O guitarrista inglês Jeff Beck morreu na terça-feira, 10. Segundo o jornal britânico The Guardian, o músico morreu “subitamente, após contrair meningite bacteriana” e “sua família pede privacidade enquanto processa essa tremenda perda”. Tais dizeres foram proferidos por seu empresário ao diário. O músico morreu aos 78 anos e por coincidência no mesmo dia que David Bowie, que faleceu a sete anos atrás.
Muito triste começar o ano criando uma lista sobre suas proezas e conquistas como um dos guitarristas mais virtuosos e proeminentes que já pisaram no planeta Terra em forma de homenagem, mas para um obituário. É certo que não podemos ficar sem falar dele e deixar sua passagem entre nós em branco, sem um mínimo de explicitação de seus feitos grandiosos. Para começo de conversa, certamente ele foi o “guitarrista dos guitarristas”. Muitos dos mais virtuosos não existiriam sem o protagonismo, inovação e perfeccionismo de Beck para desenvolver diversas técnicas no instrumento. Separamos então 7 momentos especiais de sua história que o tornaram uma verdadeira lenda através da sua forma de tocar do blues/soul ao rock ‘and’ roll com pitadas de pop, psicodélico, Jazz fusion e FUNK!

Convocação para o Yardbirds
Nascido em 24 de junho de 1944, em Wallington, Surrey, na Inglaterra, Geoffrey Arnold Beck envolveu-se com a música inicialmente cantando em um coral de igreja. Ao conhecer o trabalho de outro revolucionário da guitarra, Les Paul, ficou impressionado e se apaixonou pelo instrumento. Porém, só começou a tocar mesmo na adolescência. Durante os anos 60 rodou por várias bandas, mas no ano de 1965 sua vida mudo quando foi convocado por uma banda que estava em ascensão para substituir o guitarrista mais popular de sua área, que por fãs exagerados era chamado de “Deus”, ninguém menos que Eric Clapton.
O Yardbirds foi formado em 1962, assim como os Rolling Stones, e bem como eles, foram um dos principais difusores do blues na Inglaterra. Com sonoridade influenciada pelo blues de Chicago, mas logo caminharam para um direcionamento mais pop. Clapton não queria continuar com aquilo e foi para o John Mayall & the Bluesbreakers, onde aí sim ficou conhecido por ter pichações nas ruas de Londres com seu nome nos dizeres: “Clapton Is God”.
Pense no cara que seria responsável por substituir o Pelé na seleção brasileira de futebol, para trazer todo seu protagonismo, e esse alguém ser o Garrincha e assim sendo, a torcida ficar tranquila. Aqui, no âmbito musical, nessa alusão futebolística, podemos encaixar o que representou a entrada de Jeff Beck no lugar de Eric Clapton no Yardbirds, uma banda que estava começando a entrar na indústria com regalias e certo sucesso, mas que tinha perdido seu “camisa 10”. Beck não só substituiu a altura Clapton, como conseguiu um destaque praticamente instantâneo devido a toda raiva e maior pressão no drive, fazendo uma onda mais psicodélica que conseguiu impulsionar o som da banda de blues rock para algo além, principalmente em hits como Heart Full of Soul, Still I’m Sad (um hit britânico número três baseado em um canto gregoriano) e o cover de Train Kept a Rollin’.
“Meu primeiro show foi no Marquee Club, em Londres. Fui ovacionado no palco! O Eric Clapton achou que a banda fosse acabar quando ele saiu. Essa situação só melhorou depois quando ele estourou com o Cream” disse ele em entrevista a classic Rock referente ao seu surgimento no meio da explosão da “invasão britânica” dos anos 60.
Jeff Beck Group
Sua experiência e popularidade com os Yardbirds não acompanharam sua fome por criar novos sons a sua maneira, na verdade a banda soava como uma prisão genérica para sua ambição. No ano de 1966 o guitarrista foi expulso do grupo e percebeu que precisava tomar as rédeas de sua carreira. Antes disso, ele via seu amigo, o promissor guitarrista de estúdio Jimmy Page, que atuava no baixo na banda naquela época, assumir as guitarras por conta de ele estar doente com uma suspeita de… Meningite. Teve um certo momento que os dois atacaram juntos nas guitarras, mas a briga de egos se elevou. Então Page assumiu o lugar de guitar solo e o quinteto passou a ser quarteto, tendo o futuro líder do Led Zeppelin como único guitarrista dos Yardbirds.
