Review: Eclipse – Wired

Por Lucas Santos

Com melodias cativantes, a trinca de abertura Roses On Your Grave, Dying Breed e Saturday Night (Hallelujah) captam toda a energia harmônica, pesada e fascinante das misturas de guitarras distorcidas, baixo pulsante e teclados bem presentes que fazem o Eclipse estar no topo. A voz de Erik é facilmente uma das mais chamativas do gênero, e por muitas vezes os coros de seus parceiros o ajudam a trazer mais emoção e potência que as músicas necessitam.

Lucas Santos

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Gravadora: Frontiers
Data de lançamento: 8/10/2021

Gênero: Hard Rock/AOR
País: Suécia


Quando eu estava começando a olhar alguns vídeos do Eclipse no Youtube par ame prepara para uma possível resenha me deparei com um comentário do clipe do single Bite The Bullet que dizia: “Essa banda nunca me desaponta”. É essa é a maior verdade que posso afirmar, não só depois de escutar o novo álbum de estúdio Wired, mas principalmente os últimos trabalhos da banda sueca liderada pelo multi instrumentista e principal compositor Erik Mårtensson.

Não que o nono álbum de estúdio deles traga algo de muito diferente e impressionante de sua sonoridade registrada que passeia pelo hard rock melódico, AOR e glam, mas sim, continua entregando o seu massivo som de rock pesado moderno, com ganchos maciços, que respeitam suas raízes, mas sem intenção de trazer momentos retrôs. É garantido que em apenas algumas audições todas as melodias das 11 faixas de Wired estarão cantarolando sozinhas dentro da sua cabeça, e cada palavra, especialmente dos refrões, sairão facilmente de sua boca.

Com melodias cativantes, a trinca de abertura Roses On Your Grave, Dying Breed e Saturday Night (Hallelujah) captam toda a energia harmônica, pesada e fascinante das misturas de guitarras distorcidas, baixo pulsante e teclados bem presentes que fazem o Eclipse estar no topo. A voz de Erik é facilmente uma das mais chamativas do gênero, e por muitas vezes os coros de seus parceiros o ajudam a trazer mais emoção e potência que as músicas necessitam.

Poison Inside My Heart e Carved In Stone são belíssimas faixas acústicas no estilo balada, que quebram um pouco o andamento mais energético do álbum, mas deixam uma boa dose emotiva no ar. Bite The Bullet traz o riff mais pesado, é quase uma faixa de metal moderno, insamente bem trabalhada e pesadíssima. Mas é claro sem deixar a parte melódica prevalecer, principalmente em sua ponte e solos. Dead Inside fecha os trabalhos muito bem, quase uma msitura de tudo que o Eclipse apresenta dentro de Wired resumidos em 4 minutos e 49 segundos.

Minha única crítica sutil ao Wired é a falta de impacto e criatividade em alguns momentos. Algumas melodias e construções se repetem muitas vezes trazendo uma falta de surpresa em partes. Estou ciente que uma banda de hard rock melódio pode ir criativamente até certo ponto, mas ele foi menos impactante que o seu último álbum Paradigm (2019). De qualquer forma ainda é acima de média de muito (quase todos) álbuns do estilo.

Se você quer catarolar, se emocionar e apenas pular no seu quarto, erguendo os punhos de alegria, está no lugar certo, e o hard rock de Erik e sua turma seja talvez, exatamente o que você precisa. O Eclipse não inventa o fogo em Wired, mas certamente irá incendiar o seu som. Não sei oque tem nas águas da suécia, mas certamente irei experimentar quando for pra lá.

Nota final: 8/10

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