriend (Pete Yorn)
13. I Wanna Be Sedated (The Offspring)
14. Here Today, Gone Tomorrow (Rooney)
15. Return Of Jackie & Judy (Tom Waits)
16. Daytime Dilemma (Dangers Of Love) (Eddie Vedder & Zeke)
17. Today Your Love, Tomorrow The World (John Frusciante)


I’M NOT THERE – TRIBUTE A BOB DYLAN (2008)

I’m Not There, foi um longa de Todd Haynes que rendeu uma trilha sonora de eficácia impar. Um CD duplo que segue a risca a estética do filme: apresentar várias personas de Bob Dylan através da voz de mais de duas dezenas de convidados destrinchando alguns sons pouco lembrados. Realmente há aqui m trabalho focado para os fãs seguindo três vias diferentes do trabalho da maior voz do folk rock.

Lee Ranaldo, do Sonic Youth, montou o supergrupo The Million Dollar Bashers para acompanhar as vozes presentes na homenagem: Steve Shelley na bateria (Sonic Youth), Nels Cline (Wilco) numa guitarra, Tom Verlaine (Television) na outra, Tony Garnier (Bob Dylan Band) no baixo, Smokey Hormel (parceiro de Miho Hatori) também na guitarra, e John Medeski (do grupo Medeski, Martin and Wood) nos teclados. Esse time viabiliza a cama para Eddie Vedder soltar a garganta em All Along the Watchtower; Stephen Malkmus chapar em Ballad of a Thin Man e soar mais básico em Maggie’s Farm; Karen O (Yeah Yeah Yeahs) cantar Highway 61 Revisited também faz vale a audição.

Além deles, teve a banda Calexico, de Tucson, Arizona, que deu seu toque em ao menos 5 faixas do álbum com uma em especial bem significativa, contando com o eterno Byrds, Roger McGuian e a lenda do country Willie Nelson. Fora os artistas que contaram com bandas de apoio, The Black Keys embrasa a The Wicked MessengerJack Johnson dá seu toque surfista para Mama You’ve Been on My Mind / A Fraction of Last Thoughts on Woody Guthrie.

Disco 1

  1. All Along the Watchtower (Eddie Vedder and The Million Dollar Bashers)
  2. I’m Not There (Sonic Youth)
  3. Goin’ to Acapulco (Jim James and Calexico)
  4. Tombstone Blues (Richie Havens)
  5. Ballad of a Thin Man (Stephen Malkmus and The Million Dollar Bashers)
  6. Stuck Inside of Mobile with the Memphis Blues Again (Cat Power)
  7. Pressing On (John Doe)
  8. 4th Time Around (Yo La Tengo and Buckwheat Zydeco)
  9. Dark Eyes (Iron & Wine and Calexico)
  10. Highway 61 Revisited (Karen O and The Million Dollar Bashers)
  11. One More Cup of Coffee (Roger McGuinn and Calexico)
  12. The Lonesome Death of Hattie Carroll (Mason Jennings)
  13. Billy 1 (Los Lobos)
  14. Simple Twist of Fate (Jeff Tweedy)
  15. Man in the Long Black Coat (Mark Lanegan)
  16. Señor (Tales of Yankee Power) (Willie Nelson and Calexico)

Disco 2

  1. As I Went Out One Morning (Mira Billotte)
  2. Can’t Leave Her Behind (Stephen Malkmus and Lee Ranaldo)
  3. Ring Them Bells (Sufjan Stevens)
  4. Just Like a Woman (Charlotte Gainsbourg and Calexico)
  5. Mama You’ve Been on My Mind/A Fraction of Last Thoughts on Woody Guthrie(Jack Johnson)
  6. I Wanna Be Your Lover (Yo La Tengo)
  7. You Ain’t Goin’ Nowhere (Glen Hansard and Markéta Irglová)
  8. Can You Please Crawl Out Your Window? (The Hold Steady)
  9. Just Like Tom Thumb’s Blues (Ramblin’ Jack Elliott)
  10. The Wicked Messenger (The Black Keys)
  11. Cold Irons Bound (Tom Verlaine & The Million Dollar Bashers)
  12. The Times They Are a-Changin’ (Mason Jennings)
  13. Maggie’s Farm (Stephen Malkmus & The Million Dollar Bashers)
  14. When the Ship Comes In (Marcus Carl Franklin)
  15. The Moonshiner (Bob Forrest)
  16. I Dreamed I Saw St. Augustine (John Doe)
  17. Knockin’ on Heaven’s Door (Antony and the Johnsons)
  18. I’m Not There (Bob Dylan and The Band – recording from 1967)

