Review: The Smashing Pumpkins – CYR

Por Roani Rock

O novo disco duplo da banda de Billy Corgan é cansativo demais e parece uma progressão synth-pop arriscada de composições melancólicas pouco afetuosas. apesar de trazer mais uma vez três membros da melhor formação possível, me questiono se o mundo precisava de tanto do novo Smashing Pumpkins

Roani Rock

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Gravadora: Sumerian Records
Data de lançamento: 27/11/2020

Gênero: Rock Alternativo/Dream Pop
País: Estados Unidos

O Smashng Pumpkins nunca ficou preso a um estilo por seus 11 álbuns, aquele feito no disco que encantou o mundo, Mellon collie, parece cada vez mais distante. Mesmo com a banda tendo elementos que nunca irão se perder, como as letras profundas e canto esganiçado de Billy Corgan unidos ao retorno das belas harmonias de James Iha e o as excelentes levadas de bateria de Jimmy Chamberlin o segundo álbum desde que essa formação de retorno foi feita, sendo bem direto, não agrada.

Cyr parece uma continuação da transição sonora iniciada no bom Shiny And Oh So Bright, Vol. 1 / LP: No Past. No Future. No Sun com texturas exuberantes em abundancia, mas quase não há uma melodia memorável presente. O estilo 80’s fez as canções soarem muito parecidas o que torna a decisão de lançá-lo como um álbum duplo de 72 minutos no mínimo um ato arrogante. Chamberlain chegou a explicar em entrevista que o álbum estava sendo idealizado desde o início de 2019 e logo compuseram 35 músicas com potencial pra um álbum, 20 dessas formaram o Cyr, sinceramente não quero ouvir as outras 15.

A agressão angustiada em jogo no Siamese Dream de 1993, que era um dos fatores que fazia a banda interessante, aqui soa meramente desagradável em cenários sonoros mais suaves. Você imagine, Confessions Of A Dopamine Addict é uma das músicas mais atuais em estilo rítmico da banda, da pra dançar um zouk com sua batida, por isso mesmo soa forçada. O Smashing Pumpkins nunca foi uma banda de hits dançantes, o excesso de sintetizadores irrita em certa hora, mas reconheço que Anno Satana é um dos poucos acertos do álbum.

A primeira parte do disco, até a música 6 vai tentando conquistar um público mais jovem e os fãs da sonoridade oitentista, a faixa Cyr e Colour Of Life que abre o disco, são exemplo. Mas escutar a mesma ideia por mais tempo incomoda, é como se estivesse ouvindo um disco numa vitrola quebrada e não tomar ciência disso e ficar rolando num looping infinito da agulha passando no arranhado. Todas as canções se parecem e soam estranhas com pouca evolução e destaque instrumental, muitos graves.

O grupo estreiou ainda uma série animada chamada In Ashes, criada pelo líder da banda, Billy Corgan. No total, serão cinco episódios e a trilha sonora da série animada foi produzida pelo próprio Smashing Pumpkins. Talvez seja mais interessante que o novo disco…

Nota Final: 5/10

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