Por Lucas Santos
Por um lado achei que as partes melódicas se destacam bastante mas que algumas faixas bem monótonas e as abordagens líricas e musicais deixam a desejar um pouco e acabam comprometendo um bom trabalho que poderia ter mais destaque se não fosse tão genérico em vários momentos.
Lucas Santos
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Gravadora: Frontiers
Data de lançamento: 6/08/2021

Gênero: Hard Rock
Páis: Suécia
Confesso que fica cada vez mais difícil pra mim realmente me empenhar e me aprofundar em novas bandas de Hard Rock, principalmente quando elas vêm da Suécia. Não pelo baixo número, muito pelo contrário, o país europeu é tão prolífero nesse quesito que fica até difícil se manter atualizado em tanta coisa nova. O meu problema, mais especificamente, é que muitas dessas bandas são muito parecidas e com um certo conhecimento de algumas dezenas de nomes novos e antigos, qualquer banda nova que apareça e que não tenha pelo menos algo de diferente, eu acabo a deixando de lado facilmente.
No caso do Cruzh – esse primeiro contato que tive com a banda – tive sensações mistas ao longo das audições do seu segundo álbum de estúdio. Por um lado achei que as partes melódicas se destacam bastante mas que algumas faixas bem monótonas e as abordagens líricas e musicais deixam a desejar um pouco e acabam comprometendo um bom trabalho que poderia ter mais destaque se não fosse tão genérico em vários momentos.

Os suecos do Cruzh estão de volta com um novo vocalista, Alex Waghorn, e um novo álbum, Tropical Thunder. Waghorn foi apresentado aos fãs da banda em 2019 com o lançamento de uma versão acústica da música Aim For The Head, que faz parte do debut homônimo de 2016. Waghorn, junto com Dennis Butabi Borg, Anton Joensson e Matt Silver trabalharam juntos por quase 2 anos para o lançamento do segundo trabalho da banda. Focando muito nas partes melódicas, como em sua estreia, Tropical Thunder é um disco repletos melodias belíssimas, ganchos e canções cativantes.
Definir o Cruzh e o seu novo álbum é fácil. Uma mistura de Reckless Love com pitadas de AOR que vão do The Defiants ao W.E.T, ambas bandas da mesma gravadora, a Frontiers. A parte mais “Hard” já de cara se destaca com a primeira faixa título. Em seguida Turn Back Time e We Go Together mostram qual é realmente o ponto forte do quarteto sueco. Aquele Hard meloso de chorar a guitarra, com bastante sintetizadores e refrões bem grudentos.
O disco perde um pouco a força e ritmo no meio, algumas faixas são mais fracas e não tão interessantes como New York Lights e All You Need por exemplo, que abusam muito das mesmas abordagens, tentam ser mais melódicas e pesadas mas não atingem nem um nem outro. N.R.J.C, o encerramento do álbum, brinca com uma parte mais acústica até mesmo nas percussões e foge, mesmo que bem de leve, um pouco do padrão de todo o álbum. Mais faixas nessa pegada seriam mais interessantes de se escutar.
Tropical Thunder, assim com o a sua estreia, é um bom álbum mas que certamente não vai fazer muito barulho no Hard melódico. Existem bandas que fazem esse som de maneira muito mais criativa e grandiosa. O Cruzh se encaixa mais em um segundo ou terceiro patamar. Para quem é fã do estilo, vale a pena dar uma conferida, há certamente bons momentos, mas para aqueles que já estão acostumados com um nível superior este álbum pode ser um pouco frustrante.
Nota final: 6/10
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