THE ART OF MCCARTNEY (2014)

Já o grande Paul McCartney chamou 40 amigos músicos para interpretar 34 de suas canções no The Art of McCartney. O investimento foi grande e recompensador, a Sony providenciou tudo e sua banda de turnê foi responsável pra fazer a base para as novas interpretações, muitas indo de acordo com o arranjo original enquanto outras ganhando a face do artista convidado.

Músicas dos Beatles e da carreira solo do baixista receberam as vozes e toques de gente de praticamente todos os sub-generos do rock. Bob Dylan e Willie Nelson representando o country e folk; Alice Cooper, KISS, Def Leppard, Heart, Sammy Haggar, Robin Zander e Rick Nielsen do Cheap Trick representando o hard rock; The Cure acompanhado de James (filho de Paul) surgindo com o póst punk; Brian Wilson, Barbra Streisand em dueto com Barry Gibb, Chrissie Hynde (Pretenders), Jeff Lynne, Roger Daltrey (The Who), Yusuf / Cat Stevens e Smokey Robinson como contemporâneos dos anos 60. Steven Miller, Paul Rodgers, Dr. John e B.B. King dando voz ao blues e representando a nova geração de artistas talentosos, o disco contou com Jamie Cullon, Corinne Bailey Rae e Owl City.

Algumas versões conseguem efervescer a alma e emocionar tanto ou até mais do que as versões originais. São os casos de Perry Farell a voz do Jane’s Addiction em Got to Get You Into My Life, Def Leppard e seu vocalista Joe Eliott em Hellen Wheels e Hi Hi Hi, Willie Nelson em Yesterday com o acréscimo de um acordeom ao som, a inacreditável presença dos líderes do KISS em Venus and Mars/Rock Show, a lenda do soul Smokey Robinson em So Bad. Letting Go e Band On The Run pelas irmãs Wilson do Heart, a novata Bailey Rae suavizando ainda mais Bluebird, Paul Rodgers potencializando o blues de Let me Roll It que parece ter sido escrita pra ele. Finalizando, Brian Wilson o grande compositor de God Only Knows – uma das músicas preferidas de Paul na vida – interpretando Wanderlust, uma música lado b do eterno baixista dos Beatles, pouco lembrada.

O álbum foi lançado em vários formatos. Um deles inclui uma versão de luxo com livro de fotos, DVD com documentário e arte assinada pelo antigo parceiro dos Beatles, Alan Aldrige, e um pen-drive com o formato do baixo de McCartney.

Disco 1:

1. Maybe I’m Amazed (Billy Joel)
2. Things We Said Today
(Bob Dylan)
3. Band On The Run
(Heart)
4. Junior’s Farm
(Steve Miller)
5. The Long And Winding Road
(Yusuf / Cat Stevens)
6. My Love
(Harry Connick, Jr.)
7. Wanderlust
(Brian Wilson)
8. Bluebird
(Corinne Bailey Rae)
9. Yesterday
(Willie Nelson)
10. Junk
(Jeff Lynne)
11. When I’m 64
(Barbra Streisand Dueto Com Barry Gibb)
12. Every Night
(Jamie Cullum)
13. Venus And Mars/ Rock Show
(Kiss)
14. Let Me Roll It
(Paul Rodgers)
15. Helter Skelter
(Roger Daltrey)
16. Helen Wheels
(Def Leppard)
17. Hello Goodbye
(The Cure Part. James Mccartney)
                                                   
Disco 2:

