Aqui Estão 10 Álbuns de Hair Metal Que Você Não Conhece Parte 2

Depois do sucesso da lista original resolvi fazer uma segunda parte. Parte 1 aqui.

Nada de RattMotley CrueDokken e afiliados. Essa lista é composta de álbuns por bandas que se formaram durante o boom do Hair Metal nos anos 80 e começo dos anos 90, mas que por diversos motivos nunca atingiram o sucesso comercial esperado (ou até mesmo compatível com a qualidade do seu material) e acabaram caindo no esquecimento.

Os álbuns citados nessa lista podem até ser notáveis para quem é mais conhecedor do assunto, mas para o grande público, são nomes que certamente soam desconhecidos. A ideia é expandir o catálogo dos fãs do hard rock oitentista com discos pouco citados e que mostram que apesar de saturada, a cena tinha muita qualidade fora dos grandes holofotes.

Foi bem divertido de escrever essa lista. Espero que gostem e descubram algo interessante, assim como eu.

Fiz uma playlist no final para quem quiser seguir.


FEMME FATALE – FEMME FATALE

Femme Fatale é originalmente de Albuquerque. Formada em 1987 banda mudou-se para Los Angeles e assinou um contrato de gravação com a MCA Records após um showcase bem recebido na própria cidade natal. O álbum de estréia (e único) auto-intitulado da banda, lançado em 1988, alcançou a posição 141 na Billboard 200 no ano seguinte.

Com um som bem alegre e totalmente focado na presença da vocalista Lorraine Lewis o álbum é uma ótima alternativa para o som “masculino” da época. Apesar de musicalmente não ter muito novidade, Lorraine da um toque meio Vixen às interpretações e as músicas são bem encaixadas e divertidades. A MTV deu um toque pesado nos vídeos de Waiting for the Big One, grande hit do álbum, e Falling In And Out Of Love, que acabaram virando as faixas de assinatura da banda. Touch And Go, If e Rebel também valem muito a audição. Eu particularmente gosto demais das guitarras e do som da bateria desse álbum.

Femme Fatale não conseguiu igualar a popularidade de outras bandas na cena do glam metal. A banda viu seu status na MCA encolher e o empresário da banda, Andrea Accardo, desenvolveu um raro câncer no cérebro. Pouco depois de excursionar pelo mundo em apoio ao Cheap Trick, a gravação de um novo álbum de estúdio não foi concluída e a banda se dissolveu em 1990. Lorraine Lewis, reiniciou a banda em 2013 com uma formação exclusivamente feminina, que até contou com Nita Strauss entre 2013-2015.


HURRICANE – TAKE WHAT YOU WANT

Hurricane é uma banda californiana formada em 1983. Ela, originalmente, contou com nomes bem conhecidos no cenário do Hard Rock, apresentando o atual vocalista do Foreigner, Kelly Hansen, que também tocava guitarra base, guitarrista Robert Sarzo (que é irmão do lendário guitarrista do Quiet Riot, Rudy Sarzo), Tony Cavazo no baixo e Jay Schellen na bateria. A banda lançou quatro álbuns de estúdio, sendo o segundo, Over the Edge, o álbum de maior sucesso com sua única música nas paradas, I’m on to You, que alcançou a posição 33 na parada de trilhas de rock mainstream da Billboard em 1988.

Take What You Want é o álbum de estreia da banda. Talvez não o preferido de sua audiência, ou o mais conhecido, mas certamente o que eu mais gosto. Muito enraizado na veia Pop do Hair Metal, dessa lista, talvez, ele tenha o som mais acessível de todos. Engraçado que o álbum conta com uma versão quase que parecida de I’m On To You nesse álbum, que também apareceu no próximo disco e alavancou um pouco o nome no cenário. Música como The Girls Are Out Tonight, Take What You Want e Hot And Heavy, vão direto ao assunto com um som de guitarra bem pasteurizado, som bem alegre e divertido e refrãos que ficam na cabeça mesmo soando bem clichês e genéricos. Definitivamente Take What You Want não é nada de novo, mas é um “mais do mesmo” muito divertido.

