Pensando em uma forma de colocar o nosso The Rock Life em clima de copa, encontramos desse modo unir o futebol com a música para o momento de maior expressão do gênero esportivo. Já que a abertura e primeira partida foram feitas neste último dia 20/11, trazemos aqui uma banda /artista de cada país que faz parte do grupo G que contempla as seleções do Brasil, Camarões, Sérvia e Suíça.
Tendo em conta que são 32 seleções do mundo inteiro reunidas no Catar e que já existe uma publicação semelhante no Tenho Mais Discos Que Amigos!, vamos trazer artistas unicamente de rock e metal, indo em uma direção diferente e buscando trazer artistas não colocados por eles, mas com a mesma proposta de divulgar novos sons para vocês adicionarem em suas playlists.
Brasil: El Efecto
Formada em 2002, na cidade do Rio de Janeiro, a partir do desejo de conjugar instigação estética e inquietação política, a banda busca se inserir no movimento que entende a arte como trincheira, como espaço de reverberação e organização das ideias comprometidas com a luta por justiça social, o grupo musical El Efecto tem o ecletismo como marca do seu som. As composições são mergulhos nas mais distintas tradições e gêneros musicais, revisitados a partir de uma perspectiva contemporânea. A sonoridade do grupo expande a formação clássica do rock ao incorporar elementos como clarinete, trompete, flautas, percussão e cavaquinho, resultando em uma variedade de climas com forte presença da música brasileira e latinoamericana. A música O Encontro de Lampião com Eike Batista, que estourou na época em que saiu, é uma verdadeira prova dessa pluralidade sonora misturando rock e baião, só que de uma forma diferente da popularizada pelo Raimundos, aqui a música de mais de 8 minutos funciona como um prog 100% brasileiro, com várias camadas e diferentes andamentos, indo do rápido e pesado para o suave um pouco mais cadenciado e horas cheio de festividade e carnaval, sendo muito mais revolucionário. Não teria outra banda melhor para representar os brasileiros.
Camarões: Blick Bassy
Blick Bassy é uma das melhores vozes “soul” de Camarões – Soul, no sentido da voz que vem de dentro. De acordo com Bassy, a alma da sua música não está tanto nas palavras mas da maneira que ele canta. No seu álbum Léman, o cantor/ compositor/ guitarrista/ percussionista conecta a música da África Central e Ocidental e mistura com bossa nova, jazz e soul. Me encantou a forma diferenciada dos arranjos de guitarra, muito característico dos artistas africanos, despojando de molejo e com o sotaque infalível camaronês.
Sérvia: Električni Orgazam
Električni Orgazam é uma banda de rock sérvia de Belgrado . Originalmente começando como uma combinação de new wave , punk rock e pós-punk , a banda mais tarde mudou lentamente seu estilo, tornando-se uma banda de rock mainstream. Eles foram uma das bandas mais notáveis da cena do rock da ex-Iugoslávia. Interessante pensar que eles tiraram seu primeiro nome Hipnotisano Pile (Hypnotized Chicken), formada em 1979, graças ao verso da música de Iggy Pop, Lust For Life. Ela consistia em Srđan Gojković “Gile” (bateria), Ljubomir Jovanović “Jovec” (guitarra), Bojan Banović (vocal), Vladan Stepanović (guitarra), “Džo” Otašević (teclados). Mas logo a banda sofreu por varias mudanças ao longo dos anos a começar pela mudança de nome para Električni Orgazam. Gostei bastante do disco Distorzija de 1986 com a excelente faixa de abertura Vudu Bluz e a balda Sa La La.
Suíça: The Monofones
Os Monofones foram originalmente fundados em 2008 por Matthias Hämmerly (guitarra, vocal) e Michael Laubacher (bateria) junto a baixista e cantora Gisela Feuz (sob o pseudônimo de Miss OO) como um trio musical de Berna , Suíça. Eles tocam uma mistura de garage rock , trash e punk. Hämmerly e Laubacher se conheceram enquanto estudavam na Bern University of the Arts , onde Hämmerly estudou jazz clássico e polirritmias de Laubacher. Ambos tocaram em outras bandas antes de The Monofones, Hämmerly with the Fuckadies e Laubacher with the Never Evers mas terminaram por se unir na banda punk. Por muitos anos, Gisela Feuz se apresentou como DJ de rock Olive Oyl em vários clubes da Suíça antes de encontrar o anúncio de Hämmerly e Laubacher em uma loja de discos em Berna e ser escalada como a vocalista do grupo. O primeiro álbum foi gravado com um gravador de quatro faixas Tascam na sala de ensaio e vários shows e turnês no país e no exterior se seguiram, principalmente pela Alemanha, Grécia e Croácia. São oito discos no total cheios de adrenalina e distorção, com músicas com a formula tradicional do punk dos anos 70, meio Stooges, meio Patty Smith.
Do Brasil já estamos cansados de reconhecer inúmeras bandas… Talvez pra citar uma não tão conhecida, eu citaria a Cracker Blues, uma ótima banda, paulista, se não me engano. Dos outros países, realmente não conheço nada(defeito meu, talvez), e da Suíça, só o já os conhecidos Hellhammer/Celtic Frost eu citaria, que são meio que praticamente uma banda a continuação da outra. Escutarei atentamente as bandas aqui citadas, matéria interessante!