Review: Trivium – In The Court Of The Dragon

Por Lucas Santos

Criando mais um vez uma mistura de heavy metal que engloba estilos diversos como death, metalcore, thrash e old school, o quarteto comandado por Matt Heafy impressiona, mais uma vez, pela mistura cativante de todos os estilos citados (e muito mais) em mais um álbum extremamente pesado e cativante. É fácil identificar que estamos ouvindo um álbum do Trivium, mas também é fácil identificar o risco sonoro criado pela banda, novamente.

Lucas Santos

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Gravadora: Roadrunner Records
Data de lançamento: 8/10/2021

Gênero: Heavy Metal
País: Estados Unidos


Foi apenas em abril do ano passado que o Trivium lançou o incrível álbum What the Dead Men Say. Menos de 18 meses, uma das bandas mais subestimadas do heavy metal volta com mais um trabalho, In the Court of the Dragon. Um registro que impressiona com o pouco tempo entre gravações, mesmo que eles não tenham tido oportunidades de ir em turnê ano passado (como todo mundo) e assim, focou em mais tempo no estúdio, mas também mostra que mesmo depois de mais e 20 anos, o Trivium ainda tem muita lenha para queimar.

Criando mais um vez uma mistura de heavy metal que engloba estilos diversos como death, metalcore, thrash e old school, o quarteto comandado por Matt Heafy impressiona, mais uma vez, pela mistura cativante de todos os estilos citados (e muito mais) em mais um álbum extremamente pesado e cativante. É fácil identificar que estamos ouvindo um álbum do Trivium, mas também é fácil identificar o risco sonoro criado pela banda, novamente.

O registro de 10 faixas começa com uma introdução instrumental, X, e cria uma ótima atmosfera, assim como no álbum anterior, antes da faixa título explodir nos nossos ouvidos. Matt ainda assusta em seus vocais, em um ataque cheio de batidas explosivas e vocais bestiais. O refrão é cantado com clareza e o colapso é brutal. Uma faixa de abertura impressionante. Like a Sword Over Damocles possui um refrão épico, e posso ver os punhos no ar em festivais em todo o mundo. O título se refere ao perigo constante enfrentado pelos governantes, uma grande alusão ao “peso” da liderança durante a era pandêmica.

O segundo single lançado Feast of Fire é um pouco diferente. E é um hino matador sobre como superar as adversidades e encontrar a força para continuar. A faixa é ferozmente pesada e complementa o resto do álbum usando melodia e ritmo de forma diferente das outras músicas. É o tipo de música que torna a existência deste álbum necessária e não apenas uma tentativa de repetição do último trabalho. A Crisis of Revelation é um ataque groovado com força abissal de death metal mas que cria passagens melódicas em suas guitarras gêmeas, especialmente nos seus solos. Até aqui são 5 faixas que possuem um “core” mas que são bem diferentes umas das outras.

The Shadow Of The Abattoir acena a incrível progressão que Matt fez como cantor e From Dawn To Decadence é uma mistura bem vinda de black metal e rock n’ roll. Ainda temos tempo para duas faixas com mais de 7 minutos, The Phalanx e Fall Into Your Hands, algo que sempre existiu em quase todos os álbuns da banda. Não são as melhores, mas trazem aquela diversidade que comentei anteriormente. No fim, parece que o Trivium homenageou todos os sub gêneros dentro do metal, de maneira épica.

In The Court Of The Dragon é um álbum engajado e totalmente envolvente que tem tudo o que você poderia desejar, não apenas de um álbum do Trivium, mas de um álbum de metal, e precisa ser ouvido por qualquer fã do gênero. Aquele álbum que não só impulsiona ainda mais a importância da banda no cenário do metal, mas também expõe que coisas novas e de qualidade não fazem parte apenas de novas bandas. Os gigantes também são capazes de mudar o rumo do metal.

Nota final: 9/10

10 comentários sobre “Review: Trivium – In The Court Of The Dragon

  1. E como sempre o jãozinho discordando do luquinhas em relação a gêneros hehehe eu acho esse um puta álbum de Metalcore Melódico e um dos melhores do estilo (dito por um cara que ouve coisas raras do gênero). Mas o Lucas tem razão nessa questão deles apresentarem outros estilos, o que me agradou bastante, deixa cada faixa mais única como na faixa título que tem uma pegada DE LEVES de Black Metal Melódico no refrão ou antes dele não lembro. Mas pra quem que nem eu que acha Melo Metalcore chatinho, eu indico fácil esse álbum do Trivium, confia.

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