Review: Mt. Joy – Orange Blood

O Mt. Joy parece estar em uma daquelas itermináveis ondas criativas. Orange Blood é o terceiro álbum de estúdio da banda desde 2018, além do lindíssimo álbum ao vivo Live At Red Rock lançado em 2021 e intermináveis turnês, principalmente pela América do Norte.

Lucas Santos

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Gravadora: Island Records
Data de lançamento: 17/06/2022

Gênero: Indie/Folk Rock
País: Estados Unidos


Rapaz, faz tempo que eu não paro para escrever uma resenha como as das antigas, um pouco mais aprofundada e contanto um pouco da minha relação com a banda. Recentemente fui promovido no meu trabalho e o verão aqui nos Estados Unidos começou de vez, ou seja, mais tempo fora de casa e quando estou em casa, mais trabalho. Mas mesmo com tempo curto e tendo escutado muito menos música do que gostaria, tinha que dedicar um tempo para escrever sobre o terceiro álbum de estúdio (muito aguardado) da minha banda que – não é de metal – favorita atualmente.

O Mt. Joy parece estar em uma daquelas itermináveis ondas criativas. Orange Blood é o terceiro álbum de estúdio da banda desde 2018, além do lindíssimo álbum ao vivo Live At Red Rock lançado em 2021 e intermináveis turnês, principalmente pela América do Norte. Do inesquecível álbum homônimo de estreia, ao bom (com altos e baixos) álbum seguinte Rearrange Us (2020) até o presente, o quinteto que inicialmente foi criado por Matt Quinn (vocal, guitarra), Sam Cooper (guitarra) e Michael Byrnes (baixo) e que foi completado por Sotiris Eliopoulos (bateria) e Jackie Miclau (teclados) atingiu números astronômicos desde que o primeiro single Astrovan foi lançado em meados de 2016, atingindo a marca de quase 3 milhões de ouvintes mensais no spotify e tocando em diversos festivais espalhados pelo mundo.

Orange Blood é um álbum com 10 faixas e com um pouco mais de 30 minutos. Foram disponibilizados 4 singles antes do lançamentos oficial do álbum, algo que me deixou bem entusiasmado durante o processo mas um pouco frustrado quando o álbum foi lançado. Para mim não faz sentido quase metade das músicas serem disponibilizadas antes do lançamento oficial de um álbum. Eu espera menos singles e/ou mais faixas no álbum. O efeito surpresa fica de lado. Porém, a parte feliz dessa história é que, 3 dos 4 singles disponibilizados estão dentro das melhores composições já criadas pela banda.

Orange Blood, Lemon Tree e a deliciosa e incrível Bathroom Light conquistam o ouvinte sem muito esforço. Orange Blood e Bathroom Light são mais voltadas ao suave folk rock que a banda construiu ao longo da carreira, usando simples mas marcantes arcodes de violões acústicos, misturados à doce voz de Matt Quinn e instrumentação presente, principalmente dos teclados de Jackie Miclau, com refrãos que se repetem na cabeça do começo até o fim do dia. Já Lemon Tree é uma “grande jam“, algo que começou a ser introduzido no último álbum, mas que ficou mais marcante neste trabalho, principalmente nesta canção.

Roly Poly, Ruin e Phenomenon são outros exemplos de composições que utilizam a ótima mistura indie/folk e as vezes até experimental que a banda conseguiu se tornar única. São pouco momentos que não me cativam. Como eu mencionei anteriormente, os 3 singles são as faixas que se destacam. Não que o resto seja ruim, longe disso. Elas são faixas muito legais e impressionam com a escrita (com excessão de Evergreen rs) e o saldo final é muito, muito positivo.

Orange Blood é mais impactante que o último “meio confuso” trabalho da banda. Certamente tem melhores canções e no todo, é mais memorável que Rearrange Us. Ainda considero a estreia da banda como um álbum quase que perfeito e ainda insuperável, mas felizmente Orange Blood veio em ótimo momento, para mostrar que as boas ideias estão longe de estarem escassas e que sim, eles podem viver no hype. Estou cantarolando Bathroom Light já tem 2 meses e não vejo a hora do Mt. Joy lançar mais material e de assisti-los ao vivo, mais uma vez. Esse álbum me fez muito feliz.

Nota final: 8/10

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