Bem vindo à mais uma categoria de conteúdo disponibilizado pela The Rock Life pra você, amante da boa música, mais precisamente do rock e metal.
Teremos uma vez na semana indicação de bandas, digamos, desconhecidas no grande cenário e pouco mencionadas nacionalmente. A ideia é apenas espalhar o som de bandas diferentes, “novas” e que não tiveram espaço aqui. Tentaremos focar naquelas que tiveram álbuns que não foram resenhados ainda. Do rock clássico ao metal extremo, aqui vale de tudo. Traremos uma breve explicação da banda e álbuns essenciais da discografia, sem muito aprofundamento, o conceito do “Banda da Semana” é apenas disponibilizar novos nomes a vocês. Aproveitem.

QUEM SÃO?
A banda londrina de folk-psych-country The Hanging Stars é composta pelo compositor, cantor e guitarrista Richard Olson, Sam Ferman no baixo, Paulie Cobra na bateria, Patrick Ralla nas guitarras, teclados e vocais, e o renomado pedal steel surge por parte de Joe Harvey-Whyte. Os Hanging Stars colocam-se firmemente como parte de uma longa tradição popular que abrange influências europeias e norte-americanas – mais como uma continuação do que um pastiche desses estilos. Eles lançaram recentemente seu quarto álbum de estúdio, Hollow Heart.
POR QUE VOCÊ DEVE ESCUTAR?
Misturando “pastoralismo folclórico” com a pantanosa cultura americana dos anos 60, The Hanging Stars soa como o elo perdido entre o sol do deserto da Califórnia e o céu cinzento da cidade de Londres. Para aqueles que são fãs do popularizado folk rock feito nos anos 60 pelos The Byrds, a banda londrina catalisa com facilidade a sonoridade tanto em baladas quanto em faixas mais psicodélicas e elétricas. Certamente trazem todo o legado do grupo fundado pelo já saudoso David Crosby e Roger McGuin em seus arranjos originais. I Don’t Want To Feel So Bad, presente no último lançamento, The Hollow Heart de 2022, traz bastante guitarras com o som de Laurel Canyon, repleto de vocais e solos.
QUAL ÁLBUM VOCÊ DEVE ESCUTAR?
Eles não tem um álbum que seja fraco, mas certamente o A New Kind Of Sky (2020) e Hollow Heart (2022) superam seus antecessores, atingindo o ranking de propensos melhores álbuns com essa sonoridade resgatada dos anos 60 que já ouvi em toda minha vida. A capacidade que Richard Olsen tem para criar melodias incríveis e dos outros integrantes de preencher tudo com bastante técnica e alma me encantam. Nestes dois álbuns em questão escutamos uma maturidade em termos de letra, no primeiro de 2020 nota-se mais uma atenção as melodias, com maior onda psicodélica imposta, já o elogiado Hollow Heart, um dos melhores álbuns do ano passado, combina canções de ninar de doze cordas carregadas de harmonia com hinos de rock suave para criar sua própria versão identificável do som do Byrds e do The Buffalo Springfield, indo num caminho mais popular, mesmo abordando temais mais intimistas. Pra mim a imediatista comparação com essas bandas de outrora só faz o The Hanging Star ficar mais interessante.