1. Live And Let Die (Billy Joel & Ray Charles)
2. Let It Be
(Chrissie Hynde)
3. Jet
(Robin Zander And Rick Nielsen)
4. Hi Hi Hi
(Joe Elliott)
5. Letting Go
(Heart)
6. Hey Jude
(Steve Miller)
7. Listen To What The Man Said
(Owl City)
8. Got To Get You Into My Life (Perry Farrell)
9. Drive My Car
(Dion)
10. Lady Madonna (Allen Toussaint)
11. Let ’em In
(Dr. John)
12. So Bad
(Smokey Robinson)
13. No More Lonely Nights (The Airborne Toxic Event)
14. Eleanor Rigby
(Alice Cooper)
15. Come And Get It
(Toots Hibbert With Sly & Robbie)
16. On The Way
(B.b. King)
17. Birthday
(Sammy Hagar)


BUTCHERING THE BEATLES: A HEADBASHING TRIBUTE (2006)

Butchering the Beatles: A Headbashing Tribute é um LP pesado de covers feito em 2006 que mostra um lineup de estrelas do hard rock e metal assumindo os clássicos do Fab Four. Cada música tem sua própria peculiaridade, sem prisão alguma aos arranjos originais e soando bem fluído, é como se os artistas estivessem apenas se divertindo, com muitos reinventando solos e forma de cantar.

Um bom exemplo do que tem de melhor aqui são os petardos e colaborações de Lemmy, John 5 e Eric Singer tocando Back in the USSR, a chapada versão de Revolution com vocais de Billy Gibbons e guitarras de Vivian Campbell do Def Leppard. As mais brilhantes da carnificina, junto a Hey, Bulldog, que já é bastante proto-metal em sua forma original, interpretada por Alice Cooper e Steve Vai, e Tomorrow Never Knows recebendo os vocais guturais de Billie Idol e as guitarras insanas de Steven Stevens.

01. Hey Bulldog
Alice Cooper – Vocais
Steve Vai – Guitarra
Duff McKagen (VELVET REVOLVER / GUNS N’ ROSES) – Baixo
Mikkey Dee (MOTÖRHEAD) – Bateria

02. Back In The USSR
Lemmy Kilmister (MOTÖRHEAD) – Vocais/Baixo
John5 (MARILYN MANSON / ROB ZOMBIE) – Guitarras
Eric Singer (KISS / ALICE COOPER) – Bateria

03. Lucy In The Sky With Diamonds
Geoff Tate (QUEENSRYCHE) – Vocais
Michael Wilton (QUEENSRYCHE) – Guitarra
Craig Goldy (DIO) – Guitarra
Rudy Sarzo (DIO) – Baixo
Simon Wright (DIO) – Bateria
Scott Warren (DIO) – Teclados

04. Tomorrow Never Knows
Billy Idol – Vocais
Steve Stevens (BILLY IDOL) – Guitarra
Blasko (OZZY OSBOURNE) – Baixo
Brian Tichy (BILLY IDOL) – Bateria

05. Magical Mystery Tour
Jeff Scott Soto (YNGWIE MALMSTEEN / SOUL SIRKUS) – Vocais
Yngwie Malmsteen (RISING FORCE / ALCATRAZZ) – Guitarra Solo
Bob Kulick, (MEAT LOAF / PAUL STANLEY BAND) – Guitarra Base
Jeff Pilson (DOKKEN / FOREIGNER) – Baixo
Frankie Banali (W.A.S.P. / QUIET RIOT) – Bateria

06. Revolution
Billy Gibbons (ZZ Top) – Vocais / Guitarra
Vivian Campbell (DEF LEPPARD) – Guitarra
Mike Porcaro (TOTO) – Baixo
Gregg Bisonnette (DAVID LEE ROTH / RINGO STARR BAND) – Bateria
Joseph Fazzio (SUPERJOINT RITUAL) – Bateria

