Já estamos (quase) no meio do ano, e as inevitáveis listas de melhores do ano no primeiro semestre vão começar a surgir em tudo que é canto que se fala de música na internet. O que eu tentei fazer aqui foi apenas separar aqueles álbuns que foram citados de alguma forma aqui no blog – seja em resenhas, no canal do youtube ou no rapidinhas.
A ideia é aprofundar a lista um pouco mais até o fim de 2023, porém, já tem muito nome interessante pra se da uma conferida até o momento. Dentro do metal, para os fãs de progressivo, indie, hard rock, pop rock, rock clássico, folk ou apenas rock… aproveitem as dicas, tem de tudo um pouco.
Esses são os nossos álbuns favoritos de rock de 2023 até o momento.
CROWN LANDS – FEARLESS

Fearless é o segundo álbum de estúdio do duo canadense Crown Lands, um dos nomes mais interessantes do prog moderno ultimamente. Desde o seu início, a dupla canadense parece um cruzamento louco entre Black Keys e Rush, e em Fearless, eles se inclinam ainda mais para o lado do Rush. Completo de nuances, esse é um álbum complexo mas acessível, perfeito para quem quer se inclinar no rock progressivo, e também para os amantes do gênero que procuram uma banda nova.
EASY STAR ALL-STARS – ZIGGY STARDUB

Embarcar na onda do Easy Star All-Stars para quem tem mente aberta é moleza, mas mesmo sendo difícil para alguns, é apenas uma questão de tempo . O vocalista David Hinds da banda britânica de reggae Steel Pulse mencionou o quanto entrar de corpo e alma no universo do Bowie, tendo ouvido pela primeira vez a música FiveYears para cantar no projeto, fez ele querer “que a justiça tenha sido feita à música”. Com toda a responsa que tenho ao dividir minham impressões com vocês, eles conseguiram de novo.
FAKE NAMES – EXPENDABLES

O segundo álbum de estúdio do supergrupo the Punk Rock que conta com lendas da cena como Brian Baker (Minor Threat/Bad Religion), Michael Hampton (S.O.A./Embrace), Dennis Lyxzén (Refused), Johnny Temple (Girls Against Boys/Soulside) e Brendan Canty (Fugazi) é divertido, rápido e direto ao ponto. Com algumas experimentação voltadas ao Post-Hardcore e Post-Punk, o Fake Names soa mais redondinho e leve em Expandables.
FOO FIGHTERS – BUT HERE WE ARE

O álbum é um verdadeiro afago para os coração despedaçados – esse disco não é para fracos. Tem que estar preparado para uma catarse emocional. É o melhor trabalho do Foo Fighters em anos, uma pena que seja devido as circunstâncias.
GORILLAZ – CRACKER ISLAND

Rapaz, quanto tempo eu não escutava Gorillaz. Cracker Island caiu no meu colo e eu não me divirtia tanto com a banda fictícia desde Demon Days (2005). A energética e caótica música do álbum se mistura muito bem com a salada de influências e estilos que o Gorillaz carrega desde os seus primórdios, vendo também as colaborações como Stevie Nicks, Adeleye Omotayo, Thundercat, Tame Impala, Bad Bunny, Bootie Brown e Beck, muito bem vindas.
HEAVENWARD – PYROPHONICS

Pyrophonics é uma fatia fantástica de rock alternativo com muitos acenos para elementos shoegaze, sons e melodias pop mais sombrias, mas ainda firmemente enraizado no rock dos anos 90. Escrito e executado em boa parte por Katmin Mohager, trazendo a ajuda de membros do Teenage Wrist, Dear Boy e Blame My Youth, há uma onda de bandas com uma pegada mais grunge no momento, mas com Pyrophonics, o Heavenward se destaca nessa multidão.
IAN HUNTER – DEFIANCE PART 1

Temos aqui uma verdadeira celebração ao rock ‘and’ roll! Contemplando músicos de todas as décadas até os dias de hoje, com números tocados por um time estelar que não é qualquer um que tem colhões de convocar. O músico que marcou os anos 70 com sua Mott The Hoople faz seu 18º disco solo soar bem vivo e solar. Ian Hunter fez algo similar ao que Slash propôs em seu primeiro álbum solo, mas ao meu ver foi mais ousado, até por ter uma representatividade focada no respeito a sua jornada e é o que faz Deficiance Part 1 ter um conceito estrutural de contemplação ao tempo.
MUDHONEY – PLASTIC ETERNITY

Aqui está mais uma oportunidade para prestigiar uma das primeiras grandes bandas de Seattle arregaçando as mangas com um trampo mais limpo e psicodélico dentre tudo de sua discografia que já contempla onze álbuns. A marca distorcida é mantida nesse disco lançado pelo selo da Sub Pop, que foi a gravadora percussora do que ficou conhecido como grunge, mas há uma evolução perceptível nos ritmos e na estrutura geral dos sons, o que é muito intrigante.
NARROW HEAD – MOMENTS OF CLARITY

Misturando emo/indie e rock, em Moments of Clarity, os americanos do Narrow Head tem se mostrado ser uma das mais completas do rock do momento. É uma coleção envolvente, que transborda musicalidade, em meio aos grooves errantes e riffs tentadores, com uma entimidade poderosa.
NOEL GALLAGHER’S HIGH FLYING BIRDS – COUNCIL SKIES

Temos em Council Skies algo muito forte e com muita veia pop, com forte potencial para agradar até o mais fervoroso crítico que torce o nariz pra suas músicas e ações desde 2017. “Noel voltou a acertar” dirão alguns enquanto outros vão louvá-lo dizendo que “nunca errou”. O certo é que assim como Chasing Yesterday (2015) e o primeiro disco de 2011, Council Skies vai envelhecer bem e vai corroborar com minha visão de que já nasceu como um clássico.
NOVELTY – WALLSEND WEEKEND TELEVISION

Novelty Island é um projeto de Liverpool criado pelo compositor e multi instrumentista Tom McConnell, e Wallsend Weekend Television, o segundo álbum de estúdio do seu projeto, soa mais como um disco esquecido dos Beatles entre Sgt. Pepper’s and Magical Mystery Tour. Gravado em Abbey Road, ele é nostálgico, com uma veia pop surreal muito grande e em certos momentos chega ser até assustador suas similiaridades com o Fab Four.
PARAMORE – THIS IS WHY

O sexto álbum do Paramore, um dos mais aguardados do ano, saiu após um longo período de inatividade. Hayley Williams apostou em sua carreira solo e o futuro da banda pareceu incerto para muitos fãs durante anos. This Is Why mostra um lado bem diferente de Riot (2007), Brand New Eyes (2009). Um lado mais maduro e bem interessante aos olhos dos fãs antigos que cresceram ouvindo a banda. Uma faceta que pode até não agradar alguns emos mais ferrenhos, mas que se mostra cheia de vida e bem aceita por mim.
THE WINERY DOGS – III

O supergrupo de hard rock/blues do guitarrista e vocalista Richie Kotzen, do baixista Billy Sheehan e do baterista Mike Portnoy continua lançando álbuns fascinantes, mesmo que passem despercebidos pela grande maioria. O disco III do Winery Dogs fará você curtir com gosto o despojado, swingado e agitado som proposto pelas lendas desse disco.