Após o último álbum Slave The Thrill (1990), já com uma formação totalmente diferente do começo, a banda encerrou as atividades, voltou muito brevemente em 2001, com apenas Kelly Hansen de membro original, lançaram o ótimo Liquifury (2001) mas volaram a encerrar as atividades em 2003. Desde 2010 eles aparecem esporadicamente em alguns festivais, mas, mesmo não tendo oficialmente acabado, acredito que com Kelly participando do Foreigner, será muito difícil ver o Hurricane de volta com algum material novo. Infelizmente.


XYZ – XYZ

XYZ foi originalmente formado em Lyon, França, onde baixista Pat Fontaine e vocalista Terry Ilous nasceram e cresceram. Depois de alguns shows como trio pela Europa Ocidental e até pelo CBGB de Nova York, a banda se tornou um quarteto e em 1984 a banda mudou-se para Los Angeles. Guitarrista Marc Diglio e baterista Paul Monroe completam a formação de XYZ, álbum auto intitulado de estreia lançado em 1989. Nele, houveram dois sucessos, a ráida e energética Inside Out e a balada What Keeps Me Loving You. O álbum foi um sucesso moderado, alcançando a posição 99 na Billboard 200. Dois videoclipes foram feitos, para as canções já mencionadas, que foram ao ar na MTV entre 1989 e 1990.

XYZ talvez seja, dessa lista, o álbum mais melódico. A voz de Terry Ilous encaixa muito bem no com as guitarras mais cadenciadas de Marc, e faixas como Maggy, Souvenirs e Tied Up mostram o quão acessível e desleixado é o som de estreia da banda. Terry tem um alcance vocal muito alto e o som oitentista bem característico fica por conta da produção e mixagem pasteurizadas com identidade forte da época. Take What You Can tem um riff bem poderoso e sonoridade rápida e festiva e a faixa After The Rain, que finaliza o álbum, outra poderosa balada, ficam como os último destaques de uma ótima estreia.

Logo depois do lançamento do segundo álbum de estúdio Hungry (1991) a banda se viu engolida pelo movimento grunge e decidiu encerrar as atividades em 1993. No começo de 2002, liderada por Pat e Terry, a banda voltou à ativa com o bem fraco Letter to God (2003) e sem disfrutar do pouco sucesso que tiveram no fim dos anos 80, eles não chegaram a encerrar de vez as atividades, mas não lançaram nenhum outro material de inéditas e vivem de aparições esporádicas em eventos e festivais.


SLEEZE BEEZ – SCREWED BLUE & TATTOED

Sleeze Beez foi formada em 1987 na Holanda, iniciado pelo baterista Jan Koster e pelo guitarrista Chriz van Jaarsveld em 1987. As primeiras gravações foram feitas com o cantor belga Tigo ‘Tiger’ Fawzi, para o primeiro álbum Look Like Hell (1987). Em 1989 Tiger foi substitiuído pelo vocalista inglês Andrew Elt, que anteriormente cantava no Gin On The Rocks. Screwed Blued & Tattooed, com a força do single de sucesso Stranger Than Paradise que impulsionou o seu sucesso nos Estados Unidos, abrindo para o Skid Row em algumas ocasiões.

Screwed Blued & Tattooed é o segundo álbum de estúdio da banda lançado em 1990 e o som vai de encontro com uma imagem mais clean da banda, sem muitos floreios, esse é um álbum mais cru e direto ao ponto. Além da faixa que impulsiou as vendas da banda, a faixa When The Brains Go To The Balls é um hidden gem e por todo o disco, os holandeses cantam sobre temas bem petinentes da época.