07. Day Tripper
Jack Blades (NIGHT RANGER / DAMN YANKEES) – Vocais
Tommy Shaw (STYX / DAMN YANKEES) – Vocais
Doug Aldrich (WHITESNAKE / DIO) – Guitarra
Marco Mendoza (WHITESNAKE / THIN LIZZY) – Baixo
Virgil Donati (STEVE VAI / SOUL SIRKUS / PLANET X) – Bateria

08. I Feel Fine
John Bush (ANTHRAX) – Vocais
Stephen Carpenter (DEFTONES) – Guitarra
Mike Inez (OZZY OSBOURNE / ALICE IN CHAINS) – Baixo
John Tempesta (THE CULT / TESTAMENT) – Bateria

09. Taxman
Doug Pinnick (KING’S X) – Vocais
Steve Lukather (TOTO) – Guitarra
Tony Levin (JOHN LENNON / PETER GABRIEL) – Baixo
Steve Ferrone (ERIC CLAPTON / TOM PETTY) – Bateria

10. I Saw Her Standing There
John Corabi (MÖTLEY CRÜE) – Vocais
Phil Campbell (MOTÖRHEAD) – Guitarra
C.C. Deville (POISON) – Guitarra
Chris Chaney (JANE’S ADDICTION) – Baixo
Kenny Aronoff (SMASHING PUMPKINS / JON BON JOVI) – Bateria

11. Hey Jude
Tim “Ripper” Owens (JUDAS PRIEST / ICED EARTH) – Vocais
George Lynch (DOKKEN / LYNCH MOB) – Guitarra
Bob Kulick (MEAT LOAF / PAUL STANLEY BAND) – Guitarra Base
Tim Bogert (VANILLA FUDGE / BECK / BOGERT & APPICE) – Baixo
Chris Slade (AC/DC) – Bateria

12. Drive My Car
Kip Winger (WINGER) – Vocais
Bruce Kulick (KISS / GRAND FUNK) – Guitarra
Tony Franklin (THE FIRM / WHITESNAKE) – Baixo
Aynsley Dunbar (WHITESNAKE / JOURNEY) – Bateria.


SUBMARINO VERDE E AMARELO (1999)

Por falar em diversão e Beatles, os grandes nomes da música brasileira entraram numa onda de tocar as músicas do fab 4 visando uma boa causa. Eles resolveram arrecadar fundos para a AMINCA – Associação dos Amigos do Instituto Nacional do Câncer. O evento foi um show realizado no Rio, em 14 de julho de 1999, e vertido em CD quase um ano depois.

Os Beatles sempre foram fonte de inspiração para vários segmentos da MPB. A Jovem Guarda, a Tropicália e o Clube da Esquina construíram seu legado musical sob efeito da beatlemania. Por conta disso temos grandes preciosidades aqui e muitas bem inesperadas. O disco foi produzido pelo João Barone baterista dos Paralamas do Sucesso e o baixista Vinícius Sá que participaram da grande festa tocando todas as faixas do espetáculo.

Dentre o time repleto de craques de extrema categoria, alguns se destacaram em suas performances. Cassia Eller especialmente por sua versão para Golden Slumbers, Samuel Rosa com uma excelente pronuncia de inglês além da interpretação para Ob-la-di, Ob-la-da. Zélia Duncan fantástica em uma arrepiante interpretação de Martha My Dear. E se The Long And Winding Road já é uma das músicas mais lindas do universo, com a voz de Zizi Possi subiu um degrau a mais da emoção.

O álbum também contou com a utilização do estúdio Rock House para gravação de duas canções contidas no disco (Faixas 11 e 12). Isso se deveu pelo fato dos artistas envolvidos, em função de agenda cheia, não poderem se apresentar no show. Justamente aqueles que fugiram da regra, Zé Ramalho e João Bosco. O primeiro interpreta In My Life com seu sotaque nordestino, violão de aço e acordeão, em uma releitura que surpreende. João Bosco não fica atrás com sua versão para Because, com voz e violão. Eles foram os únicos que se preocuparam em desconstruir os arranjos originais, acrescentando o tempero brasileiro. Em seguida, vale mencionar Something em uma versão reggae por parte da figura mais marcante do cast, Gilberto Gil.