Com a saída dos Yardbirds, a confecção do seu Jeff Beck groupfoi praticamente orgânica. Formado em 1967 por ele mais Rod Stewart nos vocais, Ronnie Wood no baixo e Micky Waller na bateria, o guitarrista genioso e temperamental trouxe ao mundo dois grandes álbuns que tiveram uma importância sem precedentes. Sendo citados como uma das principais influencias e responsáveis pelo desenvolvimento e criação do que veio a ser o som do Heavy Metal. Vale frisar que a história mostra que a banda era um supergrupo antes de existirem os supergrupos – foi criada ao mesmo tempo que o Cream, de Eric Clapton, Ginger Baker e Jack Bruce.
Alguns dos grandes hits do Truth (1968) e Beck-Ola (1969) são a faixa instrumental Beck’s Bolero (que falaremos mais adiante), Shapes Of Things (que já era sucesso com os Yardbirds e conhecida como “o primeiro rock psicodélico”), You Shook Me, os fantásticos covers de Elvis Presley, All Shook Up e Jailhouse Rock. Faixas que nos apresentavam aos vocais potentes e roucos do galês Rod Stewart. Por fim, vale falar de outra faixa instrumental, Rice Pudding, que trazia o talento fora do normal de um jovem cigano, até então baixista, Ronnie Wood.
Beck’s Bolero
Essa música instrumental foi concebida após a saída de Beck do Yardbirds. Ele foi expulso do grupo por volta de novembro de 1966 por conflitos de direcionamento sonoro, Beck queria expandir para outras influências além do blues e da música psicodélica e assim sendo, com uma dobradinha ao lado de Page, que apesar de este tê-lo expulsado da banda seguiu com a amizade, começaram a esmiuçar a criação de novas músicas em jams intermináveis.
Eles não sabem ao certo quem desenvolveu os primeiros acordes da faixa, mas o que há de concreto entre eles é que Page tocou algo no violão que parecia um bolero de Ravels e quando notaram já estava decidida a harmonia e seu campo harmônico. Beck por exemplo afirmava especificamente que a linha melódica de guitarra e a segunda parte da pausa “hard-rock” eram dele. Page garante que do Beck tem os slides também. Enfim, quando decidiram gravar, Beck recrutou um super time começando por seus amigos do The Who, John Entwistle (baixo) e Keith Moon (bateria). A sessão de gravação foi marcada para 16 de maio de 1966 no IBC Studios, em Londres e durou mais ou menos 3 horas por conflitos de disponibilidade dos músicos. Keith Moon chegou ao estúdio disfarçado com óculos escuros e um chapéu de cossaco russo. John Entwistle não pode comparecer, de modo que os músicos de estúdio John Paul Jones (baixo) e Nicky Hopkins (piano) foram trazidos no último minuto. O produtor dos Yardbirds, Simon Napier-Bell, ficou à disposição para produzir a sessão.
Beck, Page, Hopkins, Jones e Moon teriam ficado satisfeitos com a gravação e falava-se em formar um grupo de trabalhos e gravações adicionais. Isto levou à famosa piada de Moon: “Sim, ele iria decolar como um zepelim de chumbo”. No entanto, “nunca foi uma opção realista” por causa de obrigações contratuais existentes. Moon voltou pro Who e Jimmy Page voltou para o New Yardbirds, convidou John Paul Jones para a banda e o embrião do Led Zeppelin foi formado.
Embora outras músicas tenham sido gravadas na sessão, “Beck’s Bolero” tornou-se a única a ser lançada. Por sinal, o lançamento da gravação de Beck’s Bolero foi bem conflituoso com o adiamento de dez meses, bem depois de Jeff Beck deixar os Yardbirds e a quem deveria ser creditada a composição. Ela apareceu primeiro como o lado B do primeiro single de Beck, Hi Ho Silver Lining, lançado em 10 de março de 1967 no Reino Unido (Columbia) e em 3 de abril de 1967 nos Estados Unidos (Epic). Inicialmente o Reino Unido prensou o single listado com o título de “Bolero” com Jeff Beck como único compositor, enquanto prensagens posteriores mostravam “Beck’s Bolero” sendo creditada apenas a J. Page. O que rendeu brigas judiciais.
