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Gravadora: Sharptone Records
Data de lançamento: 01/09/2023

Gênero: Metalcore
País: Austrália
Ouvir o novo álbum do Polaris era algo que eu não imaginava que fosse acontecer. Apesar de seguir o ritmo de lançar material novo de 3 em 3 anos – O seu debut The Mortal Coil foi lançado em 2017 e The Death Of Me em 2020 – ficamos muito tempo sem um update sequer sobre a banda e sobre a intenção de lançar qualquer material novo. Antes de uma breve explicação sobre o grupo, para aqueles que não conhece, tenho que destacar que o Polaris talvez seja, se não for, a minha banda favorita de metalcore de todos os tempos. Dito isso, vamos falar um pouco da história deles.
Polaris é uma banda australiana de metalcore que ganhou destaque no cenário da música pesada depois de seu debut. Conhecida por sua poderosa mistura de elementos metalcore, post-hardcore e progressivos, a banda foi formada originalmente em Sydney, Austrália. A banda causou um impacto significativo com seu álbum de estreia, The Mortal Coil, lançado em 2017, que apresentava letras carregadas de emoção, instrumentação técnica e uma mistura de elementos melódicos e agressivos.
O álbum seguinte, The Death of Me, lançado em 2020, solidificou ainda mais sua reputação como uma das principais bandas da cena metalcore moderna. O álbum mostrou seu crescimento como músicos e compositores, incorporando trabalhos intrincados de guitarra, seções rítmicas intrincadas e o alcance vocal dinâmico de Jamie Hails. Além da parte musical, um dos grandes trunfos da banda é abordar temas profundos e introspectivos em suas letras, explorando assuntos como saúde mental, lutas pessoais e condição humana.

Infelizmente, um pouco antes do processo de lançamento do álbum, quando a banda já havia finalizado as gravações eles perderam o novo e talentoso guitarrista Ryan Siew, que faleceu tragicamente aos 26 anos. O guitarrista lutou a vida inteira contra depressão e sua perda fez com que Fatalism se transformasse não só em uma homenagem ao último trabalho de Ryan, mas também em uma luta ainda maior contra o mal que assombra o nosso século.
Fatalism soa agressivo e é carregado de emoções. É de longe o mais pesado e destruidor trabalho da banda até o momento. Parece que todo ódio e agonia presa durante os tempos de lockdown foram soltos ao mesmo tempo. Faixas como Nighmare e Parasite logo no começo ditam um ritmo impetuoso, balançando os seus resultados absolutamente enfáticos. Overflow é um hino do metal moderno em formação com um refrão eufórico. With Regards é um raro exemplo aonde Jamie canta com felicidade emocional graças às suas letras profundas e potência por permitir que os elementos mais limpos da banda brilhem. Inhumane é uma raiva absoluta que apenas encoraja cabeças a baterem pelos riffs massivos destacando o trabalho impecável das guitarras.
Fatalism mostra o Polaris em sua melhor versão. O álbum carece de um grande hino em destaque como The Remedy ou Masochist, que ajudaram a alavancar a popularidade da banda no passado, mas por ser mais estabelecida, o novo trabalho soa mais encorpado, emocionalmente mais direto e bem complexo aos olhos do metalcore moderno. Impecável e absurdamente impactante do começo ao fim.
Nota final: 10/10