O segundo álbum conta com artistas mais contemporâneos interpretando as faixas ao vivo. Destaque para Kleiton & Kledir e Rosa Marya Colin nomes que conheci por intermédio desse disco assim como para Nando Reis que conseguiu tornar I’m So Tired uma “música sua” de tão boa que foi sua performance e por fim Ivan Lins tocando Yesterday – sem a necessidade de comentários -, que terminam salvando o álbum frente a interpretações não tão interessantes quanto as que tem no primeiro disco.

Disco 1

1. Ob-la-di, Ob-la-da (Samuel Rosa)
2. Revolution (Roberto Frejat)
3. Golden Slumbers – Carry that wight – The End (Cassia Eller)
4. Nowhere man (Beto Guedes)
5. Martha my dear (Zelia Duncan)
6. Penny Lane (Flavio Venturini)
7. Till there was you (Fernanda Takai)
8. The long and winding road (Zizi Possi)
9. All you need is love (Todos os artistas – Ao Vivo)
10. Twist and shout (Todos os artistas – Ao Vivo)
11. In my life (Ze Ramalho)
12. Because (João Bosco)

Disco 2

01. I Want to Hold Your Hand (Jota Quest)
02. I Saw Her Standing There (Roger)
03. Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band (Toni Platão)
04. Let It Be (Rosa Marya Colin)
05. Hello Goodbye (Kleiton & Kledir)
06. The Fool On The Hill (Paulinho Moska)
07. Get Back (Branco Mello)
08. Yesterday (Ivan Lins)
09. Norwegian Wood (Zé Renato)
10. I`m So Tired (Nando Reis)
11. Don`t Let Me Down (Arnaldo Antunes)
12. Help! (Ana Carolina)
13. Across The Universe (Jane Duboc)
14. Helter Skelter (Lobão)
15. Hey Jude (Roupa Nova)


ENCOMIUM – A TRIBUTE TO LED ZEPPELIN (1995)

O Led Zeppelin tem sido adorado intensamente por gerações de músicos de rock desde o lançamento em 1969 de sua primeira de oito gravações de estúdio de grande influência. Apesar de uma recepção crítica quase constante e irrealista, o status icônico de Jimmy Page, John Paul Jones, Robert Plant e John Bohnam quase nunca esteve em dúvida, e de fato cresceu por um período de 20 anos após o fim da banda em 1979. Encomium, como o próprio nome sugere em sua tradução livre como “elogio”, chega como um tributo apropriadamente reverente, com tratamentos sérios, em suma fiéis aos arranjos originais. 

Antes de ficar frustrado com o que poderia ser considerado mera mímica musical por parte dos participantes do disco, os ouvintes devem ser lembrados que os arranjos inusitados e meticulosamente detalhados são geralmente o que torna as músicas do Led Zeppelin atemporal. Alguns destaque ficam por parte do 4 Non Blondes para Misty Mountain Hop, a performance vocal sexy de Sheryl Crow em D’yer Mak’er, que se destaca bem ao original sensual de Plant. Duran Duran cantando Thank You, a versão acústica de Dancing Days protagonizada pelo Stone Temple Pilots, a explosiva versão para Out On The Tiles pelo Blind MelonNever the Bride em expressiva versão para Goin’ to Califórnia. Embora nada se compare às obras-primas originais, o poder transcendente desta coleção de 12 faixas deve satisfazer os fãs, não importa a época apesar de não ter os hits mais manjados.

