Review: Social Disorder – Love 2 Be Hated

Por Lucas Santos

De acordo com Rönnblom, a banda nunca foi planejada para ser o que acabou sendo. À medida que se aprofundava na composição, ele contatou Tracii Guns, Rudy Sarzo e o colega de banda do Killer Bee, Shawn Duncan, sobre a participação nas gravações. Mesmo que sejam suas músicas e sua história, Love 2 Be Hated é um esforço de equipe, com todos os envolvidos adicionando seu próprio toque para as músicas. O projeto soa muito mais como uma obra conjunta do que algo solo de Rönnblom.

Lucas Santos

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Gravadora: AFM Records
Data de lançamento: 18/06/2021

Gênero: Hard Rock
País: Suécia/Estados Unidos


O sueco guitarrista Anders “LA” Rönnblom, mais conhecido como o fundador/compositor das bandas de Hard/AOR Killer Bee e X-Romance, e membro do Wolfpakk, lançou um novo projeto denominado Social Disorder, um trabalho que mostra Rönnblom abrindo seu coração e alma. O álbum de estreia, Love 2 Be Hated, leva o ouvinte em uma jornada por sua vida, incluindo sua batalha contra o alcoolismo, demônios pessoais e seu caminho de volta, tudo em um cenário de música inspirado por suas primeiras influências.

Rönnblom tem um imenso número de convidados, muitos deles músicos já consagrados dentro do Rock e Metal, e muitos dos quais ele tem uma conexão pessoal incluindo o guitarrista Tracii Guns (LA Guns), baixista Rudy Sarzo (Quiet Riot, Ozzy Osbourne, Whitesnake), guitarrista Jeff Duncan (Armored Saint), tecladista Dave Stone (Rainbow), baterista Snowy Shaw (King Diamond, Dream Evil, Mercyful Fate), baterista Shawn Duncan (DC4) e também tecladista Leif Ehlin (Perfect Plan). A voz “oficial” do projeto é fornecida por Thomas Nordin, um cantor sueco até então desconhecido que apresenta as composições de Rönnblom com força e coragem, com muita personalidade, que capturam perfeitamente

De acordo com Rönnblom, a banda nunca foi planejada para ser o que acabou sendo. À medida que se aprofundava na composição, ele contatou Tracii Guns, Rudy Sarzo e o colega de banda do Killer Bee, Shawn Duncan, sobre a participação nas gravações. Mesmo que sejam suas músicas e sua história, Love 2 Be Hated é um esforço de equipe, com todos os envolvidos adicionando seu próprio toque para as músicas. O projeto soa muito mais como uma obra conjunta do que algo solo de Rönnblom.

Love 2 Be Hated consegue captar o talento de todos os músicos que fazem parte de sua criação. O até então desconhecido Thomas Nordin, de quem Rönnblom nunca tinha ouvido falar, nem eu, entrega uma espetacular performance vocal, com muitas variações e muita paixão expressada em sua voz. A cozinha, ora de Rudy com Rönnblom, ora com Duncan ou Snowy não cai de qualidade, independente de quem esteja por trás, mostrando uma conexão e entendimento especial de todos os músicos sobre o que é o Love 2 Be Hated. Tracii Guns está inspiradíssimo e despeja solos e riffs pesadíssimos como na rápida Dreaming e na proto metal faixa título.

Enquanto Rönnblom escreveu as letras para capturar os eventos de sua vida na música, Love 2 Be Hated não é e não deve ser considerado um álbum conceitual. O objetivo era fazer com que sua história tocasse as pessoas e fornecesse ao ouvinte algo com que eles pudessem se relacionar. Com letras bem tocantes, como na já citada faixa título (vídeo acima) e na mais cadenciada Sail Away, despejam uma variedade de Hard Rock que capta influências dos anos 70, Rock clássico, Hard melódico, Hard oitentista e AOR. Tudo com a mais belo toque e competência.

Love 2 Be Hatred é um álbum de Hard Rock muito legal. As dez canções encontram o meio-termo certo de melodias pesadas e bem elaboradas, todas temperadas com solos poderosos. Social Disorder surpreende. Não sei se haverá alguma continuação, infelizmente. Uma coisa é certa, ninguém que minimamente aprecia o Hard Rock de excelente qualidade odiará o disco. Do contrário. Este álbum é um lançamento vívido e dinâmico que une talento, amor à música e nenhum ódio.

Nota final: 8/10

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