Após Screwed Blued & Tattooed a banda lançou mais 2 álbuns de estúdio, o último sendo Insanity Beach (1994). Como muitos nomes desta lista, a banda acabou encerrando as atividades em 1996. Como também muitas bandas desta lista, eles se reuniram no começo de 2010 e até o momento não lançaram nenhum materia novo. Se apresentando esporadicamente em pequenas turnês e festivais do gênero.


SILENT RAGE – DON’T TOUCH ME THERE

O quarteto californiano foi formado em 1986 por Mark Hawkins (vocal, guitarra, sintetizador), Timmy James Reilly (vocal, guitarra), E.L. Curcio (baixo) e Jerry Grant (bateria). Eles estrearam com a faixa Make it Or Break It na compilação Pure Metal. Isso levou o produtor/guitarrista Paul Sabu a se interessar pela banda. Ele produziu Shattered Hearts no ano seguinte. Com uma sonoridade seguindo uma direção semelhante a Y&T, Kiss e Van Halen, o som da banda também contou com o uso extensivo de teclados, o que adicionou uma forte corrente melódica às canções.

Mudando para o selo autointitulado do baixista do Kiss, Gene Simmons, uma subsidiária da RCA Records, Don’t Touch Me There foi lançado em 1989. Fortemente carregado pelo single/video clipe Rebel With A Cause, o som da banda continuou num seguimento bem melódico e cativante. O estilo de refrão cantarolado em côro é bem presente em I Wanna Feel, a rápida Running On Love, os ótimos riffs de guitarra em Shake Me Up e as baldas Tonight You’re Mine e Can’t Get Her Out of My Head disponibilizam tudo que um bom disco de Hair Metal “tem que ter”.

Como muitas das bandas desse época, o Silent Rage se desintegrou logo após o ínicio dos anos 90, depois de um pequeno sucesso no circuito em seus dois primeiros álbuns. Como também muitas bandas daquela época, a banda se reuniu em meados dos anos 2000, lançou alguns outros álbuns e copilações em selos diferentes, mas todos não chegam nem perto da qualidade que, especialmente, Don’t Touch Me There tem.


KEEL – THE RIGHT TO ROCK

A banda formada em Los Angeles em 1984 e comandada por Ron Keel é a que mais lançou álbuns dentro dessa lista, mas nenhum dos seus 7 lançamentos oficiais ao longo dos anos (a maioria nos anos 80) chega perto de The Right To Rock. O segundo álbum de estúdio do Keel foi o primeiro a ser produzido por Gene Simmons do Kiss sob seu novo selo Gold Mountain Records (que era distribuído pela A&M Records na época). Steve Riley (que toca em todo o álbum, mas posteriormente saiu para se juntar à banda W.A.S.P.). acabou sendo substituído por Dwain Miller, que se tornou baterista permanente da banda logo antes do álbum ser lançado. Guitarristas Marc Ferrari e Bryan Jay e baixista Kenny Chaisson completam o lineup do álbum.

A banda havia escrito apenas três músicas quando a gravadora os enviou para o estúdio, portanto eles acabaram fazendo um cover de três demos de Gene Simmons e regravou três músicas de seu álbum de estreia – “Tonight You’re Mine” foi renomeado para You’re the Victim”. (I’m the Crime) para o álbum. O álbum consegue se destacar não muito por uma música só – apesar das faixas título e Speed Demon serem as mais famosas da carreira da banda – a consistência ao longo das 9 músicas é o que mais chama a atençao do segundo trabalho do Keel. The Right To Rock soa algo muito mais festivo do que pesado. Um som mais “ameno” comparando com alguns nomes da lista.

Ron Keel, Marc Ferrari e Bryan Jay continuam fazendo parte da banda, que teve o seu último lançamento registrado em 2010. Streets of Rock & Roll saiu pela gravadora Frontiers. A banda não encerrou as atividades oficialmente… quem sabe não vemos algo novo do Keel em breve?


