Review: Killing – Face The Madness

Por Lucas Santos

Thrash Metal sempre vai ser um gênero intriguista pra mim. Por um lado ele se parece muito datado, mas por outro, em muitos casos, acabo encontrando diversas bandas que conseguem mesclar o som old school. Exemplos que até já apareceram na página como Havok, Demolizer, Nervosa e Warbringer. Fora as bandas precursoras do estilo que depois de 30 anos ainda conseguem ter relevância dentro do Metal com álbuns fora de série.

Lucas Santos

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Gravadora: Mighty Music
Data de lançamento: 13/08/2021

Gênero: Thrash Metal
País: Dinamarca


Thrash Metal sempre vai ser um gênero intriguista pra mim. Por um lado ele se parece muito datado, mas por outro, em muitos casos, acabo encontrando diversas bandas que conseguem mesclar o som old school. Exemplos que até já apareceram na página como Havok, Demolizer, Nervosa e Warbringer. Fora as bandas precursoras do estilo que depois de 30 anos ainda conseguem ter relevância dentro do Metal com álbuns fora de série.

Thrash teve tantas ondas, altos e baixos que é quase impossível rastrear toda a história do estilo. Os fãs, no entanto, permanecem os mesmos desde que bandas como Slayer e Metallica desenvolveram uma abordagem mais rápida e agressiva da NWOBHM como uma reação contra o conservacionismo da era Reagan e a cultura pop que governou o início dos anos 80. O Killing é o produto disso e Face The Madness é o produto dessa história encurtada de paixão pelo estilo. O álbum de estreia do quarteto da cidade de Midtjylland, na Dinamarca, resgata essa indentidade e aparece como mais um nome dessa “Nova Onda do Thrash Metal”?!

Se fizer aquela comparação inevitável entre o americano e o europeu o Killing traz mais influências dos seus conterrâneos, especialmente de bandas como o Exodus, Kreator e Sodom. Formado no final de 2013, com o único propósito de compor um thrash metal intransigente, como nos bons velhos tempos e após anos de shows e alguns demos lançados, eles lançaram o EP Toxic Asylum que ganhou uma certa notoriedade pela crítica em 2018, que foi seguido por uma longa turnê pelo norte da Europa. No ano seguinte, o single Raise Your Anger foi lançado, seguido por uma longa série de apresentações em festivais.

Não espere nada de incrível ou diferente de Face The Madness, essa não é a missão da banda. Espere sim uma alegria implacável e violenta de metal. See You In Hell desce e destrói com verdadeiro fervor Thrash, Legion Of Hate injeta uma dose forte e sufocante de rock ‘n’ roll no ataque mais extremo dos dinamarqueses; Straight Out Of Kattegat aumenta o melodrama frio do campo de batalha e oferece onda após onda de riffs grooveados e dilacerantes. A minha favorita, Killed In Action, com quase 7 minutos de duração, completa um álbum coeso feroz e muito bem acertado.

Às vezes me faltam novas maneiras de descrever álbuns como Face The Madness. O Killing faz um daqueles álbuns que não precisam ser feitos, mas quando se ouve, dá uma nostalgia e vontade de reviver toda aquela cena que começou nos anos 80 e perpetua até hoje. Bandas como o Killing são a razão do porque o Thrash nunca vai morrer, e não deveria. Se você é fã do estilo, vai na fé, vai com vontade que você não vai se arrepender.

Nota final: 7,5/10

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