Review: SilverBullet – Shadowfall

A maior mudança aqui foi a saída do excelente vocalista Nils Nordling que foi substituído pelo uruguaio e desconhecido Bruno Proveschi. Apesar do core principal da banda ter se mantido, o quarteto finlandes/uruguaio se viu enfretando o dilema mais difícil que toda banda pode ter; a troca de seu vocalista.

Lucas Santos

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Lamb of God – Omens

Gravadora: Reaper Entertainment
Data de lançamento: 20/01/2023

Gênero: Power Metal
País: Finlândia


Minha história com o Silver Bullet vai desde quando escrevi um pequeno resumo (de 4 linhas) do seu álbum de estreia Screamworks (2016) no fim daquele mesmo ano, para uma lista de melhores do ano de uma página que seria algo aspirante ao que a The Rock Life é hoje. Acho que na época eu postei numa página de Orkut e compartilhei com alguns (poucos) amigos. Texto que também foi publicado em um blog de um amigo na época (que também foi uma das minha inspirações a criar a TRL).

Passaram-se 6 anos e cá estou eu para falar de Shadowfall, terceiro álbum de estúdio da banda que sucede o ótimo Mooncult (2019), álbum de também rolou uma resenha aqui mesmo – Já posso dizer que sou um especialista em Silver Bullet? rs. A maior mudança aqui foi a saída do excelente vocalista Nils Nordling que foi substituído pelo uruguaio e desconhecido Bruno Proveschi. Apesar do core principal da banda ter se mantido, o quarteto finlandes/uruguaio se viu enfretando o dilema mais difícil que toda banda pode ter; a troca de seu vocalista.

De cara, é bom dizer que Bruno Proveschi fa um trabalho impecável, ao ponto de sentirmos pouco, ou quase nada, a ausência de Nils. É bom dizer também que Shadowfall é o trabalho mais completo do Silver Bullet. Ele conserta os erros dos álbuns anteriores que já eram muito bons. A falta de identidade em Screamworks e a falta de variedade em Mooncult serviram de aprendizado para a criação de um material muito mais marcante, mais robusto, e com todas as peripécias de um bom álbum de Power Metal.

Sim, o que temos aqui é um álbum de Power Metal com um som clássico que traz referências de todo o canto do estilo, e que mesmo assim, consegue impressionar pela suavidade, e excelente balanceamento entre o melódico, agressivo, épico e rápido. Através de faixas como Shadow of a Curse, …And Then Comes Oblivion e a impressionante The Thirteen Nails mostram uma banda com todo o enorme apelo do Stratovarius, Angra, Helloween e o antigo Sonata Arctica.

Shadowfall revela-se desde o começo um álbum feito com altíssima qualidade. Tudo soa nítido e claro, a mixagem é bem equilibrada e a musicalidade é excelente. Já na faixa de introdução Overture to Armageddon, o som cinematográfico é lindamente retratado e permanece assim ao longo do álbum como um destaque do som, sem muitos exageros, e na medida certa. Outro exemplo de como o som orquestral é usado de maneira ímpar é na faixa mais sombria Dusk Of Dawn e na aceleradíssima Soul Reaver.

Shadowfall é tudo que eu procuro em um álbum desse estilo. Excelente mixagem, performances impecáveis, variedade e passagens memoráveis. Sem exagero na parte orquestral e sem exagero no bumbo duplo. Apesar de achar que o Silver Bullet nunca vai ter o reconhecimento que merece, Shadowfall é um presente especial de uma banda que acompanho desde os seus prímórdios. Para começar o 2023 lá em cima com um dos melhores álbuns do gênero que você vai ouvir até o final do ano.

Nota final: 9/10

Um comentário sobre “Review: SilverBullet – Shadowfall

  1. Realmente, excelente banda! O uruguaio manda muito bem! Power sinfônico de primeira! Acrescentaria uma bela influência do Avantasia, do mestre Tobias Sammet!

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