BEAU NASTY – DIRTY, BUT WELL DRESSED

Talvez a mais obscura banda da lista, o Beau Nasty carrega a palavra “glam” na sua mais pura forma; tanto no nome do álbum quanto na sua capa (uau!!!). Formada em Los Angeles, por Mark Anthony Fritz (vocal), George Bernhardt (guitarra), Brian Young (guitarra), Doug Baker (baixo) e Mike Terrana (bateria). O lendário Beau Hill produziu o álbum de estreia, mas mesmo singles como Shake It (também o nome das primeiras promos do álbum) e sua versão de Love Potion #9 do The Searchers não conseguiram impulsionar o disco nas paradas.

Dirty, But Well Dressed é o único álbum da banda, foi lançado em 1989. Ele combina o som sleaze dos anos 80 com forte influências do blues carregado pela excelente e potente voz de Fritz. Eu acho que as escolha dos singles foram erradas. Acredito que se eles divulgassem o trabalho com faixas mais inspiradoras e energéticas como Piece Of The Action ou até mesmo a faixa título do álbum, talvez pudessem prolongar um pouco mais a sua carreira. Mas no geral, Dirty, But Well Dressed é cheio de momentos legais, principalmente quando focamos nos incríveis riffs e solos de Brian Young ao longo do disco. Um prato cheio para quem é apreciador da guitarra. A balada Paradise In The Sand é bem interessante, mas a banda brilha mesmo quando o modo rock n’ roll é ativado.

A banda pegou a estrada abrindo para o Loverboy e Love/Hate, mas no final de 1989 eles ficaram desiludidos com o mundo da música e se separaram. Terrana se tornou um baterista muito procurado e passou a trabalhar com Tony MacAlpine, Yngwie Malmsteen, Axel Rudi Pell e Rage, entre outros. Young se juntou ao Talisman enquanto Bernhardt jogou com Jeff Scott Soto e Gregg Bissonette. Possivelmente você á ouviu algum trabalho desses artistas que contaram com ex membros do Beau Nasty em seu lineup. Mais uma daquelas bandas que devido a algumas escolhas erradas em momentos errados fizeram que fossem apenas um lapso na superpovoada era do Hair Metal.


DIRTY LOOKS – COOL FROM THE WIRE

Originalmente da banda cover Crossfire de Erie, Pensilvânia, o vocalista/guitarrista dinamarquês Henrik Ostergaard e seu companheiro de banda e baixista Jimmy Chartley viajaram para San Francisco para formar o Dirty Looks em 1984. Boyd Baker juntou-se a eles um ano depois . Enquanto estava na Califórnia a banda lançou um EP e três álbuns independentes antes que a Atlantic Records lhes oferecessem um contrato de gravação.

Para sua estreia em uma grande gravadora, Cool From The Wire (1988) teve Paul Lidel (guitarra), Jack Pyers (baixo) e Gene Barnett (bateria) acompanhando Henrik Ostergaard. O álbum entrou na parada da Billboard, ao mesmo tempo em que obteve uma reprodução substancial na MTV por seu vídeo para a música Oh Ruby. Ele é ainda é considerado por muitos como um dos melhores álbuns de hard rock dessa época. Para mim, a faixa título que inicia o disco é um dos melhroes registros de hard rock de todos os tempos, e o álbum segue uma linha muito agradável de hard oitentista com riffs, melodia e grandes momentos vocais de Henrik.

Depois de Cool From The Wire, Henrik teve diversos problemas para recriar a magia do álbum. Após diversas mudanças no seu lineup, mudanças de nome na banda (Dirty Looks se chamou Burning Orange e Rumbledog em alguns momentos). Ele chegou a se afastar da indústria musical em 1996. A banda ainda chegou a se reformar em meados de 2007, lançando alguns álbuns de relativo sucesso, porém infelizmente, Henrik Ostergaard morreu, aos 47 anos, em 27 de janeiro de 2011, de insuficiência hepática enquanto estava sob cuidados paliativos. Em dezembro de 2019, foi anunciado que os membros de Cool from the Wire , Paul Lidel, Jack Pyers e Gene Barnett, junto com o ex-vocalista do Broken Teeth, Jason McMaster, iriam fazer shows em 2020. De qualquer forma, a trágica e confusa história do Dirty Looks dificilmente verá o sucesso que Cool From The Wire viu no final dos anos 80.