1. Misty Mountain Hop (4 Non Blondes)
2. Hey Hey What Can I Do (Hootie & The Blowfish)
3. D’yer Maker (Sheryl Crow)
4. Dancing Days (Stone Temple Pilots)
5. Tangerine (Big Head Todd and The Monsters)
6. Thank You (Duran Duran)
7. Out On The Tiles (Blind Melon)
8. Good Times Bad Times (Cracker)
9. Custard Pie (Helmet with David Yow)
10. Four Sticks (Rollins Band)
11. Going To California (Never The Bride)
12. Down By The Seaside (Robert Plant & Tori Amos)


The Carpenters – IF I WERE A CARPENTERS (1994)

Além de ser a época que viu o surgimento de bandas de rock como Nirvana e Pearl Jam, e artistas pop como Hanson e as Spice Girls, a década de 1990 foi a época em que uma explosão de álbuns de tributo inundou as prateleiras das lojas de discos. Inúmeras compilações de estrelas homenageando a música de artistas como Elton John, Leonard Cohen, Charles Mingus, o já citado Led Zeppelin, Curtis Mayfield e Jimi Hendrix apareceram durante a década. Um dos projetos mais intrigantes a serem lançados entre essa infinidade de homenagens foi If I Were A Carpenter, um hino musical para a dupla de irmãos que governou as ondas de rádio pop AM com composições de Paul Williams, Burt Bacharach, Neil Sedaka e Carole King, durante grande parte da década de 1970. 

The Carpenters marcou vários hits, que se concentraram na voz adorável e expressiva de Karen e nos arranjos de várias camadas de Richard. O produtor veterano Matt Wallace e o jornalista musical Dave Konjoyan, tendo isso em mente e tendo um amor e admiração de longa data pela música do duo, iniciaram o projeto. Eles selecionaram bandas de rock alternativo que estavam estourando naquele momento e ajudaram a consolidar a carreira de outras.

Eu considero esse o melhor disco de covers, basicamente porque as bandas deram sua cara e arranjos próprios para as músicas que em sua maioria são baladas, tornando em alguns casos agitadas – ao exemplo da versão de It’s Going To Take Some Time pelo Dishwalla – e trazendo outra sensação, diferente da que a voz insuperável de Karen trazia, que era em suma romantismo e lamento.

Essa questão da voz de Karen ser tão marcante para as canções pode deixar qualquer um de nariz torcido antes de escutar as versões de bandas como Grand Lee Buffalo ou Red Kross interpretando faixas como o clássico We’ve Only Just Begun e Yesterday Once More. Mas temos grandes destaques no álbum, a versão despojada do American Music Club para Goodbye To Love e a versão de Bettie Serveert de For All We Know. Há também uma enérgica e pop-rock infundida de Top of the World do japonês Shonen Knife. Os Cranberries fornecem uma versão fiel de (They Long To Be) Close To You, enquanto Sheryl Crow traz a emoção em seu adorável cover de Solitaire. Uma faixa que consegue fazer jus tanto a original quanto soar mais interessante é Let Me Be The One por Mathew Sweet. Mas a faixa mais impactante de If I Were A Carpenter é a re-leitura em tons escuros do Sonic Youth da música Superstar de Leon Russell-Bonnie Bramlett.

01. Goodbye to love (American Music Club) 
02. Top of the world (Shonen Knife)
03. Superstar (Sonic Youth)
04. (They long to be) Close to you (The Cramberries)
05.  For All we know (Bettie Serveert) 
06. It’s going to take some time (Dishwalla)
07. Solitaire (Sheryl Crow)
08. Hurting each other (Johnette Napolitano & Marc Moreland) 
09. Yesterday once more (Redd Kross)
10. Calling occupants of interplanetary craft (Babes in Toyland) 
11. Rainy days and mondays (Craker)
12. Let me be the one (Matthew Sweet)
13. Bless the beats and children (4 Non Blondes) 
14. We’ve only just begun (Grant Lee Buffalo)

Bônus:

15. Rainy days and mondays (Keiko Lee)
16. For all we know (Isabella Taviani)
17. Sing (Nicki Parrot)
18. We’ve Only Just Begun (Paul Williams)


SPIN THE BOTTLE – AN ALL-STAR TRIBUTE TO KISS (2004)

Spin The Bottle – An All-Star Tribute To KISS é um dos maiores tributos já feitos, não só para o rock mas para o som da banda de Paul Stanley e Gene Simmons também. Principalmente por ter grandes nomes frente ao projeto como Dee Snider (Twisted Sister), Tommy Shaw (Styx/Damn Yankees), Fred Coury (Cinderella/Arcade), Lemmy Kilmister (Motörhead), Kip Winger (Winger), Paul Gilbert (Mr. Big/Racer X), além da presença inusitada do ex-guitarrista do Kiss, Bruce Kulick, entre muitos outros nomes de peso fazem os grandes hits da banda ganhar um prestígio a mais.

