Por Lucas Santos
‘Se você gosta de bandas como Gojira, Revocation e Sylosis, você realmente precisa dar uma olhada, não ficará desapontado‘. E realmente, se você gosta dessas bandas, e de um Heavy Metal mais técnico e extremo, Scarred é pra você.
Lucas Santos
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Gravadora: Klonosphere Records
Data de lançamento: 22/01/2021

Gênero: Tech/Heavy Metal
País: Luxemburgo
Vasculhando os diversos links de promo que começaram a surgir aos montes depois da primeira semana do ano, me deparei com uma banda do pequeno país europeu de Luxemburgo, que estava há 8 anos sem lançar nenhum material novo, e que em sua primeira linha de texto dizia: ‘Se você gosta de bandas como Gojira, Revocation e Sylosis, você realmente precisa dar uma olhada, não ficará desapontado‘. E realmente, se você gosta dessas bandas, e de um Heavy Metal mais técnico e extremo, Scarred é pra você.
Após oito anos desde seu último esforço de estúdio Gaia-Medea (2013), o Scarred, está de volta com seu terceiro álbum autointitulado e o primeiro a apresentar o novo vocalista Yann Dalscheid. O novo trabalho é como uma declaração, refletindo a transformação pela qual a banda passou nos últimos quatro anos e é de longe seu trabalho mais pessoal até agora. Daí a escolha do título.

Rapidamente comparando com os dois outros álbuns, Scarred mostra a banda produzindo o som de Death Metal característico e muito presente nos esforços anteriores, mas desta vez, também é incorporado momentos mais melódicos e atmosféricos e até mesmo alguns elementos psicodélicos. Dentro da esfera da música pesada, podemos notar uma grande variedade de abordagens sonoras. O primeiro e único single disponibilizado, Mirage, é uma viagem progressiva e extrema. As técnicas ultilizadas pelo guitarrista Diogo Bastos lembram muito as que Christian Andreu e Joe Duplantier tornaram famosas pelo Gojira.
Faixas como as intrumentais In Silent Darkness e Lua realçam as ideias mais psicodélicas e elementos mais atmosféricos. As elaboradas e complexas Dance Of The Giants e Petrichor “exemplificam” toda a gama de elementos e artimanhas instrumentais que a banda te a oferecer, tem quebra de ritmo, cantos melódicos, mudanças de andamentos e sessões mais atmosféricas, e Chupacabra e A.D… Something mostram um lado mais grooveado, que buscam elementos do Sepultura e até mesmo riffs que lembram Lamb Of God.
Algo que não gostei muito são as 4 faixas instrumentais colocadas no meio do álbum, Sol no começo e Lua, Yours Truly e Prisms. Com exceção do encerramento Yours Truly, elas funcionam como uma espécia de prelúdio e, as vezes, ficam longas e quebram um pouco o ritmo mais pesado que o álbum entrega. Apenas uma pequena nota, mas depois de uma segunda/terceira audição eu pulei todas para ir diretamente aonde interessa.
Scarred é uma aula de Heavy Metal técnico. As suas primeiras linhas da promo estavam certas; Se você gosta de bandas como Gojira, Revocation e Sylosis, realmente não vai ficar desapontado. Agressivo, técnico e brutalmente melódico, a banda de Luxemburgo consegue adicionar diversos elementos do metal moderno e criar faixas cativante que vão te fazer bater a cabeça e viajar em uma explosão sonora rica e abundantemente incrível.
Nota final: 7/10