Por Lucas Santos e Roani Rock
Depois de 1 ano, este é o segundo post desse estilo que fazemos aqui no The Rock Life. Assim como ocorreu com André Matos, que teve uma morte precoce no meio do ano passado, queriamos de alguma forma homenagear após a notícia da perda imensurável que o mundo da música teve no dia 7 de janeiro de 2020, a confirmação do falecimento do lendário baterista canadense Neil Peart.
Daquelas notícias que são dificeis de aceitar, Peart morreu de glioblastoma, uma forma agressiva de câncer no cérebro, em Santa Monica, Califórnia. Ele havia sido diagnosticado três anos e meio antes, e a doença era um segredo bem guardado no círculo interno do baterista até a sua morte.
Essa é a nossa forma de celebrar, homenagear e apreciar (por mais e mais vezes) toda a maestria de Neil Peart, escolhemos 10 momentos que achamos especiais para a formação no que se tornou, na palavra de muitos, o maior baterista que já pisou na terra. Reverencie sempre que puder. Muito obrigado por tudo.
10. EXPERIÊNCIAS NA INFÂNCIA

No final da adolescência, Neil Peart já havia rodado bastante, tocou em bandas locais como Mumblin ‘Sumpthin’, Majority e JR Flood. Tocando em salões de igreja, escolas secundárias e pistas de patinação em cidades do sul de Ontário. Certamente uma ótima experiência e rodagem de palco indispensável para qualquer aspirante à músico.
9. A QUASE DESISTÊNCIA NO INÍCIO

Aos dezoito anos de idade, depois de lutar para alcançar o sucesso como baterista no Canadá, Neil Peart viajou para Londres, Inglaterra, na esperança de continuar sua carreira como músico profissional. Apesar de tocar em várias bandas e pegar trabalhos ocasionais, ele foi forçado a se sustentar vendendo jóias em uma loja. Após dezoito meses de shows sem muitos progressos, desiludido por sua falta de progresso no mercado da música, Peart deixou sua aspiração de se tornar um músico profissional em espera e retornou ao Canadá.
8. DESCOBRINDO A PAIXÃO PELA LITERATURA

Enquanto estava em Londres, ele se deparou com os escritos da romancista e objetivista Ayn Rand. As escritas de Rand se tornaram uma significativa influência filosófica inicial do baterista, pois achou muito de suas escritas sobre individualismo e objetivismo inspiradores. Sendo assim um ponto inicial em sua descoberta pela paixão na literatura, filosofia e escrita, o que futuramente faria com que fosse o principal letrista do Rush.
7. HUSH

Depois de retornar ao Canadá, Peart foi recrutado para tocar bateria em uma banda de St. Catharines conhecida como Hush, que tocava no circuito de bares do sul de Ontário. A semelhança de nomes com a sua futura banda chega a ser cômico. Não muito depois de sua entrada no Hush, um conhecido em comum convenceu o baterista a fazer um teste para a banda Rush, de Toronto, que precisava de um substituto para o baterista original John Rutsey.
6. FLY BY NIGHT

Apesar de sua entrada no Rush não ter sido algo 100% imediato, depois de alguma discussão, Lee e Lifeson aceitaram o estilo maníaco britânico de tocar bateria de Peart. Fly By Night de 1975 foi a estreia do trio que faria história na música progressiva mundial, e com a ajuda de Peart, que deu mais qualidade nas baquetas e ajudou principalmente na criação de letras mais elaboradas, criando assim um novo e definitivo Rush.
5. MOVING PICTURES

Há muito pouca divergência sobre o Moving Pictures, que combina a invenção do art-rock com o apelo popular. Tom Sawyer redefiniu fundamentalmente o uso de sintetizadores no hard rock; YYZ estabeleceu um novo padrão para faixas instrumentais; Limelight revelou um dos melhores riffs de sempre da banda. Os números menos célebres dos dois lados – o instigante Camera Eye, que pressagia Witch Hunt e o hino Vital Signs – se qualificariam como destaque em álbuns menores. Uma verdadeira obra-prima de Peart e seus parceiros.
4. YYZ
Destacar apenas uma música do Rush é uma tarefa complicada. Ficamos com YYZ, a melhor música instrumental de todos os tempos. Ápice da banda no talvez seu melhor álbum Moving Pictures (1981), a faixa fez parte do Guitar Hero que foi de extrema importância na ajuda da divulgação da banda para um público mais novo.
3. LIVROS

Peart escreveu sete livros, entre eles o mais conhecido é Ghost Rider: Travels on the Healing Road que narra as viagens de moto do baterista por toda a América do Norte e Central no final dos anos 90, quando este contemplou sua vida e aceitou sua tristeza pelas mortes de sua filha Selena em agosto de 1997 e de sua esposa Jackie em junho de 1998. Em uma espécie de “retiro espiritual” após trágicos acontecimentos, Peart explica seu novo amor pela vida e como ele reencontrou finalmente um motivo para viver.
2. O BATERISTA
Talvez os solos de bateria de Peart sejam os únicos que um leigo consegue acompanhar até o final. Uma aula de criatividade, ritmo, técnica e improviso. Um conforto para quem aprecia boa música e a êxtase para os admiradores do baterista.
1. RUSH

O maior legado de todos. Foram mais de 40 anos inspirando incontáveis gerações de bateristas e de amantes do rock progressivo. A sua música vive. Descanse em paz.
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