Por Lucas Santos
Para uma banda que começou com uma pegada mais blues rock é fácil notar uma direção diferente tomada aqui. A evolução muito natural que o quinteto obteve ao longo dos anos resultou um uma sonoridade que foca mais em um Hard alternativo, moderno, mas que também realça a individualidade da banda com o Southern Rock.
Lucas Santos
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Gravadora: Sand Hill Records/Chumon Records
Data de lançamento: 13/08/2021

Gênero: Hard Rock
País: Estados Unidos
Uma das grandes bandas de Hard Rock que descobri recentemente foi o Blacktop Mojo, banda da cidade de Palestine no Texas, e que já figurou aqui no site em seu terceiro álbum de estúdio Under The Sun (2019), primeiro disco que ouvi da banda, e que também figurou na lista dos melhores álbuns de rock daquele ano. Desde então o quinteto texano entrou na minha lista e na minha rotação quase que semanal, e que fez com que o homônimo álbum, o quarto de estúdio que acaba de ser lançado, fosse muito aguardado por mim e acredito que por boa parte dos fãs de Hard Rock também.
Para uma banda que começou com uma pegada mais blues rock é fácil notar uma direção diferente tomada aqui. A evolução muito natural que o quinteto obteve ao longo dos anos resultou um uma sonoridade que foca mais em um Hard alternativo, moderno, mas que também realça a individualidade da banda com o Southern Rock. Blacktop Mojo é uma evolução natural da ótima discografia da banda e que mostra que qualquer que sejam as inspirações para as composições até o momento estão longe de estarem escassas.

Com um som fortemente influenciado pela excelente voz do seu vocalista Matt James, o álbum começa com duas grandes canções, quase um rock de arena; Wicked Woman and Bed Tundy, que tiram qualquer possíveis dúvidas negativas sobre o álbum. Jealousy e Latex mostram o porque a banda é o que de melhor nós podemos ouvir quando se trata da mistura de Southern Rock e Hard moderno. Ricas influências e um som recheado com fortes refrões tornam essas músicas memoráveis e um álbum quase impecável até o momento.
Darlin’ I Won’t Tell é um Country Rock arrastado e com uma brilhante e emocionante performance de Matt. Uma das músicas mais poderosas do disco e um dos vocais mais marcantes do vocalista. Do It For The Money tem uma vibe alternativa que lembra bandas do Metal moderno como Alter Bridge, Seether e até Black Stone Cherry. É uma interessante abordagem, diferente da primeira parte do álbum e que mostra uma variação intensa e ao mesmo tempo muito individual da banda, distribuindo diferentes estilos dentro do rock n’ roll com muita naturalidade e qualidade.
Cough, talvez uma música direcionada ao Covid-19 e ao ano de 2020(?) é a síntese do álbum para mim. Essa faixa inclui tudo do que de melhor o Blacktop Mojo faz e fez no disco. Certamente uma das melhores músicas das bandas e a minha favorita do álbum. Stratus Melancholia, uma faixa mais melancólica com uma pegada que lembra muito o Alice in Chains é algo diferente, não sei se bom ou ruim, mas é o mais longe que eles já foram das suas raízes.
O quarto álbum do Blacktop Mojo é o que de melhor podemos ouvir no Hard Rock moderno. Uma banda versátil e que ao mesmo tempo se mantém fiel a raíz do verdadeiro Rock N’ Roll. Um álbum que vale a pena cada minuto de sua audição. Um álbum que supera qualquer expectativas e mostra o porque o quinteto texano é um dos grupos mais interessantes da música atualmente.
Nota final: 9,5/10
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