A música chegou ao número quatorze no UK Singles Chart. O instrumental também apareceu no álbum de estreia do Jeff Beck Group Truth, de 1968. Jeff Beck ainda lista ‘Beck’s Bolero’ “como uma de suas favoritas em todos os tempos” e a usou muitas vezes como faixa de abertura em seus shows. Outro que a denominava como “uma de suas favoritas” foi Jimi Hendrix que chegou a tocar ela com Beck nos palcos, infelizmente sem um registro disso para posteridade. De acordo com Paul Hornsby, que fez parte da banda Hour Glass, pré-Allman Brothers Band, Beck’s Bolero inspirou Duane Allman a assumir a slide guitar. Ele tocou a gravação de Beck e Allman amou essa parte de slides e disse que ia aprender a toca-la. Além disso, o James Gang usou a seção slide-guitar de Beck’s Bolero em sua própria faixa, The Bomber (que também incluia uma versão do Boléro de Ravel) para o seu álbum James Gang Rides Again, de 1969.
Em 4 de abril de 2009, Page introduziu formalmente Beck no Rock and Roll Hall of Fame e juntos eles tocaram “Beck’s Bolero” na cerimônia de indução, com Page tocando com uma guitarra elétrica Fender XII de doze cordas original, que ele usou para a sessão de gravação de 1966.
Fase Soul e Beck Bogert & Appice
Aqui temos a transição de Jeff Beck para algo ainda mais expansivo que seu Jeff Beck Group. Com Carmine Appice (bateria) e Tim Bogert (baixo, voz), que haviam participado do Vanilla Fudge e posteriormente, arrebentado os ouvintes com o Cactus, ao lado de Jim McCarty (guitarras) e Rusty Day (voz). A primeira vez que o nome de Beck foi vinculado à cozinha da Vanilla Fudge foi em 13 de setembro de 1969, quando o jornal Melody Maker noticiou na coluna Raver que Appice e Bogert iriam fazer parte da nova formação do Jeff Beck Group. Porém, o acidente de carro ocorrido com Beck em 12 de novembro de 1969 alterou os planos.
O guitarrista só se recuperou completamente no fim de 1970 e montou uma nova formação do Jeff Beck Group que a muito tempo já não contava com Ronnie Wood e Rod Stewart que saíram para formar o The Faces. A segunda formação entrou de cabeça no soul e gravou o álbum Rough and Ready no mitológico estúdio da Motown. A banda contava com Cozy Powell que era o fiel escudeiro de Beck e Max Middleton nos teclados. Entretanto, depois de mais dos lançamentos nessa pegada da música negra americana, o grupo foi desfeito pelo seu empresário que alegou que “a fusão dos diferentes estilos musicais dos músicos tinha sido muito bem sucedida, mas eles não se sentiam mais a vontade para levar a criação de um novo estilo musical com a mesma força que tinham originalmente“.
A banda vinha entrando na sua terceira encarnação, com Beck e Max Middleton se encontrando com Bogert e Appice, além de trazerem o vocalista Kim Milford (que fez sucesso com o Rocky Horror Show). No entanto, o vocalista saiu após 6 shows, sendo substituído por Bobby Tench, vocalista da segunda formação do JBG. No fim da turnê Tench e Middleton não estavam aptos a ir para um direcionamento mais soul, coisa que Beck pretendia, e meteram o pé, facilitando assim com que o guitarrista criasse seu primeiro power trio.
O trio se mudou para Los Angeles e realizaram gravações no The Village. Em 26 de março de 1973 chegava às lojas americanas Beck, Bogert & Appice, com o lançamento na Europa tendo sido realizado em 6 de abril do mesmo ano. Marcando um ressurgimento na onda de cada participante, a colaboração afixou a espinha dorsal irreprimível do Vanilla Fudge a um trabalho de guitarra ainda mais extravagante e produziu alguns dos trabalhos mais atraentes que cada membro havia comprometido em gravar desde 1969. Com destaque para a versão de Superstition de Stevie Wonder, onde o guitarrista compensa a ausência de teclados utilizando do pedal talkbox (recurso em que o músico canta com um efeito na boca ligado diretamente na guitarra).
Blow By Blow
Esse disco provavelmente é o mais livre de sua carreira e o primeiro com o nome do guitarrista sem estar acompanhado de outra denominação ou banda. Aqui ele está solto, tocando hinos instrumentais antológicos. Em 1973 Jeff Beck havia encerrado seu power trio Beck Boggert & Appice e procurava novas formas de se expressar entrando de cabeça no fusion, estilo que o acompanharia a partir dali em todos seus lançamentos.