Indo na contramão do disco tributo do Zeppelin de 95 que teve mais músicas lado b, este disco contempla um repertório com os maiores clássicos do KISS indo na onda do que seria um alive da banda. Destaque para os vocalistas que conseguiram fazer as linhas dignamente, atingindo as mesmas notas altas de Paul Stanley de forma honesta e a forma grosseira e poderosa de cantar de Gene Simmons, sem copiar o Starchild e o The Demon.

01. Detroit Rock City – Dee Snider, Doug Aldrich, Marco Mendoza, John Tempesta
02. Love Gun  – Tommy Shaw, Steve Lukather, Tim Bogart, Jay Schellen
03. Cold Gin – Mark Slaughter, Ryan Roxy, Robben Ford, Phil Soussan, Steve Riley
04. King Of The Night Time World – Chris Jericho, Rich Ward, Mike Inez, Fred Coury
05. I Want You – Kip Winger, Paul Gilbert, Greg Bissonette
06. God Of Thunder – Buzz Osbourne, Bruce Kulick, Blasko, Carmine Appice
07. Calling Dr. Love – Page Hamilton, Mike Porcaro, Greg Bissonette
08. Shout It Out Loud – Lemmy Kilmister, Jennifer Batten, Samantha Maloney
09. Parasite – Doug Pinnick, Bob Kulick, John Alderete, Vinnie Calaiuta
10. Strutter – Phil Lewis, Gilby Clarke, Jeff Pilson, Bobby Rock
11. I Stole Your Love – Robin McAuley, C.C. Deville, Tony Franklin, Aynsley Dunbar


[Bônus]

SANGUINHO NOVO … ARNALDO BAPTISTA REVISITADO (1989)

Sanguinho Novo … Arnaldo Baptista Revisitado” é um álbum de tributo de vários artistas e bandas ao músico brasileiro Arnaldo Baptista , famoso por seu trabalho com a influente banda de rock psicodélico Os Mutantes . A capa foi feita por Alain Voss, que anteriormente trabalhou com Os Mutantes na criação da capa do álbum Mutantes e Seus Cometas no País do Baurets, de 1972. Produzido por Alex Antunes e Carlos Eduardo Miranda o álbum foi lançado em 1989 pela gravadora Eldorado.

Para muitos, era uma oportunidade de ter os primeiros contatos com as canções de Arnaldo fora dos Mutantes, já que seus álbuns eram difíceis de encontrar no fim dos ano 80, uma fase pré-internet. O disco é bem pesado apesar da qualidade baixa e tem como pontos interessantes misturar artistas do underground com outros de grande peso no rock e metal nacional como o Speultura, o Ratos de Porão e Paulo Miklos que por muitos anos foi uma das vozes dos Titãs pro lado dos famosos e Sexo Explícito, 3 Hombres, Maria Angélica Não Mora Mais Aqui para os que estavam na obscuridade assim como nomes raros da cena musical BR como Skowa.

1. O Sol (Sexo Explícito)
2. Dia 36 (3 Hombres)
3. Bomba H Sobre São Paulo (Vzyadoq Moe)
4. A Hora e a Vez do Cabelo Nascer (Sepultura)
5. I Fell In Love One Day (O Último Número)
6. Superfície do Planeta (Paulo Miklos)
7. Sanguinho Novo (Akira S. e as Garotas que Erraram)
8. Jardim Elétrico (Ratos de Porão)
9. Cê Tá Pensando que Eu Sou Lóki? (Fellini)
10. Sittin’ On The Road Side (Atahualpa y us Panquis)
11. É Fácil (Skowa)
12. Te Amo, Podes Crer (Maria Angélica Não Mora Mais Aqui)

Deixe uma resposta