SAINTS & SINNERS – SAINTS & SINNERS

Aqui está uma banda que teve, oficialmente, apenas 3 anos de existência. Saints & Sinners foi formada em 1991 pelo vocalista da banda de Heavy Metal canadense Sword, Rick Hughes. Os outros quatro membros foram o guitarrista Stephane Dufour, o baixista Martin Bolduc, os bateristas Jeff Salem, e os tecladista Jesse Bradman (ex-Night Ranger, Aldo Nova e UFO). A banda lançou um único álbum, Saints & Sinners (1992) mas acabou se separando apenas um ano depois, em 1993.

Desta minha humilde lista, Saints & Sinners é o meu álbum favorito. O som cru, sleeze e contagiante das três faixas de abertura Shake, Rip It Up e Walk That Way fazem com que a trinca seja uma das melhores de abertura dentro do gênero, e aqui não vai nenhum exagero. Combinação perfeita de riffs cortantes, swing eletrizante e pulsante do baixo e bateria e voz cortante de Hughes, o álbum é cheio de momentos dançantes e divertidos. Mesmo em suas três semi-baladas (que eu não acho que seja o ponto forte da banda) o quinteto consegue entregar momentos marcantes e memoráveis, principalmente na faixa de encerramento Slippin’ Into Darkness.

Talvez não só da lista, mas de todo o movimento de ouro do Hair Metal, Saints & Sinners está lá em cima na minha lista de álbuns favoritos. Como mencionei anteriormente, infelizmente a banda canadense encerrou as atividades em 1993. Rick Hughes continua à frente do Sword (lançou um álbum de estúdio em 2022 denominado III, o primeiro após o lançamento de Sweet Dreams lançado em 1988) mas uma reunião/turnê é praticamente impossível, mas eles podem se orgulhar de ter gravado um dos melhores álbuns de Hard Rock dos anos 90, sem dúvidas.


TROUBLE TRIBE – TROUBLE TRIBE

Para fechar a lista, falaremos de outra banda bem obscura de Hair Metal. Vinda de Nova Iorque e com uma estética mais ligada as ruas do Empire State do que a glamuralização de Los Angeles, o Trouble Tribe contou com cantor Jimmy Driscoll, Adam Wacht na guitarra solo, Eric Klaastad no baixo e Stephen Durrell na bateria, lançou apenas um disco em 1990 e se desfez pouco tempo depois.

Com a estreia homônima, a banda teve 2 pequenos hits na MTV com Here Comes Trouble e Tattoo, mas além dessa, no geral, Trouble Tribe é um incrível disco de Hair Metal de uma das bandas menos conhecidas dessa era. Com um som mais cru e bem energético, além das faixas já citadas, vale mencionar as poderosas Red Light Zone, Boys Nite Out, (Angel With A) Devil’s Kiss e a balada In The End. A banda também fez um cover de Dear Prudence, dos Beatles. O foco era a sonoridade padrão da época, mas não da para escutar o disco e começar a perceber que haviam mudanças em um futuro muito próximo.

A banda se separou pouco depois da gravação do álbum, Adam Wacht mais tarde tocou nas bandas Left For Dead e Opinion com o baterista Bobby Borg e Jimmy Driscoll começou a banda, In the Wild. Ambos nomes são pouco conhecidos no muito do Hard Rock, fazendo com que o Trouble Tribe e seus integrantes sejam apenas um sopro perto do furacão Glam.

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