Duas figuras foram importantes para essa nova trilha, o guitarrista John Mclaughlin apresentou uma série de bandas de jazz rock como o Mahavischnu Orchestra para Beck. Na mesma época, o guitarrista começou uma improvável parceria com Sir George Martin (produtor dos Beatles), e os dois se reuniram no Air Studios de propriedade do produtor para idealizarem o que viria a ser Blow By Blow. Beck reuniu um time invejável de músicos a começar pelo pianista Max Middleton, o baixista jamaicano Phil Chen, que tinha forte influência soul e funk, e o baterista Richerd Bailey.
Dentre grandes clássicos estão Freeway Jam, a belíssima Cause We’ve Ended as Lovers, Thelonius que é outra composição de Stevie Wonder e a contemplativa faixa final Diamond Dust. Essas obras mostram o porque do álbum lançado em março de 1975 ter chegado no 4º lugar nas paradas da Billboard, um feito notável para um álbum completamente instrumental. Tal sucesso de crítica e público deixou o guitarrista ainda mais animado a se enveredar pelos caminhos do jazz rock, atingindo seu amadurecimento musical nas produções seguintes.
Colaborações
Na década de 1980, Beck restringiu seu trabalho a apenas algumas aparições em shows beneficentes. Retornou de vez com o álbum Flash e também uniu forças com Rod Stewart para o cover de People Get Ready que fez um extremo sucesso. A partir dos anos 1990, reduziu o ritmo de sua carreira, com idas e vindas e longos hiatos entre seus álbuns. Entre suas colaborações nas décadas de 1980 e 1990, estão registros com Mick Jagger, Jon Bon Jovi, Buddy Guy, Tina Turner, Seal, Duff McKagan, Brian May e ZZ Top.
Ele formou uma banda poderosa nos anos 90/2000 que perdurou junta por um bom tempo, tendo como revelação a jovem Tal Wilkenfeld no baixo e o baterista Vinnie Colaiuta (ex-Frank Zappa, entre muitos outros). Essa formação ficou famosa por aparecer no álbum Performing This Week… Live at Ronnie Scott’s Jazz Club, clube onde o guitarrista tocou por seis noites seguidas no ano de 2007. As apresentações contaram com presenças e participações especiais, como o guitarrista Eric Clapton (que tocou e cantou em Little Brown Bird e You Need Love), as vocalistas Joss Stone (que cantou People Get Ready, do disco de Beck chamado Flash, de 1985) e Imogen Heap (que levou Rollin’ And Tumblin’ e Blanket), e os Big Town Playboys (que tocaram com Beck temas do disco Crazy Legs, de 1993, bem como clássicos do rock dos anos 60, dos Yardbirds, etc.). Na plateia, várias presenças ilustres como as de seu amigo Jimmy Page e de Robert Plant (Led Zeppelin).
Ele acompanhou Paul Rodgers da Bad Company no álbum Muddy Water Blues: A Tribute to Muddy Waters em 1993. Em 2020 Beck resolveu, em meio a pandemia contribuir com outro artista, Johnny Depp, ator conhecido por ter interpretado o Capitão Jack Sparrow em Piratas do Caribe nos cinemas, mas que também é guitarrista da banda Hollywood Vampires do Alice Cooper. Eles lançaram em parceria o álbum álbum 18, repleto de covers e canções originais. Eles se conheceram em 2016 e formaram essa parceria como banda após o ator vencer o julgamento que sua ex-mulher Amber Heard havia imposto para ser indenizada no valor de US$ 15 milhões, cerca de R$ 71 milhões. Como recorreu e conseguiu comprovar inocência, Depp entrou em turnê neste ano de 2022 com Beck para divulgar as 13 faixas que compõem o álbum, com destaque para o single Isolation, faixa gravada originalmente e composta por John Lennon.
Técnica e inspirações autodidatas
Beck pode não ter sido precursor de alguma técnica, mas certamente foi um aperfeiçoador. Seu primeiro instrumento foi uma construção realizada por ele mesmo com uma caixa de charutos, um porta-retratos para o braço e cordas de um avião de brinquedo com radio controle (segundo a Rolling Stone). Obviamente que, ao longo de sua bem-sucedida carreira musical, Jeff Beck continuou ‘construindo’ instrumentos, mas em conjunto com grandes companhias da indústria – Ele tem a própria linha da Fender stratocaster.
Na década de 1960 ele desenvolveu muitos efeitos, Beck cortava e raspava alto-falantes para criar distorção principalmente, mas ele credita a descoberta a Pete Townshend do The Who. Atualmente, usa com frequência um pedal wah-wah, tanto ao vivo como em gravações e estúdios. Também usa o pedal Pro Co RAT. O modelo JB, da Seymour Duncan, é um acrônimo tirado de Jazz & Blues e de Jeff Beck, até porque foi criado e desenvolvido junto com ele.
Nos anos 80 passou a tocar guitarra sem paleta utilizando os dedos. Desde sempre utilizou da alavanca e do bottleneck [o gargalo ou tubo que se usa no slide] para tirar sons únicos com bastante precisão também. As repetições dos solos casados com a linha melódica, os tappings, bends, vibratos e ocasionalmente harmônicos, em suas mãos e dedilhados, por mais que pareçam fáceis de ouvir através de qualquer bom guitarrista, seja em termos de velocidade ou precisão, dificilmente isso é uma verdade. Beck tem todos os fundamentos lapidados e mesmo quando erra é de um engrandecimento quando ele conserta que só podemos nos ater aos dizeres, “obrigado por tanto”.
Se número de prêmios conta pra alguma coisa, Jeff Beck classificou-se entre os cinco primeiros da lista dos 100 maiores guitarristas da Rolling Stone e de outras revistas, é figurinha carimbada em qualquer lista que se preze. Recebeu o prêmio Grammy de Melhor Performance Instrumental de Rock por seis vezes e a de Melhor Performance Instrumental Pop uma vez. Ele foi introduzido no Hall da Fama do Rock and Roll duas vezes: como membro dos Yardbirds (1992) e como artista solo (2009). Sua morte prematura e tão subita abala qualquer um, que sua alma esteja em paz e feliz de reencontrar Jimi Hendrix e tantas outras figuras que estão fazendo jams no outro mundo.
Matéria sensacional sobre o único e inigualável Jeff Beck. Só estragou citar a réu condenada por difamação com malícia, Amber que nada teve a ver com a vida e história de Jeff. Não precisa todas as vezes que falar o nome de Depp citar o da mentirosa.
Que bom que gostou Paulo! Eles só se reuniram/encontraram pra fazer a turnê depois do Depp ser considerado inocente, não tinha como não falar sobre o assunto.
A história do Beck com a separação estará pra sempre ligada, mesmo que uma coisa não tenha acontecido por conta da outra.
Verdade deixa está pessoa fora disso. Johnny depp e Jeff Beck foram os fenomino excelente e estraordinarios juntos. Bravo 👏👏👏👏. Ficou pra História.
Não vi nenhum comentário sobre a obra prima “wired ”
Pra mim o auge da guitarra ligada a melodia instrumental
Estou errado?
Abs
Verdade, com a clássica versão de “Goodbye Porky Pie Hat” de Charlie Mingus. E a colaboração com Jan Hammer etc.
Sempre nas matérias sobre guitarristas tenta se eleger o melhor. Um dia é Hendrix. Outro Clapton. Outro dia Bb King ou SRV ou Slash ou Mayer etc. se o quesito for fama, trabalhos e shows os guitarristas de rock obviamente serão os maiores por causa do apelo do estilo. Até quem não conhece rock anda dizendo que é roqueiro. Mas ainda assim não dá pra dizer que há um melhor. E esse problema se expande qdo não se limita o estilo. Se colocar na competição (desnecessária) os guitarristas de jazz e o quesito for conhecimento musical aplicado à técnica do instrumento aí a turma do rock fica a ver navios. Só no Brasil teriam 2000 guitarristas que sabem aplicar mais acordes e escalas com maior velocidade e sofisticação que qq super guitarrista de rock. Se for avaliar versatilidade aí então a turma do rock dançou. Pega um Victor Biglione que gravou com mais de dois mil artistas diversos estilos e Jeff Beck teria inveja. Se for analisar contribuição histórica pega um Robert Johnson e da a ele um Grammy todo ano. Enfim, essa taxação de melhor de todos é impossível ser feita msm que se limite um estilo.
Muito legal o texto, a única correção que eu apontaria é o título da música “You need love” do Willie Dixon, participação do Clapton no Ronnie Scott’s. Aquela que o Zeppelin plagiou feião…
E adicionaria que o Hendrix homenageou Beck em 1970 com uma citação de “Rice Pudding” no final de “In From the Storm”.
JB eterno.
Não estava por dentro desses fatos, irado!